Romário vê Marin com 'linguajar de gângster' em áudio e pede intervenção da Fifa no futebol brasileiro
Em novo discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira, Romário (PSB-RJ) falou sobre o áudio divulgado pelo ...
Em novo discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira, Romário (PSB-RJ) falou sobre o áudio divulgado pelo blog de Juca Kfouri, no qual o presidente da CBF e do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014, José Maria Marin, supostamente conversa em tom ameaçador com os irmãos Balsimelli, donos da empresa BWA, que controla a comercialização dos ingressos em boa parte dos estádios.
Para o ex-jogador, o dirigente usa um "linguajar de gângster" para cobrar que seu nome não apareça nas negociatas. "As suspeitas de irregularidades se estendem à diretoria, em especial ao seu vice-presidente, Marco Polo del Nero", afirma Romário.
LEIA MAISEm discurso durante a ditadura, Marin fez elogios a delegado do DOPSMarin se recusa a falar sobre vídeo e pedido de Romário para intervenção na CBFApós vídeo, Romário pede a prisão de presidente da CBFMinistra defende apuração contra Marin após discurso de Romário
"Vim por motivação do áudio revelado nesta semana. Surpreendente, mas num linguajar típico de gângster, ameaça dois empresários e cobra que nunca falem seu nome nos negócios. Implora para que seu nome não seja citado, com medo de que o esquema seja exposto. Marin faz clara citação do envolvimento do Marco Polo del Nero, colocando no mesmo saco o seu substituto na presidência da CBF. O nome que o substitui também está em falcatruas", continua.
"Essa revelação não chega a ser novidade, mas reforça a suspeita de negociatas no futebol. Em 26 de novembro do ano passado, Del Nero foi preso pela Polícia Federal, que o investiga por venda de informações sigilosas e crimes contra o sistema financeiro. Seria oportuno que a Justiça revelasse o teor das investigações", pediu.
O deputado ainda citou parte do áudio em que Marin aponta relação dos donos da BWA com parlamentares: "Além dos irmãos da BWA, o nome de parlamentares da casa aparecem, que estão dominando o Congresso, eles estão fazendo a lei. Que lei seria essa? A lei geral da Copa? Ou uma lei nova que esta sendo preparada na surdina? Devemos conviver com essas dúvidas ou investigar? Precisamos saber se nossas ações estão sendo manipuladas com influência do legislativo".
Romário voltou a citar o envolvimento de José Maria Marin com a Arena, partido da ditadura militar (1964-1985), e lamentou que a Justiça não pudesse processá-lo "por causa de uma torta lei de anistia".
O tetracampeão mundial afirma a presidenta Dilma Rousseff precisa ficar em alerta, pois Marin, "25 anos depois de sancionada a nova Constituição Federal, um sujeito age como nos tempos em que essa casa foi fechada pela ditadura militar. O que fazer diante dessa agressão antipatriótica?"
"Sei que não compete ao governo federal, mas é com Marin que Dilma vai se relacionar na Copa das Confederações. Assim, diante desse panorama, só resta apelar à Fifa para que ela intervenha no comitê organizador da Copa de 2014", cobrou Romário durante seu discurso.
"Que o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem isso. Esse panorama que acabo de narrar é de suspeitas sobre nosso futebol. Até aqui, eu vinculava Marin ao nome de outro suspeito na CBF, Ricardo Teixeira. Mas agora é uma suspeita maior, que vincula seu Marin à Câmara dos Deputados. O que mais nos falta para que a CPI da CBF seja aprovada por Vossa Excelência?", afirmou o deputado carioca, falando à presidente em exercício da Câmara, Erika Kokay.
"Essas ações poderão fazer com que o Brasil tenha dignidade com seu esporte e respeito, principalmente dentro de campo. A seleção está em 18º no ranking da Fifa. Outras seleções que estão à frente não tem 5% da história do Brasil no futebol. Já passou da hora para que haja uma intervenção de um órgão competente na instituição. Estamos próximos de grandes eventos e realmente poderemos passar um grande constrangimento assim que as imagens estiveram voltadas à presidenta Dilma Rousseff e ao seu lado estará uma pessoa que participou da ditadura miliar", encerrou.
Fonte:http://esportes.br.msn.-no-futebol-brasileiro
Para o ex-jogador, o dirigente usa um "linguajar de gângster" para cobrar que seu nome não apareça nas negociatas. "As suspeitas de irregularidades se estendem à diretoria, em especial ao seu vice-presidente, Marco Polo del Nero", afirma Romário.
LEIA MAISEm discurso durante a ditadura, Marin fez elogios a delegado do DOPSMarin se recusa a falar sobre vídeo e pedido de Romário para intervenção na CBFApós vídeo, Romário pede a prisão de presidente da CBFMinistra defende apuração contra Marin após discurso de Romário
"Vim por motivação do áudio revelado nesta semana. Surpreendente, mas num linguajar típico de gângster, ameaça dois empresários e cobra que nunca falem seu nome nos negócios. Implora para que seu nome não seja citado, com medo de que o esquema seja exposto. Marin faz clara citação do envolvimento do Marco Polo del Nero, colocando no mesmo saco o seu substituto na presidência da CBF. O nome que o substitui também está em falcatruas", continua.
"Essa revelação não chega a ser novidade, mas reforça a suspeita de negociatas no futebol. Em 26 de novembro do ano passado, Del Nero foi preso pela Polícia Federal, que o investiga por venda de informações sigilosas e crimes contra o sistema financeiro. Seria oportuno que a Justiça revelasse o teor das investigações", pediu.
O deputado ainda citou parte do áudio em que Marin aponta relação dos donos da BWA com parlamentares: "Além dos irmãos da BWA, o nome de parlamentares da casa aparecem, que estão dominando o Congresso, eles estão fazendo a lei. Que lei seria essa? A lei geral da Copa? Ou uma lei nova que esta sendo preparada na surdina? Devemos conviver com essas dúvidas ou investigar? Precisamos saber se nossas ações estão sendo manipuladas com influência do legislativo".
Romário voltou a citar o envolvimento de José Maria Marin com a Arena, partido da ditadura militar (1964-1985), e lamentou que a Justiça não pudesse processá-lo "por causa de uma torta lei de anistia".
O tetracampeão mundial afirma a presidenta Dilma Rousseff precisa ficar em alerta, pois Marin, "25 anos depois de sancionada a nova Constituição Federal, um sujeito age como nos tempos em que essa casa foi fechada pela ditadura militar. O que fazer diante dessa agressão antipatriótica?"
"Sei que não compete ao governo federal, mas é com Marin que Dilma vai se relacionar na Copa das Confederações. Assim, diante desse panorama, só resta apelar à Fifa para que ela intervenha no comitê organizador da Copa de 2014", cobrou Romário durante seu discurso.
"Que o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem isso. Esse panorama que acabo de narrar é de suspeitas sobre nosso futebol. Até aqui, eu vinculava Marin ao nome de outro suspeito na CBF, Ricardo Teixeira. Mas agora é uma suspeita maior, que vincula seu Marin à Câmara dos Deputados. O que mais nos falta para que a CPI da CBF seja aprovada por Vossa Excelência?", afirmou o deputado carioca, falando à presidente em exercício da Câmara, Erika Kokay.
"Essas ações poderão fazer com que o Brasil tenha dignidade com seu esporte e respeito, principalmente dentro de campo. A seleção está em 18º no ranking da Fifa. Outras seleções que estão à frente não tem 5% da história do Brasil no futebol. Já passou da hora para que haja uma intervenção de um órgão competente na instituição. Estamos próximos de grandes eventos e realmente poderemos passar um grande constrangimento assim que as imagens estiveram voltadas à presidenta Dilma Rousseff e ao seu lado estará uma pessoa que participou da ditadura miliar", encerrou.
Fonte:http://esportes.br.msn.-no-futebol-brasileiro
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