Número de barracas em favela localizada próximo ao Senado triplica
Publicação: 07/07/2012 08:00 Atualização:
Francisca é a primeira moradora do lugar: "Minha vida é um pouco melhor porque o povo me ajuda" |
Pessoas engravatadas, de terno e calça social em carros de luxo, contrastam a miséria instalada nos fundos da garagem do Senado Federal, a 3 km do Palácio do Planalto, em um percurso feito de carro. Há 23 anos, seis famílias de catadores de lixo se instalaram no local com barracas feitas de madeirite e lona mas, hoje, 53 pessoas, entre elas, 35 crianças habitam o espaço em condições precárias. Políticos de diversos partidos já passaram pela área nas últimas duas décadas com promessas de melhoria, mas decorridos todos esses anos, a situação tem se agravado graças à solidariedade do brasiliense, somada à inércia do poder público.
Aos 62 anos, Francisca Pedro da Silva é a primeira moradora da invasão conhecida como Favela da Garagem do Senado. Ao chegar a Brasília, ganhava dinheiro com a reciclagem de papelão, latas de alumínio e garrafas de plástico. Ela mesma catava o lixo, conduzia as carroças e empurrava os carrinhos cheios de material. Francisca fazia isso ao lado dos filhos, mas não demorou muito para virem os netos e bisnetos. O espaço então se tornou pequeno para tanta gente e as crianças representam mais da metade do total de moradores da invasão. O número de barracos triplicou de lá para cá. São 15 moradias construídas próximas umas das outras e embaixo de árvores. Cada família cuida da própria alimentação.
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