Lula festeja que livrou a cara em 2005. Mas não dá uma só palavra de apoio a Dirceu, Genoino, Cunha, Delúbio e companheiros condenados.
No livro que está sendo lançado, pago pelas empreiteiras que compram suas palestras e sustentam seu instituto, Lula festeja o fato de que o Mensalão não destruiu o seu governo. Em toda a publicação, Lula não oferece uma só palavra de solidariedade aos mensaleiros. Não foi só Joaquim Barbosa quem condenou os quadrilheiros do PT. Lula também. O texto abaixo é do Estadão.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a oposição tentou "acabar com o PT" e com seu governo em 2005. Na única vez em que usa a palavra "mensalão", aproveita para provocar o PSDB e seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. "Tentaram usar o episódio do mensalão para acabar com o PT e, obviamente, acabar com o meu governo. Na época, tinha gente que dizia: "O PT morreu, o PT acabou". Passaram-se seis anos e quem acabou foram eles", diz o ex-presidente no livro 10 Anos de Governos Pós-Neoliberais: Lula e Dilma. "O DEM nem sei se existe mais. O PSDB está tentando ressuscitar o jovem Fernando Henrique Cardoso porque não criou lideranças, não promoveu lideranças. Isso deve aumentar a bronca que eles têm da gente - que, aliás, não é recíproca." Era a segunda citação de Lula ao escândalo de 2005. Na primeira vez que menciona o episódio, ele se refere apenas à "denúncia" e descreve como era a "sala de situação" para lidar com o caso. "Quando saiu a denúncia, foi uma situação muito delicada", recorda. "Eu tinha uma equipe e criamos uma sala de situação, da qual participavam Dilma (Rousseff, que foi titular de Minas e Energia e da Casa Civil no governo Lida), Ciro (Gomes, então ministro da Integração Nacional), Gilberto (Carvalho, então chefe de gabinete de Lula) e Márcio (Thomaz Bastos, da Justiça)."
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