Palocci toca a Fazenda por debaixo dos panos e Lula o escala para levantar grana para campanha de 2014
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Antônio Palocci Filho volta a ser o verdadeiro ministro da Fazenda. Guido Mantega é apenas um figurante – que segue suas orientações. Fingindo que supervisiona tudo, no maior jogo de dissimulação, está a Presidenta Dilma Rousseff – que obedece a todas as ordens de seu antecessor. Luiz Inácio Lula da Silva demonstra tanta sede de poder que se comporta como o cara que constrói uma ponte sem que embaixo tenha ao menos um riacho. Age como um semideus que faz o que bem entende.
Um dos homens mais invisíveis dos bastidores econômicos do País, o médico Palocci não vai apenas agir como oculto curandeiro econômico, enquanto Mantega fica refém do perigoso discurso de aumentar novamente juros que nunca foram baixos no mundo real. Palocci já é o responsável direto, com Lula negociando junto ou por trás, da captação mi ou bilionária para a campanha reeleitoral de Dilma. A missão árdua do Doutor Palocci é convencer os bancos a voltarem para o lado do PT, abandonando a ideia de apostar na oposição, investindo pesado em Aécio Neves ou Eduardo Campos.
Ex-ministro da Casa Civil de Dilma – derrubado em maio de 2011 por causa de denúncias sobre seu enriquecido patrimônio pessoal -, Palocci sempre agiu na sombra do poder. Foi derrubado do cargo, mas nunca saiu do poder federal. A maior virtude dele é não ter um comportamento espalhafatoso ou politicamente radicalóide – como seu colega mais visível nas sombras, José Dirceu. Palocci é simpático e mais afável no trato com empresários e políticos, além de contar com respaldo da banca financeira transnacional – com quem cumpriu todos os acordos explícitos ou secretos enquanto foi ministro da Fazenda de Lula.
Dirceu tem ciúmes do poder de Palocci, mas pouco pode fazer para derrubá-lo, além do que sempre fez até agora. Lula tem total confiança em Palocci – e delega a ele a maior parte do trabalho invisível de fechar negócios aqui e no exterior. Palocci fecha e Lula sacramenta, levando os louros da vitória e, certamente, a maior parte dos lucros nas negociações.
Risco fatal para Lula
O maior problema de Lula é a voz – e não os prováveis efeitos de um tratamento de câncer que seus médicos julgam estar completamente curado, embora ele continue a tomar medicações para prevenir ou inibir tumores.
Quanto mais ele força falar, suas cordas vocais começam a se deteriorar – o que representa uma verdadeira tragédia para o político falastrão.
Médicos já aconselharam Lula a parar de fazer longos discursos, pois ele pode acabar com a fala completamente comprometida, apesar do intenso tratamento de fonoaudiologia.
Lula já recebeu ordens expressas para não fumar e nem beber, mas os mais próximos duvidam que ele cumpra integralmente a determinação dos médicos.
Não tem brasileiro na listinha?
Existe o risco muito alto do santo nome de uma poderosa figura do Poder Judiciário aparecer na listinha internacional de 13 mil pessoas envolvidas nos 12 mil movimentos de empresas com fortunas escondidas em Paraísos fiscais.
Ontem, o Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ) expôs parcialmente o resultado de quinze meses de pesquisas em 2,5 milhões de arquivos digitais – principalmente nas Ilhas Virgens britânicas, Cook e Cayman.
Curiosamente, o trabalho foi patrocinado pelo governo do Canadá – que faz parte da comunidade britânica -, a partir de onde a oligarquia financeira transnacional exerce seu poder sobre todos os negócios do mundo
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