Sábado, 18 de fevereiro de 2012
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Autoridades prestam última homenagem ao ministro Maurício Corrêa no STF
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As
últimas homenagens de autoridades, amigos e familiares do ministro
Maurício Corrêa foram prestadas hoje (18/02), no Salão Branco do Supremo
Tribunal Federal (STF), em Brasília. O presidente do STF, Cezar Peluso,
o vice-presidente, Ayres Britto, e os ministros Dias Toffoli e Marco
Aurélio Mello compareceram ao velório. Todos lamentaram, em nome dos
demais colegas, a perda do ministro, que aposentou-se em 2004.
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A viúva, Alda Maria Gontijo Corrêa, suas filhas, Clea, Flávia e Cláudia, os netos Bernardo, Gabriela, Eduardo, Manuela, Rafaela, Arthur, Roberta e Filipe também receberam cumprimentos dos ministros aposentados do STF Aldir Passarinho, Moreira Alves, Sepúlveda Pertence e Nelson Jobim, e de autoridades como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ministros de tribunais superiores, desembargadores, os senadores Cristovam Buarque, Rodrigo Rollemberg e Valdir Raupp, o chefe da representação do governo de Minas Gerais, Henrique Hargreaves, e o governador do Distrito Federal em exercício, Tadeu Filippelli.
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Missa celebrada pelo cardeal arcebispo-emérito de Brasília, Dom José Freire Falcão, encerrou as homenagens no STF às 16h. Aplaudido por todos os presentes, o caixão com o corpo do ministro aposentado foi levado em carro aberto do corpo de bombeiros para o sepultamento na ala dos pioneiros do cemitério Campo da Esperança.
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De acordo com o presidente do Tribunal, ministro Cezar Peluso, a realização do velório no próprio STF foi a maneira encontrada pelos integrantes da Corte de prestar a última homenagem a um de seus ilustres ministros. “Nós todos sabemos que a morte de qualquer pessoa é sempre muito dolorosa para os parentes e para os amigos e, no caso do ministro Maurício Corrêa, para o Supremo Tribunal Federal. É mais doloroso ainda no meu caso, porque ele era presidente do Supremo Tribunal Federal quando fui nomeado e tomei posse. Foi, portanto, ele que me recebeu e eu mantive com ele durante o tempo em que permaneceu na Corte um relacionamento muito próximo e muito agradável. Ele foi um ministro muito importante. Teve uma atuação muito expressiva no STF, foi Constituinte de atuação marcante, foi político, advogado e vai deixar muitas saudades. Hoje é um dia difícil para todos nós. Estamos todos de luto”.
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O vice-presidente do STF, ministro Ayres Britto, destacou que apesar de firme em suas opiniões, o ministro Maurício Corrêa “dialogava e ouvia os colegas, o que é uma diretriz indispensável”. Opinião compartilhada pelo ministro aposentado Nelson Jobim, que foi vice-presidente do STF no mandato de Corrêa. ”(Ele) superava as controvérsias e sempre olhava para frente”.
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Emocionado, o ministro Dias Toffoli destacou a perda de “um lutador pela democracia, pelo Estado de Direito, um homem valoroso, um grande ser humano”. De acordo com o ministro, “Maurício (Corrêa) nunca abaixou a cabeça, enfrentou as maiores dificuldades de frente, de peito aberto. Dizia o que pensava e dá como maior legado para todos nós a sua coragem. É uma perda para a nação e a perda de um amigo e de um exemplo para todos nós”.
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Para o ministro aposentado Aldir Passarinho, Maurício Corrêa “deu uma colaboração excelente (ao STF) pelos seus conhecimentos jurídicos, pelo seu grande equilíbrio e pela sua compreensão dos grandes problemas nacionais. Esses aspectos fizeram com que ele trouxesse uma grande colaboração, dando mais prestígio a essa egrégia Corte”.
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“O ministro Maurício Corrêa trouxe para a Corte a sua experiência como advogado e como parlamentar e, consequentemente, muito contribuiu para os bons trabalhos dessa Corte”, reforçou o ministro aposentado Moreira Alves.
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Outro ministro aposentado do STF, Sepúlveda Pertence, assegurou que Corrêa foi “um lutador. Um homem às vezes rude, mas no fundo um homem bom e caridoso. Ministro dedicado, estudioso e que deixa registros de importância nos anais de nossa história”.
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Democrata
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Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Corrêa não deve ser lembrado apenas como ministro da Justiça e presidente do STF, “mas também como um combativo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, nos momentos finais da ditadura. A imagem de um democrata extremamente obstinado”.
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O advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, lembrou as diversas atividades de Maurício Corrêa. “Ele foi um advogado, jurista e magistrado brilhante. Cumpriu um papel importante no Brasil e participou ativamente da vida política do país”, salientou.
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Tendo ocupado o cargo de procurador-geral da República na época em que Corrêa era ministro da Justiça, o advogado Aristides Junqueira também destacou qualidades do ministro. “Convivi com ele bem de perto. A lembrança que tenho é de um homem alegre, apesar de todos os percalços. É essa alegria que eu vou guardar na memória”.
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OAB/DF
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Destacando a coragem do ministro Maurício Corrêa durante o período militar, o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Francisco Caputo, lembrou que foi ele quem comandou a resistência contra a invasão ao prédio da Ordem. “Aquele foi o momento mais agudo da nossa história e apenas um homem destemido e independente como ele teria condições de enfrentar a ditadura militar e defender a honorabilidade da nossa instituição e da nossa classe”, assegurou. “Para homenagear a memória dele, nós submeteremos ao Conselho a proposta de colocar o nome do doutor Maurício Corrêa no prédio que abriga a nossa sede e que foi edificado por ele”.
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A viúva, Alda Maria Gontijo Corrêa, suas filhas, Clea, Flávia e Cláudia, os netos Bernardo, Gabriela, Eduardo, Manuela, Rafaela, Arthur, Roberta e Filipe também receberam cumprimentos dos ministros aposentados do STF Aldir Passarinho, Moreira Alves, Sepúlveda Pertence e Nelson Jobim, e de autoridades como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ministros de tribunais superiores, desembargadores, os senadores Cristovam Buarque, Rodrigo Rollemberg e Valdir Raupp, o chefe da representação do governo de Minas Gerais, Henrique Hargreaves, e o governador do Distrito Federal em exercício, Tadeu Filippelli.
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Missa celebrada pelo cardeal arcebispo-emérito de Brasília, Dom José Freire Falcão, encerrou as homenagens no STF às 16h. Aplaudido por todos os presentes, o caixão com o corpo do ministro aposentado foi levado em carro aberto do corpo de bombeiros para o sepultamento na ala dos pioneiros do cemitério Campo da Esperança.
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De acordo com o presidente do Tribunal, ministro Cezar Peluso, a realização do velório no próprio STF foi a maneira encontrada pelos integrantes da Corte de prestar a última homenagem a um de seus ilustres ministros. “Nós todos sabemos que a morte de qualquer pessoa é sempre muito dolorosa para os parentes e para os amigos e, no caso do ministro Maurício Corrêa, para o Supremo Tribunal Federal. É mais doloroso ainda no meu caso, porque ele era presidente do Supremo Tribunal Federal quando fui nomeado e tomei posse. Foi, portanto, ele que me recebeu e eu mantive com ele durante o tempo em que permaneceu na Corte um relacionamento muito próximo e muito agradável. Ele foi um ministro muito importante. Teve uma atuação muito expressiva no STF, foi Constituinte de atuação marcante, foi político, advogado e vai deixar muitas saudades. Hoje é um dia difícil para todos nós. Estamos todos de luto”.
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O vice-presidente do STF, ministro Ayres Britto, destacou que apesar de firme em suas opiniões, o ministro Maurício Corrêa “dialogava e ouvia os colegas, o que é uma diretriz indispensável”. Opinião compartilhada pelo ministro aposentado Nelson Jobim, que foi vice-presidente do STF no mandato de Corrêa. ”(Ele) superava as controvérsias e sempre olhava para frente”.
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Emocionado, o ministro Dias Toffoli destacou a perda de “um lutador pela democracia, pelo Estado de Direito, um homem valoroso, um grande ser humano”. De acordo com o ministro, “Maurício (Corrêa) nunca abaixou a cabeça, enfrentou as maiores dificuldades de frente, de peito aberto. Dizia o que pensava e dá como maior legado para todos nós a sua coragem. É uma perda para a nação e a perda de um amigo e de um exemplo para todos nós”.
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Para o ministro aposentado Aldir Passarinho, Maurício Corrêa “deu uma colaboração excelente (ao STF) pelos seus conhecimentos jurídicos, pelo seu grande equilíbrio e pela sua compreensão dos grandes problemas nacionais. Esses aspectos fizeram com que ele trouxesse uma grande colaboração, dando mais prestígio a essa egrégia Corte”.
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“O ministro Maurício Corrêa trouxe para a Corte a sua experiência como advogado e como parlamentar e, consequentemente, muito contribuiu para os bons trabalhos dessa Corte”, reforçou o ministro aposentado Moreira Alves.
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Outro ministro aposentado do STF, Sepúlveda Pertence, assegurou que Corrêa foi “um lutador. Um homem às vezes rude, mas no fundo um homem bom e caridoso. Ministro dedicado, estudioso e que deixa registros de importância nos anais de nossa história”.
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Democrata
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Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Corrêa não deve ser lembrado apenas como ministro da Justiça e presidente do STF, “mas também como um combativo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, nos momentos finais da ditadura. A imagem de um democrata extremamente obstinado”.
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O advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, lembrou as diversas atividades de Maurício Corrêa. “Ele foi um advogado, jurista e magistrado brilhante. Cumpriu um papel importante no Brasil e participou ativamente da vida política do país”, salientou.
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Tendo ocupado o cargo de procurador-geral da República na época em que Corrêa era ministro da Justiça, o advogado Aristides Junqueira também destacou qualidades do ministro. “Convivi com ele bem de perto. A lembrança que tenho é de um homem alegre, apesar de todos os percalços. É essa alegria que eu vou guardar na memória”.
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OAB/DF
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Destacando a coragem do ministro Maurício Corrêa durante o período militar, o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Francisco Caputo, lembrou que foi ele quem comandou a resistência contra a invasão ao prédio da Ordem. “Aquele foi o momento mais agudo da nossa história e apenas um homem destemido e independente como ele teria condições de enfrentar a ditadura militar e defender a honorabilidade da nossa instituição e da nossa classe”, assegurou. “Para homenagear a memória dele, nós submeteremos ao Conselho a proposta de colocar o nome do doutor Maurício Corrêa no prédio que abriga a nossa sede e que foi edificado por ele”.
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LL/EC/EHFonte: STF
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