Fidel Castro chama Obama de 'fascista por necessidade'
Líder cubano alfineta presidente dos EUA em declarações sobre seu livro de memórias
08 de fevereiro de 2012 | 8h 24
estadão.com.br
HAVANA - O líder cubano Fidel Castro chamou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de "fascista por necessidade", afirmando também que Israel "faz o que quer" porque tem armas nucleares, segundo declarações em um vídeo divulgado nesta terça-feira, 7, pela televisão estatal. As informações são da agência AFP.
Alex Castro/Cubadebate
Segundo Fidel Castro, mundo precisa saber da 'verdade'
De acordo com Fidel, o ex-presidente Franklin Roosevelt "pelo menos era anti-hitleriano, mas essas pessoas são hitlerianas, são fascistas, uns por definição e outros por necessidade". Fidel fez tais declarações sobre os governantes americanos no vídeo de apresentação do livro Fidel Castro - Guerrilheiro do tempo, com suas memórias.
"Obama, eu diria, é um fascista por necessidade, porque não posso pensar que ele acredite de verdade que o fascismo era bom", acrescentou o líder cubano, de 85 anos, que deixou o poder em 2006 por razões de saúde. "Os outros são fascistas por definição. E alguns são loucos", completou.
O livro, escrito pela autora cubana Katiuska Blanco, foi apresentado na última sexta, mas a transmissão da apresentação foi divulgado apenas nesta terça. Fidel não perdeu a oportunidade para criticar Israel. "Israel tem 300 projéteis nucleares, dos mais modernos e que pode atirar contra qualquer lugar do mundo, e além do mais, fazem o que bem entendem", disse.
O líder cubano ainda defendeu que é necessário transmitir "a verdade" - ou seja, suas palavras - em inglês, porque "quase ninguém" no mundo fala espanhol. Ele ainda lamentou que após a Revolução Cubana de 1959, da qual foi líder, instituiu o ensino do russo no país. "Os chineses estudam inglês, os russos estudavam inglês, todo o mundo estudava inglês, menos nós, que estudávamos russo".
No vídeo, Fidel ainda diz que a primeira parte do livro de suas memórias, que conta sua vida da infância até 1958, pode ser "útil" para entender a atual situação internacional, que é muito "difícil e complicada".
Fonte:Estadão de SP
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