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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2015..AÍ VAI A PETROBRAS...


quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O Caminho, a Merdade e a Dilma


Edição do  www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Uma perguntinha que Dilma Rousseff, o demissionário Guido Mantega, Maria das Graças Foster e seu poderoso diretor financeiro e de relações com o mercado, Almir Guilherme Barbassa, poderiam responder: Como foi a complicada negociação com credores, que poderiam exigir R$ 7 bilhões por atraso na divulgação do balanço auditado da Petrobras, agora previsto para acontecer apenas em janeiro, conforme a estatal de economia mista comunicou ontem à noite? A resposta detalhada, certamente, é impublicável.

A Petrobras demonstrou fragilidade ao anunciar a antecipação de recebíveis, a redução do ritmo dos investimentos em projetos, a revisão de estratégias de preços de produtos e a redução de custos operacionais para 2015. Enquanto promete implantar uma série de ações voltadas para a preservação do caixa, de forma a viabilizar seus investimentos sem a necessidade de efetuar novas captações, tomando por premissas taxa de câmbio do dólar em R$ 2,60 e preço médio do barril de petróleo brent em 2015 de US$ 70,00, a Petrobras volta a ser saco de pancada do jornal britânico Financial Times, controlado pelo grupo Pearson, em colisão direta com o governo brasileiro que prejudica seus lucrativos negócios na área de educação.

O desespero da direção da Petrobras é gritante. Para evitar o vencimento antecipado de dívida por seus credores, a Petrobras foi forçada a fazer tal manobra de comunicação ao mercado. Novamente, a empresa não especifica uma data para divulgar as tão esperadas as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014. O pior é que os números certamente não virão com o aguardado relatório de revisão da auditoria externa, a PricewaterhouseCoopers - que fica mal na fita por não ter "percebido" os efeitos criminosos do Petrolão sobre as finanças da companhia.

O jornal porta-voz dos investidores britânicos, estrategicamente de olho na chance concreta que têm de tomar o controle da Petrobras quando ela estiver na bacia das almas, pegou pesado contra a empresa: "A Petrobras, que em 2007 era o orgulho do Brasil após anunciar as maiores descobertas de petróleo offshore do mundo em décadas, hoje corre o risco de se tornar um pária entre os investidores e uma vergonha nacional para os brasileiros".

O FT calculadamente chamou a atenção para o grande risco previsto para 2015: "Se a Petrobras não for capaz de divulgar os resultados financeiros auditados até 30 de abril, a empresa, que é uma dos maiores tomadores de empréstimos corporativos do Brasil com dívida estimada pela agência Moody's em US$ 170 bilhões, poderia desencadear um default técnico".

A previsão sombria não deve se concretizar. O malabarismo contábil, no final das contas, sempre prevalece. O que ficou mais concreto que o cimento superfaturado pelo cartel de empreiteiras é a destruição da imagem da empresa. A proeza deve ser debitada na conta de Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora Dilma Rousseff, junto com toda a diretoria executiva e conselheiros da Petrobras. Com as ações judiciais movidas nos Estados Unidos, daqui a alguns anos, todos terão de pagar pelo mal que fizeram à empresa e ao Brasil.

Quem não acertar antes o balanço com o juízo final, certamente acabará acertando com a justiça dos homens do Tio Sam. O caminho é sem volta. A merda já está feita. Pior para Dilma. A Presidenta finge que começa, no ano novo, seu mandato com prazo de validade vencido. Dilma já era, sem nunca ter sido. Igualzinha à Viúva Porcina da peça do imortal Dias Gomes que virou novela (Roque Santeiro). 

Sinhozinho Malta que se cuide... Logo o buraco infernal do Petrolão já chega aí em cima, na zona do triplex...

domingo, 28 de dezembro de 2014

QUEM ESPERA NUNCA ALCANÇA...

domingo, 28 de dezembro de 2014

A Elite Moral tem de se mexer na rede



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Brasil precisa urgente de reforma política, segurança jurídica e desenvolvimento econômico consistente. Se não houver um combate efetivo à corrupção sistêmica, com punições de verdade em multas e prisões aos condenados culpados, o País fica inviável na competição com o resto do mundo. Os EUA e a Europa precisam de um Brasil que funcione direito, para o equilíbrio geopolítico global.

Eis consenso neste final ano que mal termina, enquanto o outro começa política e economicamente muito estranho, principalmente aqui, mas também em outras partes do planeta, especialmente as que se condenam ao subdesenvolvimento. O perigo de nada dar certo, e das mudanças urgentes não acontecerem, é a inércia do brasileiro. Se continuar esperando a coisa cair do céu, vai tomar chuva ou raio na cabeça. O momento é de atitude individual focada na melhoria de um País que tem todas as condições para dar certo, se tiver vontade política.

O PTitanic já bateu no iceberg. O problema é quem afunda: o Brasil e os brasileiros. A nazicomunopetralhada tem o poder da merda. Flutua na água podre, até a hora de entrar em efetiva decomposição. O desgaste deles nunca foi tão enorme e nunca antes visto na história. O detergente, no entanto, ainda não opera na velocidade necessária para a limpeza. Vide os ilustres mensaleiros - soltinhos da silva em suas cínicas prisões domiciliares, tirando onda com a cara dos hotários onestos. Será que o Petrolão, quando chegar aos mafiosos políticos, repetirá a impunidade mensaleira?

Esse, com certeza, não é o desejo da maioria esmagadora dos brasileiros e brasileiras. Nem aqueles que reelegeram a Dilma (no voto comprado com as bolsas governamentais ou pela fraude eleitoral possível em um sistema de votação inauditável publicamente) desejam que o Brasil continue o País da roubalheira e da impunidade. O que todos querem é um País que funcione. Até os sem noção querem ganhar dinheiro, consumir e viver bem, se possível, honestamente. A roubalheira sistêmica e a violência por ela financiada são oriundas da ganância dos políticos desqualificados que formam as organizações criminosas - que misturam maus servidores públicos, empresários pragmáticos e bandidos de toda espécie. A maioria não aguenta mais tanta safadeza.

No combate à corrupção sistêmica, quem precisa levar a primeira chamada é uma instituição chamada Ministério Público. Os promotores e procuradores têm a função de zelar pelos interesses da sociedade. Não podem se omitir em questões fundamentais. Não podem errar na elaboração dos inquéritos que fundamentam denúncias a serem julgadas pelos magistrados. Não têm o direito de agir com rigor seletivo, alvejando alguns "inimigos" ocasionais e poupando quem convém ao jogo dos podres poderes. Esta mesma chamada de atenção vale para as autoridades policiais - tanto as que fazem a polícia judiciária quanto as que atuam na ação militar ostensiva de enxugar o gelo da criminalidade mais visível e sentida, na violência do cotidiano.

A chamada seguinte vai para o Judiciário. O modelo brasileiro tem de ser reformulado urgentemente. Justiça se faz na primeira instância, com o rigor legal e na velocidade correta. A quantidade absurda de leis (muitas que conflitam entre si e não são cumpridas) junto com a libertinagem processual (que permite recursos infindáveis) inviabilizam a Justiça. Judiciário que não funciona Direito é igual a relógio que atrasa. Ambos não adiantam. Por isso, é bem vinda a criação da Associação dos Juízes Anticorrupção. A entidade se compromete estudar mecanismos e trabalhar para aperfeiçoar a prática do judiciário, tornando-o mais eficiente, efetivo e eficaz.

O Brasil precisa urgente de um aprimoramento institucional. As instituições hoje estão claramente falidas. Não funcionam corretamente. Por ineficiência gerencial, por falha estrutural ou porque foram corrompidas. Sem segurança do Direito e instituições que funcionem de verdade, com base no interesse público, continuaremos no subdesenvolvimento social, educacional, cultural, político e econômico. Uma intervenção constitucional é um tema que merece ser levado a sério como nunca antes na história deste País. O modelo de governo "participativo" faliu. Já era! Os desgovernos nazicomunopetralhas, com a colaboração ou omissão dos primos tucanos sociais democratas, inviabilizaram a Nação.

O Brasil precisa avançar para a Era do Governo Interativo. Ainda não há clareza sobre o que seja tal conceito. A única coisa concreta como a verdade é que a nova realidade humana exige que funcionemos em rede - que pode ser definida como o fluxo interativo de convivência social. a Marina Silva foi muito esperta. Percebeu o fenômeno e já chamou o partido que deseja fundar de "Rede". A rede real pode não ser o esquema proposto por ela. A verdadeira rede depende da capacidade de interação das pessoas. Esta é a Política que interessa...

A centralização excessiva ou a descentralização desleixada, sem controle, esculhambaram o País. Somos uma Nação partida ao meio. Nossa federação é de mentira. Tudo parece cartelizado, em um regime Capimunista envergonhado. Não quer ser Capitalista e nem consegue ser Comunista/Socialista, apesar da abundante demagogia política. Não há mais espaço para falsos líderes, como Lula da Silva ou congêneres. Salvadores da Pátria não existem. A interação das pessoas, formando uma rede pelo bem comum, é que pode salvar o País. O resto é demagogia.

A salvação urgente depende de um sistema político de gestão distribuído entre pessoas responsáveis, interativo, transparente nas informações públicas, claro nas regras e leis a serem obedecidas, com Ética. Os brasileiros são criativos. Mas a criatividade precisa ser colocada a favor do interesse público, e não dos espertalhões corruptos. Isto não é uma utopia. É uma necessidade urgente. Ou agimos assim, ou o barco vai afundar vergonhosamente.  

É hora de aprimorar as instituições, investir na interação da convivência social e promover uma intervenção constitucional verdadeiramente democrática. A Elite Moral do Brasil tem de se mexer depressa. Do contrário, vai parar na Zelite (o vaso sanitário). Se não agirmos democraticamente, a tradicional obscuridade política produzirá, em breve, mais um daqueles golpes que só mergulham o País nas trevas do atraso civilizatório.

É MUITA ENTREGA DE $$$$ E DE PESSOAS...

Em VEJA desta semana

Petrolão: delivery de propina fazia entrega até no exterior 

Investigações revelam conexões no exterior do esquema de corrupção da Petrobras. A OAS, uma das empreiteiras envolvidas, mantinha uma “conta-corrente” usada, entre outras coisas, para enviar dinheiro sujo a vários países

Robson Bonin
O entregador - Rafael  ngulo Lopez era o responsável na quadrilha pela distribuição de dinheiro dentro e fora do Brasil
O entregador - Rafael Ângulo Lopez era o responsável na quadrilha pela distribuição de dinheiro dentro e fora do Brasil(Jefferson Coppola/VEJA)
Há duas semanas, VEJA revelou em detalhes como funcionava a entrega de propina em domicílio, o já imortalizado “money delivery” do petrolão, um serviço inovador em matéria de corrupção criado pelo doleiro Alberto Youssef para agradar a “clientes especiais” da quadrilha que desviou bilhões da Petrobras. Rafael Ângulo Lopez, braço-direito do doleiro, era quem comandava esse setor. Durante a última década, ele cruzou o país de norte a sul em voos comerciais com fortunas em cédulas escondidas sob as roupas que eram entregues aos figurões da República em hotéis, apartamentos, escritórios, estacionamentos, postos de gasolina e aeroportos. Rafael aprimorou o trabalho do clássico “homem da mala”. Em vez de valise, ele cumpria suas missões mais delicadas com o corpo coberto por camadas de notas fixadas com fita adesiva e filme plástico, daquele usado para embalar alimentos. Ciente da influência e do prestígio dos destinatários de suas “encomendas”, Rafael registrou o dia, o local e o montante de cada entrega que realizou a políticos. Um arquivo valioso que, para desespero dos corruptos, ele resolveu entregar à Justiça em troca de um acordo de delação premiada. Isso era o que se sabia até agora. Detalhes inéditos do arquivo em poder da Polícia Federal mostram que, além de implantar a entrega de propina em domicílio em todo o território nacional, a quadrilha estendeu o serviço de remessas a outros países.

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Destacado nos últimos anos para fazer a entrega de quantias que variavam de 50 000 a 900 000 reais a figuras importantes da República, como o ex-presidente e senador Fernando Collor, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, governadores (Roseana Sarney), ministros do governo Dilma Rousseff (Mário Negromonte) e deputados federais (Nelson Meurer, Luiz Argôlo e André Vargas), o “homem das boas notícias”, como o carregador de dinheiro era conhecido, também cumpria missões para as grandes empreiteiras do cartel da Petrobras. Uma delas, a Construtora OAS, com 10 bilhões de reais em contratos com a estatal, usava os serviços de Rafael Ângulo para levar dinheiro sujo a pelo menos três destinos da América Latina, Panamá, Peru e Trinidad e Tobago, todos países onde a Petrobras e a OAS mantêm escritórios e negócios milionários com governos locais. Com quantias que variavam de 300 000 a 500 000 reais presas ao próprio corpo, o braço-direito do doleiro deixava o Brasil pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. A porta de saída do país era estratégica, porque lá ele contava com a cobertura de outro comparsa da quadrilha, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”, que, infiltrado no aeroporto, conseguia garantir a passagem tranquila de Rafael pela fiscalização.
Uma vez alojado na sala de embarque, Rafael Ângulo alternava as entregas em três principais destinos: Lima, Cidade do Panamá e Porto de Espanha. No arquivo em poder dos investigadores, o entregador de dinheiro narra em detalhes o roteiro de cada “serviço” internacional. A missão começava no escritório central da OAS em São Paulo. A empreiteira tinha uma espécie de “conta-corrente” que era administrada pelo doleiro. Rafael retirava o dinheiro na sala do executivo José Ricardo Nogueira Breghirolli, preso e apontado como o elo financeiro entre a empreiteira e o esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Alojados em grandes sacolas pretas, os pacotes de cédulas, divididos — dependendo da ocasião — em euros, dólares e reais, eram levados do escritório da OAS para o escritório de Alberto Youssef, em São Paulo. Depois, com a passagem comprada e o dia da viagem definido, Rafael Ângulo viajava para o Rio de Janeiro, onde iniciava a parte mais arriscada do trabalho. Em Lima, a capital do Peru, Rafael entregava o dinheiro ao gerente de contratos da OAS Alexandre Mendonça. O ponto de encontro era em uma universidade. O estilo reservado e a aparência europeia do carregador — um senhor de 61 anos com dupla nacionalidade, brasileira e espanhola — ajudavam Rafael a se passar por um provável acadêmico — ninguém desconfiaria de sua “bagagem cultural” no câmpus.     
 Fonte:http://veja.abril.com.br/http://veja.abril.com.br/

sábado, 27 de dezembro de 2014

O ROMBO VAI SOBRAR PARA O TRABALHADOR !


sábado, 27 de dezembro de 2014

Consumidor vai bancar erros de planejamento no setor elétrico, mas Dilma pagará nos EUA pelo Petrolão



Edição do  www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Se os desmandos, erros e roubalheiras envolvendo a Petrobras afetam a empresa, derrubando suas cotações, desvalorizando-a e mexendo com o imaginário nacionalista em torno da petroleira, as besteiras no setor elétrico (incluindo o despreparo no planejamento para ligar com previsíveis problemas climáticos) prejudicam diretamente os bolsos dos consumidores. Como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que o país está em "bandeira vermelha" em termos energéticos, a partir de 1 de janeiro cada um de nós pagará R$ 3 reais pelo custo extra a cada 100 Kw.

A Aneel aproveita para aprovar a tungada no bolso dos consumidores, eletrizando a inflação das famílias, em função da situação de baixa reserva de água nos reservatórios das hidrelétricas. A tal bandeirinha vermelha permitirá que as distribuidoras arrecadem R$ 800 milhões extras em janeiro. Foi a maneira criativa que o desgoverno Dilma Rousseff encontrou para "socializar" as perdas com a falta de chuva e, indiretamente, para cobrir os rombos dos gastos com as termoelétricas mantidas por aliados. Foi a maneira picareta de reajustar a energia, sem permitir que isto impacte nos índices oficiais de "inflação".

No final das contas, o cidadão é penalizado. Só o pessoal do Amazonas, Amapá e Roraima não entrarão na dança, embora sobre água por lá. Eles serão poupados por um motivo técnico-burocrático. Os três estados ainda não integram o Sistema Interligado Nacional (SIN) - por falta dos históricos investimentos no setor de distribuição (que segue o perverso modelinho de monopólios por regiões). O esquema de bandeiras foi testado no ano reeleitoral de 2014, sem haver cobranças. Isto ficou para 2015, o ano da crise e do salve-se quem puder.

A bandeira tarifária vermelha indica condição desfavorável de geração de energia, implicando o pagamento adicional de R$ 3 reais por custo extra a cada 100 Kw consumidos. Se o quadro fica amarelo (com condições menos favoráveis de energia), paga-se R$ 1,50 a cada 100 Kw consumidos - o que pode produzir uma receita extra estimada de R$ 400 milhões. Só se a bandeira estiver verde, indicando condições favoráveis para gerar energia, deixam de ocorrer acréscimos. Como a previsão é de um 2015 seco, na maioria dos reservatórios, o consumidor que prepare o bolso. A Aneel divulgará as bandeiras em vigor ao final de cada mês. E nós que nos danemos...

O Brasil é um improviso ambulante. Nosso suposto planejamento governamental é viciado. Ora peca por incompetência ou prima pela mais refinada safadeza. Não foca em soluções para os problemas reais. Apenas promove um ilusório enxugamento de gelo. O caso energético é de uma estupidez eletrizante. Sequer investimos fortemente em geração energética a partir de fontes alternativas. Insistimos no modelo hidroelétrico ou "petrolífero" (queimar óleo caro em termoelétricas). Na distribuição, onde temos evidentes cartéis por regiões, somos piores ainda.

O emprego dos recursos hídricos é outra enxurrada de besteiras ou inações. Não temos uma política efetiva de conservação dos mananciais, apesar da legislação ambiental restritiva, excelente nas aplicações de multas e outras punições idiotas, sem definir práticas que efetivamente protejam os mananciais. Nos tempos de seca, agimos como nos tempos de fartura. Desperdício de água, na qual gastamos fortunas para tratar. Sem falar nas perdas gigantescas na distribuição. Para piorar, sistemas de coleta e tratamento de esgotos são exceção. Logo, falar em reuso de água tratada é quase utopia, e não um procedimento padrão.

Por tudo isso, o Brasil não funciona. Tudo fruto de uma sociedade historicamente induzida a dar errado. Como a maioria ainda não tem força em rede para romper com tal tragédia civilizatória, riscos de apagões energéticos ou de falta de água para consumo ou geração energética são tratados da forma mais simplória pelo governo incompetente, corrupto e perdulário: enfiando a mão no bolso dos cidadãos, a fim de "socializar os prejuízos. Eis o Capimunismo Tupiniquim com toda energia.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

É MUITA TRAPAÇA....

QUARTA-FEIRA, 24 DE DEZEMBRO DE 2014

Passa a chave e prende todo mundo! Petrobras nomeou "laranja" para comandar obra de R$ 3,78 bilhões.

José Sérgio Gabrielli, Jacques Wagner, Lula e Dilma inaugurando um trecho da Gasene na Bahia, em 2010: todos de "laranja", como convinha na ocasião.

Olha a ata aí que mostra o "laranja" da Dilma e do Gabrielli mandando bala na Petrobras, fazendo empréstimo de bilhões! E tem mais. Como esta!

A Petrobras usou o dono de um escritório de contabilidade, com remuneração mensal de R$ 1,5 mil acertada em contrato, para presidir a empresa que construiu a rede de gasodutos Gasene, entre o Estado do Rio e a Bahia, passando pelo Espírito Santo. Antônio Carlos Pinto de Azeredo exerceu o cargo de presidente da Transportadora Gasene, empresa estruturada pela estatal para a construção dos gasodutos, e que passou a ser investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeita de superfaturamento, dispensa de licitação e pagamentos sem prestação dos serviços. Azeredo também usou o escritório de sua empresa — a Domínio Assessores — como sede oficial da Gasene.

Em entrevista ao GLOBO, ele disse ter funcionado como um preposto da Petrobras, numa função “puramente simbólica”, em que só assinava os contratos a partir de autorizações da estatal. Azeredo diz que não se considera um laranja: — Laranja pressupõe um benefício em troca. Não tive benefícios. Fomos convidados para apresentar propostas de serviço de contabilidade e, no pacote, precisava assumir a condição de presidente da empresa. Só assinava os contratos. Não negociava com os fornecedores. Confiava na Petrobras. Achava que era uma empresa séria — afirmou ele. 

O GLOBO revelou ontem que documentos sigilosos do TCU, com base numa auditoria no trecho do Gasene entre Cacimbas (ES) e Catu (BA), foram enviados à força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal responsável pelas investigações da Operação Lava-Jato. O trecho tem 946,5 quilômetros e recebeu investimentos de R$ 3,78 bilhões.

Em sessão reservada no último dia 9, ministros do TCU levantaram a suspeita de lavagem de dinheiro na complexa engenharia operacional da Petrobras que transformou as obras dos gasodutos num empreendimento privado. Conforme a auditoria, a estatal é a verdadeira responsável pelo projeto, que contou com dinheiro público. O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e o ex-presidente da Gasene são apontados como responsáveis pelas irregularidades. Agora, Azeredo diz que não tinha qualquer poder de decisão e faz as afirmações com base em diversos documentos enviados à reportagem. 

CONTRATO EXIGIA CONSENTIMENTO DA ESTATAL

Uma cláusula do contrato de compra e venda de ações assinado entre a Transportadora Gasene e a Petrobras, em 2005, estabelece que o empresário nomeado como presidente da companhia privada deveria se abster de “efetuar ou aprovar quaisquer alterações do estatuto social, deliberações de assembleias gerais e outorga de mandato sem o consentimento prévio e por escrito da Petrobras”.

Além disso, projetos só poderiam ser implementados se instruídos “por escrito, detalhada e tempestivamente” pela estatal. A cláusula, para o ex-presidente da Gasene, mostra que ele não tinha poder de decisão. — Só assinava cada implementação de projeto, cada contratação de empresa, quando era instruído pela Petrobras. Sei que isso parece ser surreal. Para mim, era mais uma obra. Só vi que era grande depois — afirma Antônio Carlos de Azeredo. 

Entre as empresas contratadas para as obras do trecho do gasoduto auditado pelo TCU estão empreiteiras suspeitas de participação no esquema de pagamento de propina investigado na Lava-Jato. Um instrumento comum na gestão da Gasene, segundo outros documentos apresentados por Azeredo, era o recebimento de cartas de orientação escritas por gestores da Petrobras.

Por meio desses ofícios, gerentes da estatal orientavam como o presidente da Gasene deveria proceder sobre diversos assuntos. Num desses ofícios, uma gerente orienta sobre a assinatura de “carta endereçada ao BNDES solicitando o consentimento para fins de aumento de endividamento da Transportadora Gasene em US$ 760 milhões”. O BNDES financiou 80% do empreendimento de gasodutos. Conforme Azeredo, entre 2005 e 2011 a Petrobras enviou “centenas” de cartas.

Em janeiro de 2012, a Transportadora Associada de Gás (TAG), empresa do sistema Petrobras, incorporou a Transportadora Gasene, por R$ 6,3 bilhões. A parceria com Azeredo se encerrou no mês anterior, segundo Azeredo. O contrato com a Domínio Assessores previa a indicação de um outro sócio como diretor da Gasene, também com remuneração mensal de R$ 1,5 mil, o que de fato ocorreu. Esse diretor, no entanto, não é citado pelos técnicos do TCU como responsável pelas irregularidades.

O ex-presidente da Gasene afirmou que ainda não apresentou sua defesa no TCU. O GLOBO procurou a Petrobras ontem, tão logo obteve os documentos enviados por Azeredo, mas não obteve respostas. (O Globo)

O PT NÃO LEU ROSA DE LUXEMBURGO !

O aniversário da morte de Lenin



“A ditadura do proletariado é a dominação não restringida pela lei e baseada na força” (Lenin, em “O Estado e a Revolução”)
               
Artigo no Alerta – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

Todos os anos, no mês de janeiro, as esquerdas nacional e internacional de todos os matizes recordaram o aniversário da morte de Lenin, organizador do golpe de Estado bolchevique em outubro de 1917 e fundador do Estado soviético. Em janeiro de 2015 serão 101 anos. Será que os comunistas ainda o recordarão?

Nessa oportunidade, os comunistas certamente recolheram e publicaram opiniões sobre ele, emitidas por personalidades em todo o mundo. Opiniões que em sua grande maioria apareceram falseadas pelo desconhecimento da verdadeira História, seja pela propaganda, seja pelo oportunismo político. Nessas circunstâncias é propício recordar o que pensavam de Lenin e seus métodos no partido e no governo aqueles que o conheceram, seus companheiros, os velhos bolcheviques, os marxistas de outras tendências e personalidades diversas da política e da cultura russa de sua época.

A revolucionária alemã Rosa Luxemburgo, que em tantas batalhas políticas atuou junto a Lenin, também o criticou severamente em diversas questões, como a ultra-centralização do partido, as depredações, os assaltos e as chamadas expropriações. Depois de sua morte, em janeiro de 1919, em Berlim, foi canonizada pelos comunistas porém, na União Soviética, pelo menos até a morte de Lenin, nunca se conheceu a sua última e definitiva opinião sobre a revolução bolchevique, escrita em 1918:

“Certamente, toda instituição democrática tem seus limites e defeitos, características compartilhadas com todas as demais instituições humanas. Porém, o remédio encontrado por Lenin e Trotsky, que foi a eliminação da democracia como tal, foi pior que a enfermidade que supostamente iria curar, porque obstruiu a verdadeira fonte viva, a única da qual pode surgir a retificação de todos os defeitos naturais das instituições sociais. Essa fonte é a vida pública ativa, livre e vigorosa das grandes massas populares(...). A liberdade somente para aqueles que apóiam o governo, somente para os membros de um partido, por mais numeroso que seja – não é liberdade em absoluto. A liberdade é sempre e exclusivamente para aquele que pensa diferente. E não devido a um conceito fanático de ‘justiça’, e sim porque tudo o que é educativo, beneficente e purificador depende dessa característica essencial, e sua eficácia se desvanece quando a liberdade se transforma em um privilégio especial” (“A Revolução Russa”, Rosa Luxemburgo, Berlim, 1922).

O pai do marxismo russo e professor de Lenin, Guiorgui Plekanov, rompeu com seu discípulo totalitário e profetizou o que seria a futura vida do partido baseado nos princípios organizativos de Lenin. Plekanov, em março de 1904, escreveu que se o Comitê Central outorga a si próprio o direito de eliminar qualquer membro do partido, então, com um Congresso em perspectiva “o Comitê Central liquida todos os elementos que lhe desagradem, localiza suas próprias criaturas, preenchendo todos os comitês com esses indivíduos, assegura uma maioria totalmente submissa no Congresso. O Congresso, assim constituído, aprova todos os seus êxitos e fracassos e aplaude todos os seus planos e iniciativas”. Anos mais tarde, em seu jornal “Yedinstvo”, Plekanov denunciou a estreita convivência de Lenin com agentes alemães e as somas recebidas pelos bolcheviques para realizar propaganda derrotista no Exército e organizar a revolução.

Também são conhecidas as opiniões de Trotsky, organizador, junto com Lenin, do golpe de Estado bolchevique e criador do Exército Vermelho. Já em 1904 ele percebeu claramente as características negativas da personalidade política de Lenin, a quem descreveria como “um déspota e terrorista que trata de converter o Comitê Central do partido em um Comitê de Saúde Pública, com a finalidade de poder desempenhar o papel de Robespierre”.

Trotsky assinalou que se algum dia Lenin subisse ao Poder “todo o movimento internacional do proletariado seria acusado de ‘moderado’ por um tribunal revolucionário e a primeira a cair na guilhotina seria a cabeça de Marx”. Foi também profético ao advertir que quando Lenin falava da ditadura do proletariado, na realidade queria referir-se a “uma ditadura sobre o proletariado”.

O bolchevique Vlacheslav Menzhinsky, que mais tarde seria Comissário das Finanças e chefe da OGPU, polícia secreta soviética, uns 15 meses antes do golpe de Estado bolchevique, escreveu que “Lenin é um jesuíta político que desde muitos anos vem adaptando o marxismo a seus objetivos do momento (...). Lenin, esse filho ilegítimo do absolutismo russo, não apenas se considera o sucessor natural ao trono da Rússia, quando ele fique vago, como também é o único herdeiro da Internacional Socialista. Se algum dia chegar ao Poder, o dano que poderá fazer não será menor que o de Paulo I” (referência ao Czar louco, anterior a Alexandre I).

O Comissário de Educação Lunarcharsky, por sua vez, já nos primeiros dias do regime bolchevique, previu que a ditadura do proletariado levaria a uma ditadura unipessoal. Em um discurso ao Comitê do partido de Petrogrado, em 1 de novembro de 1917, expressou: “Nós temos nos afeiçoado muito à guerra, como se não fossemos operários e sim soldados, um partido de militares (...). No partido nos entregamos à polêmica e continuaremos assim, porém, restará um homem: um ditador” (citado por Trotsky em “A Escola Stalinista da Falsificação”, Berlim, 1932). Anos mais tarde, em um longo artigo, Lunarcharsky escreveu com certa ironia:“Lenin trabalha de maneira intensa, não porque lhe goste o Poder, e sim porque está certo de não se equivocar (...). Seu amor ao Poder nasce de sua tremenda segurança e da correção de seus princípios (...) da incapacidade de ver desde o ponto de vista de seus adversários”(“Retratos Revolucionários”, Moscou, 1923).

O dirigente bolchevique Alexander Lozovsky, que viria a ser o dirigente máximo da Internacional Sindical Vermelha, escreveu em novembro de 1917, dias depois do golpe de Estado bolchevique: “Não posso calar, em nome da disciplina do partido, quando vejo a liquidação da imprensa dissidente, batidas, prisões arbitrárias e perseguições (...). Não posso calar e fazer-me moral e politicamente responsável, quando o chefe da fração do partido declara que por cada um dos nossos mataremos cinco inimigos (...). Não posso calar em nome da disciplina do partido, quando o Comitê Militar Revolucionário decide arbitrariamente o destino da Nação, quando publica decretos fantásticos estabelecendo tribunais especiais, quando intervém na administração do país, além dos assuntos militares” (Rabochaya Gazieta, periódico operário, 18 de novembro de 1917).

Em novembro de 1917, apenas um mês após o golpe de Estado, dez dirigentes comunistas abandonaram o governo em protesto pelo terror que havia começado desde os primeiros dias. Em sua declaração propuseram um acordo com todos os partidos socialistas e o fim imediato da guerra dentro da “democracia revolucionária”. A declaração expressava:“Pensamos que, ao contrário, só há um caminho possível: a manutenção de um governo exclusivamente bolchevique por meio do terror político. Esse é o caminho eleito pelo Conselho de Comissários do Povo. Nós não podemos seguí-lo. Parece-nos que esse caminho conduz a que as organizações de massa proletária se afastem do controle da vida política, ao estabelecimento de um regime irresponsável e à ruína da revolução e do país” (citado por Trotsky em “Obras”, Moscou, 1924).

O chefe indiscutível da fração menchevique do Partido Social Democrata Russo, Julius Martov, em 1920 denunciou o terror leninista ante os delegados, inclusive soviéticos, reunidos em sessão especial do Partido Socialista Independente da Alemanha. Dirigindo-se à assembléia, Martov expressou: “Uma evidência suficiente da amplitude do terror é constituída pelo fato de que as esposas dos opositores políticos e seus filhos são tomados como reféns e que em muitos casos esses reféns têm sido fuzilados em vingança pelos atos de seus maridos e pais (...). Porém, o sistema de terror não se limita apenas aos assassinatos. Há prisões em massa, supressão de toda liberdade de imprensa e reunião, condenações a trabalhos forçados sem julgamento prévio, castigos diários por greves ou quaisquer tipos de ações coletivas empreendidas pelos operários e, finalmente, como o reconhece o próprio Zinoviev, condenações ao exílio de operários pertencentes ao Partido Comunista pelo fato de atreverem-se a criticar seus dirigentes” (Atas do Congresso Extraordinário do Partido Socialista Independente, Berlim, 1920).

O pai do anarquismo revolucionário russo, Piotr Kropotkin, em dezembro de 1920 escreveu a Lenin: “É possível que você não saiba que um refém é um homem que não está preso por um crime que tenha cometido e sim porque a seus inimigos lhes convém exercer chantagem sobre seus companheiros? (...) Se você admite esses métodos, então um dia você usará a tortura, como na Idade Média (...). Os governantes dos países onde existe a monarquia abandonaram, há muito tempo, os meios de defesa agora introduzidos na Rússia com a tomada de reféns (...). Que futuro terá o comunismo quando um dos seus mais importantes defensores pisoteia dessa forma todo o honrado sentimento humano?” (citado por Lazar Volin em “Kropotin e seus Ensinamentos”, Chicago, 1931).

Dirigente da velha guarda bolchevique e membro da Oposição Operária dentro do partido, coordenada por Lenin em 1921, Myasnikov escreveu em um livro publicado anos depois no estrangeiro: “Os operários e camponeses sem partido foram proibidos de criticar a toda poderosa burocracia; quer dizer, não podem publicar jornais, revistas e nem livros em desacordo com as doutrinas da burocracia ou a linha do partido. Tampouco podem efetuar reuniões e nem se organizar em grupos. Porém, os membros do partido também estão proibidos de fazer críticas. Se eles tentam defender seus próprios pontos de vista, buscando persuadir a maioria do partido, são tratados com tanta ferocidade e selvageria que inclusive torna humano o torpe tratamento dado aos comunistas nos tribunais fascistas italianos. Nós temos tribunais abertos para ladrões, assassinos, violadores, dilapidadores, guardas brancos, generais, capitalistas e seus agentes porém, os membros dissidentes do proletariado, os camponeses e os intelectuais, desaparecem secretamente nos sótãos da GPU” (“O Engano de Turno”, Paris, 1931).

Esse é o regime que alguns, disfarçados de trabalhadores, ainda tentam implantar em nosso país.

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

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