Oficiais da reserva reclamam de parcialidade dos trabalhos |
Presidentes dos clubes Militar, Naval e da Aeronáutica se queixam de que investigação só atinja agentes do Estado
Juliana Dal Piva O Globo- 29/03/2013 Os presidentes dos clubes Militar, Naval e da Aeronáutica divulgaram nota ontem, em ato comemorativo ao golpe militar de 1964, com ataques à Comissão Nacional da Verdade. No texto, o almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral, o general Renato Cesar Tibau da Costa, e o tenente-brigadeiro do ar Ivan Moacyr da Frota criticam a resolução da comissão de investigar apenas os crimes cometidos por agentes do Estado.
"E que não venham agora os democratas arrivistas, arautos da mentira, pretender dar lições de democracia", escreveram os militares reformados. "Ao arrepio do que consta da Lei que criou a chamada Comissão da Verdade, os titulares designados para compô-la, por meio de uma resolução administrativa interna, alteraram a lei em questão limitando sua atividade à investigação apenas dos atos cometidos por agentes do Estado", criticaram
Procurado, o almirante Veiga Cabral disse que no domingo, dia 31, não será realizado nenhum ato pelo aniversário da revolução de 64, devido aos problemas ocorridos no ano passado, quando manifestantes entraram em confronto com militares reformados em frente ao Clube Militar, no Rio.
- Este ano, o ministro proibiu qualquer manifestação das Forças, mas os clubes não são subordinados e podem se pronunciar. Então, nós resolvemos publicar essa nota por uma questão de justiça com essa Comissão da Verdade que só está chamando casos de um lado - disse Cabral.
Segundo ele, os comandantes das Forças Militares não participaram da produção da nota. A Comissão da Verdade afirmou que não iria comentar as declarações.
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