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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Luta armada: “Os carbonários”

Alfredo Sirkis Militante da VPR Atualmente no PV.


Ouçam o que Fernando Gabeira Fala sobre a motivação para a luta armada no link  abaixo:
(URL: http://www.youtube.com/watch?v=Fm_pZXRTo30&feature=youtu.be )


Ernesto Caruso - 13/11/2012

         As páginas do livro “Os carbonários, memórias da guerrilha perdida” revelam a verdade do autor, A. Sirkis e expõem a tentativa de implantação do comunismo no Brasil.

A guerrilha perdida, as derrotas em 1935 e 64 salvaram esta terra do “paredón” (cubano), do muro da morte (alemão), do terrorismo tipo FARC (colombiana), da perseguição religiosa e de outras atrocidades modeladas pela URSS, onde jazem por terra os monumentos a Lenin, ainda cultuado por alguns no Brasil.

Narrativas iniciais, origem do título, jovem estudante secundarista, colégios caros, cursos de idiomas, Rio de Janeiro, entra para o Colégio de Aplicação (CAp); 1966/67; afeição pela esquerda; diz-se ainda lacerdista a despeito do pai já achar que tinha um bolchevique em casa; troca a foto de Kennedy por Guevara (1968);  um subtítulo, “do lacerdismo à subversão”.

 Escreve que o pai lhe falava sobre os horrores do comunismo; judeu-polonês, que ao fugir da invasão alemã em 1939 para o leste da Polônia, terminou por integrar o exército de trabalho vermelho, passou fome, teve malária, incorporou ao exército russo, volta à Polônia e foge para o Brasil, onde se casou com a filha de um dos 13 mil oficiais poloneses fuzilados por ordem de Stalin na floresta de Katin, que com a mãe e a irmã, foram, então, deportadas para a Sibéria, onde trabalharam por cinco anos.

A militância no CAp, a efervescência no meio estudantil e publicação no jornal, lhe trouxe uma admoestação paterna, chamando o colégio de ninho de comunistas. Relata a fase da pichação, interesse pelo marxismo, “Trotski, o Profeta Armado”, a injustiça social, livros e mais livros como escreve, “subtraindo sucessivamente às livrarias”. Faz crítica ao modelo soviético, cita a China, Cuba e o exemplo do Che. Lê Guerra de Guerrilhas do Che. Converte-se à causa vietcong. Qualifica o grupo de direita de burros (quase todos) e sem garra. Em família nos embates ideológicos, seu pai o chama de subversivo, baderneiro.

Preparação, passeatas e depredações se sucederam. “Massinha organizada”, entidades orientadoras, dissidência comunista da Guanabara (DI-GB), Ação Popular, PC do B, PCBR, DI-SP, Núcleo Marxista-Lenista e COLINA. “Não pescava bem” porque tantas siglas e divergências. Entendia a rejeição ao partidão, porquanto pregava a linha pacífica.

Discorre sobre assaltos a banco, roubo de armas e explosivos, AI5, execução do Cap Chandler, norte-americano, segundo cita, participara da morte de Guevara; carro-bomba no QG do II Ex, pichação em apoio a Marighela. Vida de estudante e aprendiz de guerrilheiro. Krupskaia era o nome da companheira de Lênin, nome do automóvel Gordini usado pelo grupo, depois substituído pelo Volks 65, chamado Natália em homenagem à companheira de Trotski.

Narra a sua participação no sequestro do embaixador alemão, atinente ao transbordo e vigia do cativeiro; na ação, um segurança foi morto e dois feridos; assalto a bancos e roubo de carros; no sequestro do embaixador suíço; dilema de matar o embaixador (imagina o próprio), se não libertarem os terroristas-companheiros; um guarda-costas morto por Lamarca, que considera com limitações teóricas e culturais e certo complexo. Relata a morte a coronhadas do Ten PMSP Alberto Martins por Fujimori no Vale do Ribeira. Expropriação de gêneros de supermercado. Metralhado o presidente da Ultragás. “Justiçamento do desertor” Márcio Toledo (conhecia os esquemas de treinamento em Cuba).

Enquadra-se como “velho bolchevique”, sem condições para aguentar, pede desligamento, tira o passaporte e vai para o Chile.

Pois bem. Todos esses crimes de gente inocente ou combatente perpetrados pelos comunistas foram anistiados, portanto sem razão de condenar quem os derrotou, sofreu, morreu, ficou mutilado.

Ou, a viúva do segurança do embaixador não ficou com o coração partido a sustentar e explicar a seus filhos que papai foi para o céu? Quantos momentos de tristeza, lágrimas e solidão nas noites mal dormidas? Foram indenizados ou vivem com mísera pensão? Covardia, soberba e recalque? Vingança como resultante?

E a família de Márcio Toledo? Pior, não?

Os “companheiros” o mataram.



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