Lei da Anistia
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Militares reagem à punição de Dilma e clima piora Dilma tomou a decisão de puni-los depois que os militares a
criticaram publicamente por não censurar as ministras Maria do Rosário e
Eleonora Menicucci
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Publicado
em 03/03/2012, às 11h07
Da Agência Estado
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A decisão da presidente Dilma Rousseff de punir
militares da reserva que criticaram ministras do governo por serem favoráveis à
revogação da Lei da Anistia piorou o clima na caserna e aumentou o número de
adesões ao manifesto Alerta à Nação - eles que venham, por aqui não passarão.
Dilma tomou a decisão de puni-los depois que os militares a criticaram
publicamente por não censurar as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos)
e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para as Mulheres).
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Inicialmente, o manifesto tinha 98 assinaturas. Na
manhã da quinta-feira, após terem tomando conhecimento da decisão de puni-los,
o número subiu para 235 e no início da tarde de hoje chegou a 386 adesões,
entre eles 42 oficiais-generais, sendo dois deles ex-ministros do Superior
Tribunal Militar.
A presidente já havia se irritado com o manifesto
dos Clubes Militares, lançado às vésperas do carnaval, e depois retirado do
site, e ficou mais irritada ainda com esse novo documento, no qual eles
reiteram as críticas e ainda dizem não reconhecer a autoridade do ministro da
Defesa, Celso Amorim, de intervir no Clube Militar.
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A presença de ex-ministros do STM adiciona um
ingrediente político à lista, não só pelo posto que ocuparam, mas também
porque, como ex-integrantes da Corte Militar, eles têm pleno conhecimento de
como seus pares julgam neste caso.
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O Ministério da Defesa e os comandos militares
ainda estão discutindo com que base legal os militares podem ser punidos.
Várias reuniões foram convocadas nos últimos dias para discutir o assunto. Mas
há divergências de como aplicar as punições.
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Pontos de vista
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A Defesa entende que houve "ofensa à autoridade da cadeia de comando", incluindo aí a presidente Dilma e o ministro. Para Amorim, os militares não estão emitindo opiniões na nota, mas sim atacando e criticando seus superiores hierárquicos, em um claro desrespeito ao Estatuto do Militar.
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A Defesa entende que houve "ofensa à autoridade da cadeia de comando", incluindo aí a presidente Dilma e o ministro. Para Amorim, os militares não estão emitindo opiniões na nota, mas sim atacando e criticando seus superiores hierárquicos, em um claro desrespeito ao Estatuto do Militar.
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Só que, nos comandos, há diferentes pontos de
vista sobre a Lei 7.524, de 17 de julho de 1986, assinada pelo ex-presidente
José Sarney, que diz que os militares da reserva podem se manifestar
politicamente e não estão sujeitos a reprimendas.
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No artigo 1.º da lei está escrito que
"respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar
inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos
Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e
externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria
pertinente ao interesse público".
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Essa zona cinzenta entre as leis, de acordo com militares, poderá levar os comandantes a serem processados por danos morais e abuso de autoridade, quando aplicarem a punição de repreensão, determinada por Dilma. Nos comandos, há a preocupação, ainda, com o fato de que a lista de adeptos do manifesto só cresce, o que faria com que esse tema virasse uma bola da neve.
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Essa zona cinzenta entre as leis, de acordo com militares, poderá levar os comandantes a serem processados por danos morais e abuso de autoridade, quando aplicarem a punição de repreensão, determinada por Dilma. Nos comandos, há a preocupação, ainda, com o fato de que a lista de adeptos do manifesto só cresce, o que faria com que esse tema virasse uma bola da neve.
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Há quem ache que o assunto precisasse ser
resolvido de uma outra forma, a partir de uma conversa da presidente com os
militares, para que fosse costurada uma saída política. O Planalto, no entanto,
descarta essa possibilidade. Até agora nenhum militar da ativa assinou o
documento. Se isso ocorrer, a punição será imediata e poderá chegar a detenção
do "insubordinado".
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As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
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Fonte: Blog Jornal do Commércio/Nacional
Fonte: Blog Jornal do Commércio/Nacional
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