sábado, 12 de abril de 2014
Aliados de Lula apostam que Dilma será forçada a detonar a amiga Graça da presidência da Petrobras
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Dilma Rousseff não tem mais condições políticas, por pressões internas geradas pelo PT, de manter sua amiga Maria das Graças Foster na presidência da Petrobras. Graça pode ter a vida ainda mais complicada, dependendo do que for obrigada a dizer, em depoimento ao Senado, na terça-feira que vem. Ontem, no Congresso, já se dava como certa a aposentadoria forçada da engenheira de carreira da Petrobras. Aliados do ex-presidente Lula da Silva torcem pela queda de Graça. Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES, pode substituí-la.
Para ampliar a desgraça, Graça foi obrigada ontem, pela Justiça Federal, a fornecer documentos que podem tornar ainda mais explosivas para o governo as investigações da Operação Lava Jato – que apura consistentes suspeitas de lavagem ilegal de R$ 10 bilhões. O escândalo revela ligações entre os envolvidos e membros da alta cúpula do PT, como o deputado federal André Vargas – até outro dia era tratado no partido como herói do deboche contra Joaquim Barbosa, mas, agora, virou peça descartável.
O foco investigativo consiste em reunir provas sobre a ligação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, com o doleiro Alberto Youssef, em negócios de contrato da Petrobras, no valor de R$ 443,8 milhões, com a empresa Ecoglobal Ambiental, sediada Macaé, no Norte Fluminense. A PF e o MPF investigam um documento em que, por R$ 18 milhões em uma transação, 75% da Ecoglobal seriam transferidos às empresas Quality, que pertenceria a Youssef, e Sunset Global Participações, que pertence a Costa e foi constituída em maio do ano passado com capital de apenas R$ 1 mil.
O Palhaço do Planalto joga pesado para que o ex-diretor Internacional da Petrobras e ex-diretor financeiro da BR Distribuidora, Nestor Cerveró, não apareça, quarta-feira que vem, para depor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Dependendo do que Cerveró revelar, pode ser aberto um caminho para um até então impensável impeachment de Dilma Rousseff. A Presidenta e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já foram acionados por investidores da Petrobras ao Ministério Público Federal.
Cerveró foi detonado após revelações de que fora o autor do “resuminho” no qual Dilma Rousseff, então “presidente” do Conselho de Administração da Petrobras no governo do companheiro Lula da Silva, aprovou a compra da Refinaria Pasadena, no Texas (EUA), gerando prejuízo milionário para a empresa e seus acionistas. As palavras de Cerveró podem manchar, definitivamente, já demolida imagem de “gerentona” da Presidenta Dilma Rousseff, responsabilizando-a, diretamente, pelo mal sucedido negócio.
Ontem, o líder tucano na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), enviou ofícios ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitando informações a respeito da real disposição de Cerveró em prestar informações sobre o escândalo. A oposição deseja que Cerveró fale agora e, depois, na CPI da Petrobras, caso seja instalada.
No caos institucional tupiniquim, com três poderes batendo cabeça e invadindo a atribuição dos outros, será o Judiciário quem dará a palavra final se o Legislativo pode investigar, de forma ampla ou apenas restrita, as lambanças do Executivo. Petistas já programam pressões de bastidores sobre a ministra Rosa Maria Weber para ela relatar contra a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito exclusiva sobre a Petrobras. Neutralizando à pressão, Weber ontem deu um prazo de 48 horas para o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, justificar o que realmente pretende com a CPI.
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