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quinta-feira, 31 de maio de 2012


- AP executa justiçamento de companheiro




 A Ação Popular - AP - é a mesma que
 praticopu o atentado a bomba no Aero-
 porto de Guararapes - 2 mortos e 13
 feridos graves.
Para Comissão da Verdade apurar: esses restos mortais já foram resgatados? Seus "juizes" e carrascos já foram punidos ou foram apenas indenizados?
Pesquisado por Maria Joseita Silva Brilhante Ustra -  www.averdadesufocada.com
Fevereiro de 1971, cerca de oito horas da noite. A Ação Popular - AP - condena e executa o "justiçamento" do companheiro de militancia Antonio Lourenço

 "Fernado "- nome de guerra do militante da AP - foi atraído para uma deserta e tortuosa trilha que saía  da localidade de Santa Filomena à localidade de Bacabeira, no município de Pindaré-Mirim, no Maranhão. Seguia satisfeito, imaginando um tórrido encontro amoroso .
Texto completo
Ao invés das promessas de amor,  encontraria a traição,  tiros e  tortura.  A inesperada  violência o levaria a morte. Antônio Lourenço não foi vítima de um assalto ou de uma ação de vingança pessoal. A AP, olvidando sua origem católica e seu idealismo humanista, condenara "Fernando" a morte. A desdita de "Fernando" foi ter sido preso e retornado à  militância, o que o colocou sob suspeita de ser um agente policial.
O Comitê Regional da 8ª Região, coordenador das atividades da AP nos Estados do Maranhão e Piauí foi o responsável pela condenação de Antonio Lourenço. Esse CR-8, constituído a partir de dezembro de 1970, era composto pelos militantes Rogério Dolne Lustosa que usava, também, o nome frio de José Severino Nascimento e mais seis militantes. Eram eles: Maria Dolores Pereira Bahia, Manoel da Conceição Santos , Ana Maria Gonzaga, Antônio Lisboa Rodrigues Brito, Carlos Fernando da Rocha Medeiros e Luis Moraes dos Santos.

O assassinato foi planejado pelo comitê seccional de Santa Inês, subordinado ao Comando Regional-8 - CR-8.
Luzia Saraiva Lima, membro do comitê, seduziu Antônio Lourenço com promessas de amor e o conduziu para a trilha onde já se encontrava um grupo chefiado por Ana Maria Gonzaga. O grupo era constituído por Joaquim Matias Neto, Antonio Lisboa Rodrigues Brito, Deoclécio Ramos Tavares,João Batista, Francisco Vitório dos Santos e um agricultor de Bacabeira conhecido como "Chico Brabo". Um outro grupo, constituido por Luis Moraes dos Santos, Antonio Pereira Campos, Antonio Moralino, "Osmar" e um camponês de Santa Filomena, postou-se em outra estrada,visualizando uma alternativa, caso o "casal de amantes" optasse por outro caminho.

Antonio Lourenço e Luzia tomaram a trilha que conduzia a Bacabeira, sendo "surpreendidos" pelo primeiro grupo que lá se colocara.
 Antônio Lisboa Brito deu um tiro de rifle 44 na barriga de Antônio que, aturdido e sem entender sua sina, levou um segundo tiro, de revólver 38, de Joaquim Matias Neto, caindo ao solo. Ato contínuo, todos os participantes do grupo caíram sobre o condenado, estrangulando-o e trucidando-o aporretadas até a morte.

Restava dar sumiço ao corpo. O cortejo macabro levou os despojos de "Fernando" para a "roça" de Antonio Lisboa, onde foram colocados numa cova, cobertos com palha e incendiados. Após cobrirem a sepultura, resolveram disfarçar o improvisado jazigo plantando féijão sobre ele.
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A pena de morte, vinculada à Lei de Segurança Nacional constrangia a sociedade e era alvo constante da orquestração comunista, entretanto, utilizada sob o eufemismo de "justiçamento",era aplicada, sem o menor embaraço, a qualquer suspeita nao comprovada quê pudesse colocar em risco a "causa revolucionária. Assustadora a coerência comunista.


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