Faltam 100 dias para a Copa do Mundo e ainda há muito a se fazer
São sete anos de preparativos desde 2007, quando o País foi escolhido pela Fifa
04 de março de 2014 | 5h 03
O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Em 30 de outubro de 2007, quando o Brasil foi oficialmente designado como sede da 20ª Copa do Mundo, parecia haver tempo suficiente para preparar a competição, dentro e fora do campo. Quase sete anos se passaram e, a exatos 100 dias de Brasil e Croácia abrirem a competição, o País vive uma corrida contra o tempo. Há muito o que fazer até o início do Mundial.
Falta, por exemplo, concluir três dos 12 estádios que receberão partidas – considerando-se que a Arena Amazônia será inaugurada no próximo domingo – entre eles o palco de abertura, a Arena Corinthians. Com o cronograma comprometido por um acidente que teve como pior consequência duas mortes, vai ser entregue apenas em 15 de abril.
Os problemas ultrapassam os limites do campo. Em vários aeroportos as intervenções não ficarão prontas até junho. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, inclusive, já se contenta com a entrega de "boa parte" das obras. O mesmo ocorre com a mobilidade urbana, com meia dúzia dos 41 projetos finalizados. Muita coisa deverá ser concluída em cima da hora, mas parte significativa ficará para o pós-Copa. A estrutura de telecomunicações também preocupa.
No entanto, há fatores positivos. A seleção brasileira mostra-se competitiva, os estádios que já estão em operação são modernos e confortáveis, a procura por ingressos é a maior da história das Copas e algumas intervenções de mobilidade – principalmente as relacionadas com o transporte público – trarão ganho efetivo para a população, consideram especialistas. Mas, na reta final da preparação, ainda há muito trabalho pela frente para que o Brasil, de fato, realize a "Copa das Copas".
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