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sábado, 30 de março de 2013

MP... OLHOS E OUVIDOS ABERTOS, ELE VAI AGIR!


Lula pressiona Corinthians a aceitar Odebrecht como sócia para BB liberar US$ 200 milhões e acabar o Itaquerão


Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
A enorme chance de um retumbante fracasso na precária infraestrutura para a realização da Copa do Mundo no Brasil já é um dos temores mais concretos de desgaste pessoal para Luiz Inácio Lula da Silva, queimando o filme da “gerentona” Dilma Rousseff em pleno processo reeleitoral. Maior vergonha para Lula, um corinthiano roxo, é o alto risco de não ser concluído o estádio Itaquerão, tirando São Paulo como sede da competição da transnacional Fifa.

Nenhum banco com dirigentes tendo um mínimo de bom senso aceita liberar US$ 200 milhões para a parte conclusiva do estádio. O valor cotado em dólar (sempre oscilando) é um problemaço. Mas o pior é a falta de garantias patrimoniais para o financiamento – seja pelo clube ou pela empreiteira. Segunda-feira que vem, Dia da Mentira, pode ser cumprida a verdadeira ameaça de paralisação da superfaturadíssima obra da Arena Corinthians, em Itaquera, na intransitável Zona Leste da capital paulista.

Já raciocinando com a alta probabilidade de ocorrer o cenário mais desfavorável, com a obra do Itaquerão não terminando no prazo, por falta de verdinhas, o governo brasileiro e a Fifa já definiram que o jogo de abertura da Copa do Mundo de Futebol será no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Se isto realmente ocorrer, quem se ferra é Lula - Nome certo para batizar o estádio, quando partir desta melhor para uma mais excelente ainda.

O câncer maligno da incompetência, sofrendo metástase com a tradicional corrupção tupiniquim, ronda a desorganização da Copa no Brasil. Além de estádios concluídos com qualidade questionável e a custos elevadíssimos e absolutamente fora da realidade, o turista que vier assistir aos jogos vai sentir na pela a falta de estrutura receptiva, em hospedagem, transportes terrestres nas capitais e estrutura aeroportuária.

Luiz Felipe Scolari pode até formar um time capaz de vencer a Copa de 2014. Mas o Brasil já conquistou, antecipadamente, a Taça Mundial da Incompetência e Roubalheira pelo total despreparo na montagem da infraestrutura para um evento internacional de grande porte – que custará caríssimo aos cofres públicos e vai beneficiar apenas empreiteiros ou quem fechou negócios com a Fifa – que ganhou isenção de impostos em todas as operações, ao contrário do cada vez mais idiotizado eleitor-contribuinte tupiniquim, rico, classe mérdia ou pobre, cada vez mais penalizado pela carga tributária jamais reformada pelo governo da gastança sem qualidade e da deslavada corrupção sem fim.

Itaquerice

Lula faz uma enorme pressão de bastidores para que sejam liberados os US$ 200 milhões para terminar a obra do Itaquerão.

Faltam nada menos que 46% dos alegados recursos para finalizar a Arena Corinthians (futuro estádio Presidente Luiz Inácio Lula da Silva).

Mas o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, por questões claramente legais, não podem emprestar dinheiro para o Corinthians ou para a construtora Odebrecht.

Sem garantias

Bancos não podem conceder crédito a Igrejas, partidos políticos ou clubes – a não ser naquela modalidade por debaixo dos panos, indireta e ilegal, conhecida como mensalão.

A Odebrechet não aceita submeter seus ativos como garantia para o financiamento do estádio corintiano.

O Corinthians não aceita que a empreiteira entre como concessionária do estádio – o que daria a chance para que a maior transnacional capimunista brasileira pegasse a grana emprestada.

A turma do Lula já faz pressão interna no Corinthians para aceitar o jogo da Odebrecht ou terminar no prejuízo – o que é péssimo para todos...

Vergonha Mundial

Além do Itaquerão com sério risco de não acabar a tempo, o Brasil ficou com o filme queimadíssimo no mundo esportivo por causa da interdição do Estádio Olímpico João Havelange, no Rio de Janeiro.

Outra obra faraônica em um local de complicado acesso, ao absurdo custo de R$ 380 milhões para sediar os Jogos Panamericanos de 2007 e projetada para atender à Olimpiada (perdão, Olimpíada) Rio 2016, o Engenhão ficará interditado por tempo indeterminado.

Ventos acima de 63 Km por hora podem botar abaixo a estrutura da cobertura do estádio, cujos tubos foram vítimas da mínima falta de manutenção, pelo processo de galvanização, a fim de evitar a corrosão do metal agora em risco de rompimento.

Tem culpa eu?

A obra do Engenhão com provável erro de projeto e falta de qualidade na conclusão foi iniciada e tocada quase até o fim pela empreiteira Delta – pertencente a Fernando Cavendish e agora falida, depois de envolvida em mega-escândalos de corrupção da turma do Carlinhos Cachoeira.

Como a Delta não suportou terminar a empreitada, o tabalho foi encerrado pelo consórcio Engenhão, formado pelas boas baianas empreiteiras Odebrecht e OAS.
Como as duas alegam que as falhas foram cometidas pela Delta – que não pode mais ser responsabilizada e nem punida por nada -, não aceitam arcar com os custos do problema.

Resultado: será a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com o rico dinheirinho público dos cariocas, quem vai bancar o prejuízo...

Previsão sombria

Engenheiros já fazem uma séria advertência sobre a superfaturada obra do Maracanã.

O material usado na cobertura do Estádio Mário Filho, que não estava prevista no projeto inicial e encareceu a obra em muitos milhões, não aguenta mais que dois anos.

Tudo corre o risco de ser forçosamente trocado para as Olimpiadas de 2016 – a um custo que só Deus sabe, bancado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro ou pelo consórcio de empreiteiras que assumir a concessão do estádio...

Revanchismo em ação

Na sede da Fifa, na Suíça, comenta-se abertamente que é necessária a substituição, urgentíssima, do Presidente da CBF.

A Presidenta Dilma Rousseff nem se digna a olhar para a cara – e muito menos falar – com o cartola José Maria Marin.

O motivo: Dilma acusa Marin de ter sido “dedo-duro da ditadura militar no Brasil, responsável direto pela morte de dois amigos” (dele, na guerrilha e terror urbano para implantar o comunismo no Brasil, nas décadas de 60-70)...

Revanchismo tardio

O deputado federal Romário (PSB-RJ) e o Ivo Herzog – filho do jornalista Vladmir Herzog, morto nas dependências do Doi-Codi de São Paulo em 1975 – baixam na sede da CBF para entregar um manifesto contra Marin.

Eles a saída dele da presidência da entidade, por suas ligações com o regime militar de 1964 a 1985.

Como deputado estadual pela Arena, em 9 de outubro de 1975, Marin cobrou providências às autoridades militares contra a presença de militantes de esquerda dentro da TV Cultura, onde Herzog trabalhava.

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