Igualitarismo, “canal estratégico” das esquerdas
15, abril, 2013
Leo Daniele
Nos últimos dias de seu governo, o ex-presidente Lula da Silva lançou o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)\ em direção ao governo seguinte, que deveria ser o da presidente Dilma Rousseff. Logo em suas primeiras linhas, o extenso documento afirma:
“A educação em Direitos Humanos, como canal estratégico capaz de produzir uma sociedade igualitária, extrapola o direito à educação permanente e de qualidade. A educação e a cultura em Direitos Humanos visam à formação de nova mentalidade coletiva”.
Portanto, afirma o Sr. Lula da Silva que por esse canal estratégico dos direitos humanos navega a nau da igualdade. É um governo que confessa não se esmerar especialmente na “educação permanente e de qualidade” ‒ ela extrapola suas metas ‒ mas se vai empenhar na formação de “nova mentalidade”, tais como o fizeram os governos nazistas, socialistas e outros.
Sabemos qual vem a ser essa nova mentalidade: a que visa a uma sociedade igualitária, como o PNDH-3 reconhece. Frontalmente contrário a esta concepção, Dr. Plinio, que o ilustre intelectual italiano Giovanni Cantoni enaltece como o teólogo das desigualdades sociais, afirma ousadamente:
“O fato mais importante de nossos dias é uma imensa Revolução igualitária, que dirige em seu benefício o curso de todos os acontecimentos, visando à igualdade completa, por meios ora graduais e pacíficos, ora abertos e brutais“.[1]
Neste canal estratégico, o navio do PNDH-3, em suas quase 80 páginas, põe em xeque a Igreja Católica. Estimula a luta de classes, de grupos e de raças. Investe contra a família e a moralidade do povo, de forma agressiva. Intenta desmoralizar o Judiciário e o sistema de segurança pública. Vai contra a propriedade privada, estabelecida em dois Mandamentos. Procura deitar a garra totalitária nos meios de comunicação social. Conduz ao caos a produção econômica, hostilizando sua ponta de lança, que no momento é a agricultura e a pecuária em grande escala. Tenta colocar a Nação debaixo de um tacão totalitário, sob a vigilância de conselhos populares (soviets), onipresentes e de atribuições indefinidas.
O jornalista Charles Moore, do Daliy Telegraphy, afirma com razão que a igualdade é a nova super ideologia de nosso tempo.
Para o PNDH-3, a educação em Direitos Humanos seria o “canal estratégico capaz de produzir uma sociedade igualitária”. No canal estratégico, o igualitarismo é vital para os dois lados, embora de maneiras diferentes: para uns, a fim de o adorar como uma espécie de ídolo, para os outros, a fim de o reprovar e encontrar a ordem. A Esquerda o admite furiosamente. Nada de olhos e olhares diferentes, como os que se veem no início deste artigo! Foi um erro, da natureza, pensam. A Direita, muitas vezes um pouco sonolenta, geralmente não é igualitária. Mas para a Direita ou para a Esquerda, o problema da igualdade ou da desigualdade sempre é o ponto chave: o canal estratégico.
[1] S.data.
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