Por que Dilma tem medo de um referendo?
Ontem, ao defender o plebiscito, Dilma Rousseff disse aos políticos que a desaprovação de uma proposta feita pelo Congresso, em referendo, seria o pior dos mundos. Deixou claro, assim, que a culpa pela crise de credibilidade do seu governo é dos políticos e que ela e sua caótica e corrupta equipe são apenas o reflexo dos maus. Os aliados vão engolir esta fraude? A questão é simples: Dilma não confia no discernimento do povo para aprovar ou não o que é melhor para o Brasil num referendo. Dilma entende que um plebiscito com um pacote fechado de perguntas que o povo não entende, feitas pelo PT, o partido da corrupção, será mais democrático do que uma reforma discutida em plenário, diante da TV, como foi o julgamento do Mensalão. A pergunta é: o que o Congresso perderá optando por um referendo que já não perdeu ao longo dos últimos anos? Em qualquer pesquisa, os políticos apresentam índices ridículos de credibilidade. Um plebiscito não salvará os políticos, salvará apenas o governo podre e sujo do PT, que terá roubado mais uma prerrogativa do Legislativo. É simples de entender: o referendo será feito pelos políticos, o plebiscito será feito pelo João Santana, o marqueteiro da Dilma. Um referendo poderá mostrar que a política mudou. Uma boa proposta de reforma, feita às claras, à luz do dia, no calor dos debates, com as galerias cheias, devolverá a força que o Congresso perdeu. O plebiscito, por sua vez, será uma cova rasa onde os políticos e a nossa pobre democracia serão enterrados.Como na Venezuela, na Bolívia, no Equador.
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