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segunda-feira, 18 de junho de 2012

PROMESSAS? A SECA FOI PREVISTA...AGORA É TARDE


Promessa de 15 mil cisternas para combater a seca




No dia em que o Estado anunciou construção dos reservatórios, agricultores exigiram agilidade na execução das ações contra a estiagem

Sertão e Agreste sofrem com a estiagem / Foto: Guga Matos/JC ImagemDo JC Online

Sertão e Agreste sofrem com a estiagem
Foto: Guga Matos/JC Imagem

No dia em que o Estado anunciou a construção de 15.500 cisternas em 87 municípios pernambucanos afetados pela estiagem, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) se reuniu com o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, para pedir apoio no combate à seca. A entidade afirma que as ações reivindicadas em um documento entregue ao governo no dia 25 de abril estão demorando para sair do papel.

As cisternas, anunciadas ontem pelo governador Eduardo Campos, em Pesqueira, Agreste, têm capacidade para 52 mil litros cada, e devem beneficiar 85 mil pessoas de 47 cidades da região e outras 40 do Sertão. Os reservatórios fazem parte do projeto Pernambuco mais Produtivo, que pretende ampliar o acesso à água para produção de alimentos. O formato da cisterna é um calçadão de cimento, de 200 metros quadrados, que recolhe água da chuva no solo.

A construção dos reservatórios atende, parcialmente, um dos 17 pontos da pauta da Fetape, que reivindicava cisternas de 16 mil e 52 mil litros nos municípios do semiárido pernambucano. "Até agora, só foram realizadas ações pontuais do governo, que não atendem a todos, como os carros-pipa", disse o presidente da federação, Doriel Barros.

Segundo ele, a parceria com a arquidiocese marca uma nova fase na luta da categoria por benefícios. "Se dentro de 20 dias não começarmos a ver atitudes concretas, vamos voltar a realizar manifestações." Na quarta, representantes de Pernambuco se uniram a trabalhadores do Nordeste, em Brasília, para discutir com o governo federal as ações emergenciais para a região.

Na reunião, a Fetape entregou para dom Fernando Saburido a mesma pauta enviada ao Estado. "Vou ler o documento e ver de que maneira podemos ajudar os trabalhadores nesse diálogo com o governo para conseguir amenizar os efeitos da seca."

De acordo com o secretário-executivo de agricultura familiar, Aldo Santos, o Estado está analisando a possibilidade de aumentar o bolsa-seca, uma das reivindicações dos trabalhadores rurais. "O benefício é de R$ 400, pagos pelo governo federal. Estamos fazendo as contas para entrar com uma contrapartida de R$ 280."

Segundo o secretário, o preço do litro de leite aumentou, passando de 17 centavos para R$ 1. "Além disso, estamos instalando GPS nos carros-pipa, para fiscalizar de maneira mais eficaz o serviço.

Fonte:http://jconline.ne10.uol.com.br

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