segunda-feira, 20 de maio de 2013
Estrategistas do PT já temem problemas na disputa entre Lula e José Serra por uma vaga ao Senado em SP
Edição do Alerta Total
A petralhada tem fortes motivos para temer o ano de 2014. Não que o maior risco seja perder a reeleição presidencial. O perigo mais concreto é não conseguir eleger Luiz Inácio Lula da Silva ao Senado por São Paulo. Estrategistas do PT já trabalham com a grande chance de que José Serra também tende disputar a vaga pelo PSDB. O fator Serra acaba com a barbada que seria a conquista da imunidade parlamentar para Lula, por oito anos.
A segunda prioridade de Lula para o ano que vem é reeleger Dilma Rousseff. A primeira é eleger a si mesmo Senador e também conseguir um mandato de deputada federal para a amiga Rosemary Noronha. Lula sabe que o “foro privilegiado” é taticamente essencial para ambos. Aliás, a coitadinha da Rose foi a única que perdeu o empregão de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, por causa das acusações da Polícia Federal na Operação Porto Seguro.
Lula também gostaria muito de tirar o PSDB do Palácio dos Bandeirantes. Pode não ser missão tão fácil porque o governador Geraldo Alckmin ainda tem o domínio da máquina política na maioria dos municípios do interior paulista. Apesar do desgaste de muitos anos no poder – e do crescimento da violência em São Paulo, gerando descontentamento da opinião pública -, Alckmin ainda conta com muito poder político e econômico para se reeleger.
Se avaliar que a chance é concreta de desaninhar os tucanos, Lula investirá pesado na candidatura de Luiz Marinho – prefeito de São Bernardo do Campo que, a muitos amigos, aponta como seu grande herdeiro político. Caso pressinta que a conjuntura é mais complicada, Lula tem duas opções. Ou deixa o ministro da Saúde Alexandre Padilha se aventurar, ou aposta em uma aliança com o PMDB em favor de alguma candidatura. Como a de Gabriel Chalita, que conta com a bênção do vice-Presidente da República Michel Temer (outro que luta para manter o lugar na chapa da Dilma).
Na sucessão presidencial, tudo vai depender do fator econômico. Não tanto da conjuntura de inflação em alta, risco de desemprego ou de crescente endividamento da classe média. Mas sim da vontade de quem realmente manda na economia brasileira. A Oligarquia Financeira Transnacional há quase uma década já cogita um apoio a uma candidatura presidencial de Aécio Neves. Todos se lembram da festinha na mansão Spencer House, casa dos banqueiros londrinos Rotschild, em 17 de junho de 2004, quando Aécio foi citado como “Futuro presidente do Brasil”.
Se a banca transnacional decidir que o candidato é Aécio, com certeza, ele será eleito. Se tal decisão for sacramentada, Lula, Dilma e companhia devem se preparar para uma temporada monumental de desgaste pessoal e político. Nos bastidores a pressão será insuportável. Na mídia amestrada vão explodir denúncias de escândalos com consequências imprevisíveis. Até o projeto de Lula para o Senado pode ser ameaçado.
O bicho já começa a pegar com os desdobramentos da Ação Penal 470 (o Mensalão). Lula que se cuide – e muito. Embora ele seja hoje um dos mais poderosos e bem informados sobre tudo no Brasil, nada custa lembrar que a araruta tem sempre seu dia de mingau.
Joga Pedra no Dudu
Um grande mistério da sucessão presidencial precipitada:
O que Lula fez que conseguiu dar uma freada tão grande na agora quase morta aventura presidencial do governador pernambucano Eduardo Campos?
O certo é que Eduardo deve ter levado, nos bastidores políticos, mais pedrada que a Geni do Chico Buarque (com quem o neto de Miguel Arraes tem grande semelhança física).
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