Os absurdos das Copas
Por José Batista Pinheiro
O poder e a vaidade cegam as pessoas. É aí que mora o perigo. Toda a cúpula dos políticos poderosos do Brasil se julga inatingível e não enxerga o óbvio. O governo federal está investindo pesado, cerca de 60 bilhões de reais ou mais, na realização da Copa das Confederações, já iniciada e na Copa do Mundo de futebol no próximo ano, um dos esportes de maior prestigio mundial atual entre muitos. Esse dinheirão não tem retorno e dinheiro não se encontra à disposição no meio da rua.
É tudo na base do empréstimo bancário e outras mágicas contábeis. Apenas temos que entender que banqueiro não perdoa dívida, alguém há de pagá-la um dia. Por mais que sejamos leigos em economia é fácil perceber que o nosso país está à beira da ruína financeira. Os nossos principais sistemas de geração de recursos estão falidos. A imprensa, diariamente, comenta a quebradeira do atual sistema econômico, outrora muito forte, que proporcionou grande desenvolvimento ao nosso país.
O povo paulista sem a assistência básica do governo para a sua sobrevivência, como segurança pública, emprego, hospitais, escolas, transportes e outras carências, já começou a sentir na pele essa realidade maldita e está nas ruas protestando em confronto sangrento com os órgãos de repressão. O rastilho de pólvora está se espalhando em todo o Brasil.
D. Dilma, sem o menor pejo, teve o descaramento de declarar nos microfones das TVs: ”dívida todo mundo tem, a inflação não vai subir, dou minha palavra, só não admito bagunça e terrorismo”! Quem vai acreditar na palavra de ex-terrorista? As dificuldades da população vão continuar. A história já projetou este filme algumas vezes e os finais nem sempre foram felizes.
José Batista Pinheiro é Coronel Reformado.
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