terça-feira, 16 de julho de 2013
Pesquisa revela que aprovação a Dilma é de só 20% e Lula já carrega de 39% a 41% de rejeição a seu nome
Edição www.alertatotal.net
A popularidade real de Dilma Rousseff só chega hoje a 20%. Nem Lula pode salvá-la, já que o índice dele também desabou dos 83% de “quase unanimidade”, quando deixou o governo, para os atuais 39 a 41% de rejeição. Pior que eles só o ex-Presidente e imortal senador José Sarney (com 92% de desaprovação), Renan Calheiros e Henrique Alves (presidentes do Senado e da Câmara, ambos rejeitados por 89%.
Esses números, de uma pesquisa feita para consumo interno de empresários e políticos, inviabilizam as intenções reeleitorais de Dilma. Também não recomendam uma aventura sobre uma volta de Lula ao Palácio do Planalto – nem porque ele não queira, mas porque sua saúde não permite a dureza de uma campanha presidencial. E a numerologia do desgaste também demonstra a bronca do cidadão-eleitor-contribuinte com os principais líderes políticos do País.
O movimento popular nas ruas, em protestos contra tudo e contra todos, desgastou a imagem de quem ocupa os podres poderes republicanos. Só duas figuras – uma política com ambições claramente eleitorais e outra aparentemente sem tal vontade – escapam do hiper desgaste: Marina Silva e Joaquim Barbosa. Até Aécio Neves, por ser senador, ostenta hoje quase 50% de rejeição – conforme o mesmo levantamento reservado que ratificou o inferno astral da classe política brasileira.
Marina ainda pode ainda sofrer as consequências de uma rejeição ao seu passado petista – o que a atrapalharia na corrida sucessória ao Palácio do Planalto. Barbosa não é alternativa para suceder Dilma, já que ele mesmo jura (sempre que pode) que não tem pretensões eleitorais. Eduardo Campos, governador pernambucano que sempre foi aliado do desgastado governo, também é um nome que não decola com facilidade. Para 2014, segundo as pesquisas, está escancarado um perigoso “vazio eleitoral”, com extrema carência de opções competitivas.
O tal “vácuo de alternativas eleitorais” é extremamente perigoso. Faltando ainda uns 18 meses para Dilma terminar seu mandato – e a pouco mais de um ano para o primeiro turno eleitoral de 2014 -, os sinais de ingovernabilidade se acentuam. A relação política do governo com seus aliados no Congresso é uma tragédia de conflitos. A economia começa a derrapar, com a falta de clareza de uma política econômica que faça o Brasil crescer sem risco de inflação e sem aumentar juros. Tudo fica pior com a percepção negativa de quem saiu para protestar e ainda não viu nada melhorar concretamente.
O endividamento das famílias assusta todo mundo. A carestia é evidente. Quem sai para fazer qualquer compra ou precisa de algum serviço urgente percebe, imediatamente, o quanto tudo está mais caro. Com o custo de vida aumentando, sobra cada vez menos dinheiro para pagar aquilo que foi adquirido pela via do endividamento.
Assim, a maioria assalariada sofre para pagar o cartão de crédito, cobrir o cheque especial ou honrar o empréstimo (feito a taxas e juros draconianos) com os bancos e financeiras – instituições que ganham sempre, apesar de qualquer crise. E o desgaste fica ainda pior na hora da compra, já que as notas fiscais expõem o quanto somos roubados em impostos que não retornam socialmente em efetivos serviços públicos de qualidade.
Nesse cenário de negativismo político-econômico, aprofunda-se o desgaste daquela que deveria ser a “líder do Brasil”. Dilma tem claras dificuldades de governar. Curiosamente, não parece existir qualquer “golpe” armado para derrubá-la ou tirá-la do poder – como aconteceu no Paraguai ou no Egito, por exemplo. Mas fica no ar a sensação de que ninguém aguenta mais a Dilma – e por extensão a classe política – fazendo cacas na gestão do Brasil.
Nessa conjuntura, surge sempre a pergunta: Quem pode nos salvar? A resposta não é o Chapolim Colorado. Também não parece ser a Legião Verde-Oliva – embora ela sempre os guardiões da Defesa Nacional sejam sempre evocados nos momentos de grave crise institucional (ciclicamente repetidos na História do Brasil onde nunca houve Democracia de verdade).
O grande perigo concreto é: O que pode surgir nesse cenário de aparente vácuo institucional, com total falta de credibilidade dos políticos tradicionais para o gerenciamento de soluções urgentes?
A resposta ainda não é clara. Mas uma certeza é evidente. Simplesmente tirar a Dilma da Silva do poder, pela via de algum impeachment ou golpe mais radical, não soluciona nosso problema.
Ou alguém acha que trocá-la pelo vice Michel Temer, ou pelos homens do Congresso, ou até pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, resolverá alguma coisa, concretamente?
O Brasil vive um momento delicadíssimo como Nação. Bagunçado institucionalmente, com seus três poderes desgastados por incompetência, falta de projeto viável ou muita corrupção, e agora com o povo insatisfeito e saindo às ruas para reclamar até da própria sombra, não se sabe aonde o País vai parar.
Duas coisas são bem claras. Primeiro, a confusão é mundial, globalizada. Segundo, todos os problemas vividos hoje, pelos diferentes países e regiões, são gerados pelo globalitarismo daquilo que alguém chamou de “Nova Ordem Mundial”.
Uma superestrutura (ou organização político-administrativa), controlada por uma Oligarquia Financeira Transnacional, continua mandando no destino das nações, interferindo na soberania dos diversos Estados Nacionais. O caos a que assistimos agora é o rearranjo deste sistema de poder globalitário.
Se os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira não perceberem que já passamos da hora de definir um Projeto de verdade para o Brasil, para que sejamos uma Nação soberana e rumo ao real desenvolvimento, as mudanças em curso só vão nos consolidar como a velha e rica colônia de exploração, mantida artificialmente na miséria e sob controle, para deleite do sistema globalitário.
Portanto, qualquer discussão de soluções para o Brasil não passa pelo mero debate ideológico, eleitoral, mas sim por uma discussão realmente Política que defina, claramente, para onde o Brasil deseja ir – ou se, por comodismo histórico, é mais prático ficar no mesmo lugar de agora...
Qualquer outro debate, sem a definição clara do rumo que se deseja ou se precisa tomar, é pura perda de tempo... As soluções efetivas dependem de conceitos corretos e muita fé, para consertar a bagunça e fazer as coisas certas, democraticamente.
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