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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

RECADO OU RESPOSTA ?


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Defesa avalia reprimenda a Comandante Militar do Sul por incitar tropas a derrotarem “inimigos internos”




Edição do  www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Perto de ser tirada do poder, a comandanta-em-chefa Dilma Rousseff sofreu a primeira demonstração pública de descontentamento com a situação nacional feita por um Oficial General de quatro estrelas, em serviço ativo, e no comando de um dos mais importantes cargos do nosso Exército. O Comandante Militar do Sul, General de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, aproveitou um comentário no final da ordem do Dia do Comandante do Exército em 25 de agosto (Dia do Soldado), em Porto Alegre, para mandar um recado:

"Eu não poderia deixar de complementar a Ordem do Dia do Exmo Sr. Gen Peri. Dirijo-me aos meus Oficiais, Subtenentes, Sargentos, Cabos e Soldados, da ativa e da reserva. Ainda temos muitos inimigos internos que impedem o nosso caminho rumo ao progresso e à democracia. Mas se enganam aqueles que nos imaginam desprevenidos ou     despreparados. ELES QUE VENHAM!". No que a tropa, devidamente treinada, respondeu de bate pronto: "SERÃO DERROTADOS".

O recado militar ganha repercussão, circulando nos e-mails de generais da ativa e da reserva, com o título “Atenção à manobra”. As palavras do General Mourão foram ouvidas, na solenidade, pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército De Nardi. Desde ontem, no Ministério da Defesa, já se especula sobre uma “reprimenda ao General crítico” que o ministro Celso Amorim encomendaria ao Comandante do Exército, General Enzo Peri. No Palácio do Planalto, a recomendação é não colocar lenha no episódio para não fomentar o ambiente para uma crise militar em final de governo.

A mensagem do General Mourão foi interpretada como uma advertência direta à Comissão da Verdade e ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, pela recente manifestação em defesa de uma reinterpretação, na prática, da Lei de Anistia de 1979, para adequá-la aos tratados internacionais do Brasil sobre direitos humanos. O jogral do General, mandando os inimigos virem, com a tropa respondendo que serão derrotados é uma prova direta da desmoralização final do governo do PT.

Em conversas reservadas, os militares já se preocupam, seriamente, com o novo governo que se desenha pela via da indução das pesquisas eleitorais. Nas Forças Armadas, uma eventual vitória de Marina Silva é vista como “um grande atraso, um retrocesso institucional” – na visão de vários oficiais generais da ativa. Mesmo que Marina, cautelosamente, já tenha repetido em entrevistas que não mexerá na Lei de Anistia, os militares a consideram “uma incógnita radical que pode acelerar a marcha do Brasil a uma hegemonia de esquerda autoritária e populista, pela via de conselhos populares e grupos de protesto organizados”.

No meio militar, a previsão é de um ano de 2015 com “crises de vários tipos”.

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