A “ação de comando” do Sr Ministro da Defesa
Caros amigos
Se for verdade, conforme declara o Sr Cláudio Humberto, que o Ministro Celso Amorim disse: “Defender o Zé Dirceu é defender fundamentalmente a consolidação democrática em nosso país. Chega de ditadura midiática”, e considerando que desde há algum tempo ele (Ministro) é elo na cadeia de comando, cabe sugerir-lhe a leitura do texto a seguir, como uma contribuição para o aprendizado e o sucesso de sua “Ação de Comando”.
É importante que o Sr Embaixador saiba que, para COMANDAR (Chefiar – Dirigir), é preciso dar provas de AUTORIDADE, ou seja, é preciso exercê-la com o conhecimento de seus fundamentos, dos quais o primeiro é a COMPETÊNCIA, isto é, ter e demonstrar conhecimento e experiência profissionais. Aquele que não é competente, que não conhece a profissão, não tem direito legítimo ao exercício da autoridade – “A maior imoralidade está em exercer uma atividade que não se conhece” (Napoleão Bonaparte).
Também é bom que o Sr Ministro saiba que não se credita respeito a um chefe que exerce sua autoridade em benefício próprio ou de seus interesses pessoais, aí incluídos os ideológicos! Espera-se sempre que ele utilize a autoridade que lhe confere o cargo em benefício da justiça e da verdade, porque, somente desta forma ela será compreendida, admitida, aceita e adotada, pois outro fundamento da autoridade é a HONESTIDADE DE PROPÓSITOS – Ao fazer-se falsas sugestões pode-se contribuir para a absolvição de um canalha, assim como, “Não há nenhum homem no mundo, por mais virtuoso que seja, que passe por inocente diante de um juiz que, examinando os fatos, dê ouvido a mentiras” (Richelieu).
Por fim, mas não por derradeiro, como tudo que deve ser firme, a autoridade legítima tem que ter base trípode e um terceiro fundamento é o CARÁTER, que nada mais é do que escolher o certo, mesmo que isto lhe doa na carne ou no coração (desinteresse pessoal) ou mesmo a coragem moral para admitir erros seus e dos seus! “O processo ditatorial traz consigo o germe da corrupção (...) ele começa desfigurando as instituições e acaba desfigurando o caráter do cidadão” [e das autoridades] (*) (Tancredo Neves).
Competência, honestidade de propósitos e caráter - se a autoridade do Sr Ministro se alicerçar sobre, pelo menos, estes três fundamentos, ela será naturalmente admitida por seus subordinados, caso contrário será recusada, contestada, criticada e, pode-se dizer, indignamente exercida.
“Comandar é uma função pública; uma pessoa prepara-se para ela, desembaraçando-se do estreito egoísmo, das preocupações demasiadamente interesseiras e da presunção que, com frequência, a acompanham” (Gaston Courtois).
Como disse no início, se verdadeira for a afirmação do Sr Cláudio Humberto, estes pensamentos deverão merecer a reflexão do Sr Ministro, amigo e admirador, parece, do chamado “chefe da quadrilha” em julgamento pela Suprema Corte do País.
Salvo outro juízo, entendo que o legítimo exercício do comando, do alto da autoridade de seu cargo atual, não lhe outorga o direito de interferir ou criticar previamente a isenção do julgamento de seu companheiro, Sr “Zé” Dirceu!
Fica, humilde e respeitosamente, a contribuição!
(*) O acréscimo grifado é meu.
Fonte:http://www.averdadesufocada.com
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