segunda-feira, 17 de junho de 2013
Dias Toffoli terá de explicar por que segura, no TSE, processo que condena contas do PT de 2003
Edição do www.alertatotal.net
Embora seja um semideus do Supremo Tribunal Federal, o jovem ministro José Antônio Dias Toffoli terá de explicar por que o processo que questiona a lisura das contas eleitorais do PT em 2003 está parado, há mais de um ano, no seu gabinete no Tribunal Superior Eleitoral. A demora ganha contornos estranhos porque Toffoli, antes de ganhar o emprego vitalício no STF, foi advogado do PT.
A contabilidade de 2003 é a que registra os famosos empréstimos bancários contraídos nos bancos Rural e BMG que foram utilizados para esconder os esquemas do Mensalão. Como o STF considerou fraudulentos os empréstimos, no julgamento da Ação Penal 470, por lógica, as contas do PT em 2003 não podem ser aprovadas, e PT saudações.
O Globo de domingo revelou a existência de um relatório interno, produzido pela auditoria do TSE, questionando os pareceres técnicos do próprio tribunal que permitiram a aprovação, com ressalvas, das contas do Partido dos Trabalhadores, em 2003. Dirigentes do PT se recusam a falar do assunto. E hoje serão enviados emissários às Organizações Globo para não insistirem no caso.
Caso as contas do PT sejam rejeitadas – o que é pouco provável no Brasil da Impunidade -, o partido perderá o direito aos recursos do Fundo Partidário. Só no ano passado, a legenda embolsou R$ 52,9 milhões. O escandaloso é que o caso se enrola desde 2004, sem uma solução concreta – o que demonstra a lentidão total do Judiciário e indica o quanto este poder pode estar submetido a interesses políticos.
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