domingo, 19 de fevereiro de 2012
Ministro da Saúde desmente ministra das Políticas para Mulheres sobre número de mortes causadas por aborto no Brasil.
Ontem, o
blog publicou que a ministra do aborto por sucção com MBA na Colômbia,
deixou que a ONU mentisse para o mundo que, no Brasil, morriam 200.000 mulheres
por ano por causa de abortos clandestinos. Hoje veio o desmentido. O número é
muito menor, mesmo assim não comprovado integralmente: pouco mais de 1.000
mortes. Dilma nomeou mais uma ministra para denegrir a imagem do país lá
fora.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
contestou informações divulgadas pela Organização das Nações Unidas segundo as
quais 200 mil mulheres morrem anualmente no Brasil por causa de abortos de
risco. Ele acredita que pode ter havido confusão com outro dado, já que cerca de
200 mil mulheres se submetem a curetagens por ano no Brasil, procedimento muito
utilizado após o processo abortivo. A ONU cobrou posição do governo brasileiro
durante a 51ª sessão do Comitê Para a Eliminação de Discriminação Contra as
Mulheres, que ocorreu essa semana em Genebra, quando a perita suíça Patrícia
Schulz pediu esclarecimentos ao governo brasileiro, sem poupar críticas. "O que
vocês vão fazer com esse problema politico enorme que têm"?
Padilha esteve em Recife para assistir ao
desfile do Clube de Máscaras O Galo da Madrugada ao lado do governador Eduardo
Campos (PSB). O Ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, também integrou
o camarote do governador. Padilha se disse surpreso com os números divulgados
pela ONU: - Primeiro que desconheço esse número de 200 mil mortes por ano
decorrentes de aborto. Vi esse número apenas no jornal, e precisamos de mais
detalhes a respeito desses dados. Temos cerca de mil e oitocentos óbitos por
mortalidade materna. E todas em idade fértil são investigadas sobre a
mortalidade materna. Então, volto a lembrar: o que nós temos são 200 mil
procedimentos de curategem no sistema público de saúde e não necessariamente
mortes por causa disso - afirmou.
Ele voltou a dizer que as gestantes são alvo de
grande preocupação do Ministério da Saúde, que segundo o ministro, não tem
medido esforços para dar atendimento completo às gestantes. Reconheceu, no
entanto, que as taxas ainda preocupam: - O Brasil precisa reduzir mais ainda a
mortalidade para que possamos alcançar os objetivos do milênio, lembrou,
acrescentando que a Rede Cegonha está pronta para dar o atendimento pré-natal. O
ministro lembrou que, apesar das críticas, o governo não vai mudar a legislação
sobre o aborto.- Esse é um governo que assumiu um compromisso, inclusive durante
a própria campanha. O compromisso de que não tomaria nenhuma medida para mudar a
legislação do aborto no país. Mas nós fazemos um grande esforço para organizar
os serviços de saúde, para atender à gestante em qualquer intercorrência clínica
que ela tenha ao longo da gravidez, disse. (O Globo)
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