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terça-feira, 7 de outubro de 2014

É ENCENAÇÃO DEMAIS...SÓ DÁ ARTISTAS !

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Aécio pode denunciar amigo do ministro Paulo Bernardo como suspeito de propaganda ilegal nos Correios


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Se o escândalo de uso eleitoreiro dos Correios não der em nada agora, por pura impunidade politiqueira do “Judiciário Eleitoral” (impropriamente chamado de “Justiça”), tem tudo para explodir depois da eleição, com Dilma Rousseff ganhando ou perdendo. Membros do Ministério Público Federal já receberam a informação sobre a suspeita de que um amigo pessoal de mais de 30 anos do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que ocupa a vice-presidência de Tecnologia e Infraestrutura da Empresa Brasileira de Correios e Telegráfos, seja um dos responsáveis diretos pelo esquema que teria beneficiado a candidatura petista com distribuição de propaganda pelos carteiros.

O homem ligado a Paulo Bernardo se chama Antonio Luiz Fuschino – considerado um dos membros influentes da chamada “República de Londrina”. Além de Bernardo e sua mulher Gleise Hoffmann, fazem parte deste grupo ilustres membros da cúpula petista: Gilberto Carvalho (Secretário Geral da Presidência), sua irmã Márcia Helena Carvalho Lopes (ex-Secretária Nacional de Desenvolvimento Social no governo Lula), a atual ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o agora em desgraça deputado federal André Vargas (que foi obrigado a se expulsar do PT). As relações tendem a ser exploradas, na propaganda do segundo turno eleitoral, pelo candidato tucano Aécio Neves – agora ameaçado de ser processado pelos Correios, presidido pelo petista Walter Pinheiro.

A República de Londrina tem alto risco de ter seus membros ligados a problemas envolvendo a Operação Lava Jato. Afinal, são públicas as relações de André Vargas com o doleiro Alberto Youssef, classificado como sócio de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras. Youssef e Costa agora são homens-bomba nos processos de “Colaboração Premiada” – novo termo dado a quem faz delações ao judiciário, fornecendo provas materiais concretas, em troca de benefícios nas penas de condenação. Embora não tenham sido claramente prejudicados nesta eleição pelas várias denúncias de corrupção, os petistas temem os efeitos judiciais futuros da Lava Jato.

A República de Londrina se borra de pavor dos efeitos colaterais da Lava Jato... Por enquanto, tudo fica apenas tenso, mas sem denúncias concretas vindo à público...

Vídeo Censurado


O escândalo dos Correios começa a feder, mas a operação abafa já funciona a pleno vapor. Passando por cima da Constituição, que assegura plena liberdade de expressão, o Tribunal Superior Eleitoral praticou crime de censura. O TSE ordenou que o Google suspenda a veiculação de um vídeo no YouTube em que é mostrado um carteiro com o uniforme dos Correios distribuindo 4.8 milhões de folders e panfletos da campanha da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff, sem chancela e nem carimbo dos Correios. A estranha decisão, em caráter liminar, foi concedida pelo ministro Herman Benjamim após um pedido da coligação petista.

O magistrado justifica a medida: “"Há alegação por parte dos representantes de que o serviço foi devidamente pago e é lícito. Pelo que se lê na imprensa, outros candidatos também fizeram uso da entrega pelos Correios. Assim, entendo que a manifestação, tal como veiculada, pode induzir o eleitor a erro. Ao que parece prima facie, o intuito é induzir o eleitor a acreditar que dirigentes dos Correios ou até mesmo a candidata Dilma estariam praticando ato ilícito, em verdadeira apropriação privada de bens e serviços públicos, imputação que, a ser falsa, poderia caracterizar ofensa ao artigo 243 do Código Eleitoral". O artigo determina que é vedado caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública”

A máquina de pressão-opressão já tinha feito das suas antes da eleição. Na sexta-feira passada, os Correios haviam soltado uma nota de imprensa para avisar que, na segunda-feira (ontem) ingressariam com medidas, na Justiça Comum, contra o candidato à Presidência da República Aécio Neves e a coligação dos partidos que o apoiam. A desesperada medida seria uma reação aos advogados da campanha tucana que apresentaram, semana passada, uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e também uma representação junto à Procuradoria Eleitoral pedindo providências para apurar as denúncias.

Na versão dos Correios, desde o dia 20 de setembro, o senador tem declarado a imprensa que os Correios teriam cometido crime eleitoral por não terem distribuído material de campanha de candidato de sua coligação: “Os Correios reafirmam que não existiu qualquer irregularidade na distribuição de objetos postais de seus clientes relacionados aos fatos mencionados pelo candidato. Todas as reclamações pontuais sobre problemas de entrega passaram pelos procedimentos regulares para sua solução. A empresa já apresentou provas documentais da regularidade de suas atividades, inclusive em entrevista coletiva da Diretoria Executiva dos Correios na quinta-feira (2)”.

Nesta eleição, se depender a “Justiça” Eleitoral, o caso dará em nada. Mas, dependendo do resultado de 26 de outubro, algo mais grave pode acontecer. A não ser que petistas e tucanos fechem um novo acordo, idêntico ao da sucessão de Fernando Henrique Cardoso para Luiz Inácio Lula da Silva, que continuou “em vigor” nos tempos das denúncias iniciais do Mensalão, para que um só finja que denuncia o outro, sem maiores consequências políticas ou jurídicas.

Haverá jogo de cena novamente ou a briga, depois da eleição, será para valer? Eis a grande dúvida...

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