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terça-feira, 6 de março de 2012

Direito de resposta...

06/03/2012 às 16:09

HISTÓRIA - UM VÍDEO: O direito de resposta que Lula ganhou contra Paulo Henrique Amorim, na Band, em 1998; 14 anos depois, sob o comando do PT, estatais patrocinam a página do gigante que não mudou de método nem de lado: continua a combater a oposição

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Vocês precisam ver o vídeo abaixo. Por quê? Em 1998, Luiz Inácio Lula da Silva concorria à Presidência da República pela terceira vez — faria o mesmo mais duas vezes. Nota à margem: os “especialistas” Carlos Melo, Fernando Abrucio e Marco Aurélio Nogueira não pediam “renovação no PT”. Sigamos. Paulo Henrique Amorim era o chefão do “Jornal da Band”. Como sabe qualquer jornalista, ele combate a oposição desde o governo de João Figueiredo.
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Muito bem! Em 1998, empreendeu uma verdadeira campanha para tentar provar que Luiz Inácio Lula da Silva havia cometido uma série de ilegalidades para comprar o apartamento de cobertura em que mora ainda hoje, em São Bernardo. Nada ficou provado. Paulo Henrique usou contra Lula os mesmos métodos que emprega hoje contra políticos da oposição, especialmente José Serra. Atuava com o mesmo rigor jornalístico…
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Lula ganhou um direito de resposta na Band. Estou tentando conseguir o filme — se alguém tiver, avise na área de comentários — com uma das “reportagens” de Amorim só para que vocês vejam o que pensava este coerente patriota sobre Lula há modestos 14 anos, quando o petista estava por baixo. Vejam o filme em que Lula se refere a suas reportagens. Jamais se esqueçam de quem está falando… Volto em seguida.
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Voltei
 
Paulo Henrique Amorim é quem é. E Lula também! Notem que, ao se defender, não deixa de sugerir que lhe fofocaram algo sobre a vida privada de FHC. A resposta a Paulo Henrique Amorim vem acompanhada de um ataque — para não variar — à imprensa como um todo. Num direito de resposta, aproveita para fazer mais uma crítica irresponsável ao Proer, um dos pilares da estabilidade que tanto bem faria a Lula cinco anos depois. Tanto é assim que, na quebradeira de 2008, ele próprio sugeriu aos EUA que adotassem o nosso… Proer!!!
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Não, senhores! Paulo Henrique Amorim, do governo Figueiredo ao segundo governo FHC, nunca foi de esquerda. Ao contrário: o, vá lá, ícone do petismo — Lula — era um de seus alvos permanentes. E ele o atacava com a mesma convicção e as mesmas armas com que ataca hoje oposicionistas e supostos “inimigos do regime”. O Apedeuta não o suporta até hoje, embore o PT trate muito bem este gigante do jornalismo brasileiro. O vídeo que vai acima vale como um documento de sua coerência.
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Insisto: se alguém conseguir uma de suas reportagens de então, é só me enviar. Os leitores têm o direito de saber. Hoje, este patriota faz o seu trabalho com patrocínio estatal. Primeiro foram os Correios — R$ 40 mil por mês! Agora, é a Caixa Econômica Federal que financia a sua página, em que se constata uma implacável campanha contra a oposição e contra um ministro do Supremo. Também é lá que se sustenta que “negro de alma branca” não é uma expressão que ofende os negros. Terá sido por isso que um filme de CEF inventou um Machado de Assis branco?
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Por Reinaldo Azevedo

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