O silêncio que mudou o rumo da HISTÓRIA |
Pena que essas reportagens não tenham cunho investigativo, para que sejam averiguadas as versões apresentadas. Não sabemos se os repórteres têm fontes para pesquisar dados de suas matérias e não têm disposição para fazê-lo, se preferem " vender o peixe como compraram" , ou se recebem a pauta com recomendações de reproduzirem o que ouvirem dos simpatizantes da guerrilha.
São muitas as experiências tidas com repórteres. Somos procurados com frequência, mas as matérias, raramente reproduzem uma frase completa do que tenha sido dito. Se forem apresentadas provas sobre o fato tratado, normalmente elas são ignoradas e as matérias que seriam publicadas, são deturpadas , ou abortadas. Por este motivo, há anos o coronel Ustra não dá entrevistas.
Foram horas de conversa com a jornalista, foram fornecidos nomes, alguns endereços de vítimas, o nome e o endereço do general que foi vítima da No começo deste ano, fugindo a regra , o coronel Ustra, depois de muita insistência, recebeu em sua casa uma repórter, que veio com a proposta de fazer uma grande reportagem sobre as vítimas dos terroristas.
Mandaram um fotografo lá, mas não passou disso.
Como esses casos, foram vários outros e nada foi adiante.
A matéria, que seria para mostrar os dois lados da guerrilha, ficou apenas na esperança, de quem aguarda justiça até hoje. Lamentamos que crianças, como os filhos de Antonio Raymundo Lucena e outros tenham tido que passar por todos esses traumas por causa do caminho quie seus pais escolheram. O pior é que parece-nos que, para a alguns membros da mídia, para a Comissão da Anistia , para a CNV somente têm traumas
As Instituições que poderiam acabar com a doutrinação, mostrar a verdade histórica, definir os rumos dentro da lei, da ordem e da justiça, permanecem mudas. Essas matérias requentadas a cada ano por vários jornalistas, principalmente no mês da Contrarrevolução, se repetem como um mantra. Vejam abaixo " Tortura na infância rendeu traumas e documentário sobre a repressão"de Thiago Herdy - O Globo 24/02/2013 SÃO PAULO - Chamada pela direção da escola para uma reunião por causa do comportamento da filha Maria de Oliveira, a atual ministra de Políticas para as Mulheres Eleonora Menicucci identificou de imediato o motivo pelo qual a garota chorava na hora de sair da sala para o recreio: o pátio da escola lembrava a prisão onde a mãe ficou presa.
A experiência da infância motivou a menina a dirigir o documentário “15 filhos”, sobre a lembrança de jovens que tiveram os pais presos ou mortos pela repressão. Filmado em 1996, época em que ainda não se falava em instalação de comissões da verdade no Brasil, o filme relata episódios como o gesto violento de uma mulher enfiando a mão e revirando o pacote de pipocas que a menina levava para a mãe na prisão.
Já a lembrança das irmãs Telma e Denise de Lucena, filhas do operário Antônio Raymundo, é ainda mais dolorosa por um motivo: assistiram a execução do pai à queima-roupa, na porta de casa, quando tinham 3 anos e 9 anos de idade, respectivamente.
— Nunca vou me esquecer do rosto desse rapaz, que chegou perto do meu pai, pôs a arma na cabeça (dele) e atirou — descreve Telma, que nos dias seguintes não seria capaz de reconhecer a mãe na prisão porque estava “deformada” e “nem tinha voz de mãe”.
— No Juizado criaram uma imagem da gente, como se fôssemos bandidos. Falavam para as crianças: “Olha, esses aí são terroristas. Não mexam com eles, porque são perigosos" — lembra Denise, cujo irmão, Adilson, era obrigado a acompanhar agentes da repressão em diligências para localizar armas ou dar informações, sob ameaça de espancamento.( ...)"
Abaixo leiam como aconteceu o caso. O Globo poderia averiguar essas histórias e colocar , pelo menos, as duas versões
No dia 20 de fevereiro de 1970, quatro policiais militares tentavam apurar o roubo de um carro. Chegaram até uma casa no Jardim Cerejeiras, em
Atibaia, onde residiam Antônio Lucena, sua mulher Damaris e três filhos menores. Lucena militava no PCB desde 1958.
Os policiais nem imaginavam que ali era um “aparelho” da VPR. Eles não pertenciam a nenhum órgão de segurança, tanto que chegaram sem
“estourar o aparelho.”
Bateram na porta e pediram para ver os documentos do carro. Lucena disse aos policiais que iria buscá-los. Como o carro fora roubado pela
VPR, evidentemente, estava em situação ilegal. Temendo ser preso, Lucena decidiu reagir. Voltou com um fuzil FAL, abriu a porta e disparou uma rajada nos policiais, matando instantaneamente o sargento PM Antônio Aparecido Posso Nogueró e ferindo gravemente o segundo sargento Edgar Correia da Silva. Os outros dois policiais reagiram. Lucena foi morto e Damaris presa.
Segundo Damaris Lucena em seu depoimento a Luiz Maklouf Carvalho, no livro Mulheres que foram à luta armada
, está registrado o seguinte:
“Tinha um FAL por cima da mesa, coberto, que ficava sempre à mão. O Doutor pegou o FAL e atirou.”Observação: Doutor, era o codinome de seu marido.
No aparelho, foram encontrados: material cirúrgico, 11 FAL, 24 fuzis, 4 metralhadoras, 2 carabinas, 2 espingardas, 1 Winchester, explosivos e cartuchos diversos.
Fontes:- Projeto Orvil - CARVALHO, Luiz Maklouf. Mulheres que foram à luta armada - Editora Globo. - USTRA, Carlos Alberto Brilhante. A Verdade Sufocada - A História que a esquerda não quer que o Brasil conheça |
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