Recebendo 4.000 médicos, Brasil será 2º maior 'cliente' de Cuba
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FLÁVIA MARREIRO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Ao receber até 4.000 médicos de Cuba, o Brasil se torna o segundo maior "cliente" da principal fonte de divisa estrangeira da ilha comunista, só perdendo individualmente para a Venezuela.
Em abril de 2012, Cuba tinha 38.868 trabalhadores da saúde no exterior em 66 países, 15.407 dos quais médicos. Por esse número, o contingente que será enviado ao Brasil representaria, sozinho, um acréscimo de 25% na cifra de médicos exportados.
O próprio governo admite que a "exportação de serviços médicos" é hoje a maior fonte de divisas (cerca de US$ 6 bilhões anuais), ultrapassando a venda de níquel e a arrecadação com turismo.
Em Cuba, o salário mensal de um médico varia de US$ 25 a US$ 41. Os enviados à Venezuela ganham cerca de R$ 550, segundo dados extraoficiais. Em algumas missões, eles recebem poupança na ilha, que só pode ser retirada ao final do programa.
Cuba envia médicos em missões humanitárias, como no Haiti, ou como parte de acordos com governos. Os primeiros envios ocorreram nos anos 60. Cerca de 40 países recebem assistência gratuita
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