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sábado, 9 de fevereiro de 2013

O CINISMO SUPEROU O VERGONHA...


Condenados viram estrelas em ato petista


Mensalão vira "mentirão" em discurso de João Paulo Cunha
Thiago Herdy
O Globo - 08/02/2013
Os quatro petistas condenados no processo do mensalão foram homenageados quarta-feira à noite, na comemoração de 60 anos de militância do ex-deputado petista Ricardo Zarattini. José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e os deputados José Genoino, ex-presidente do partido, e João Paulo Cunha discursaram, distribuíram abraços e tiraram fotos com militantes e parlamentares que lotaram o salão da Casa de Portugal, em São Paulo.

Desde o fim do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), os petistas vêm cumprindo agenda em várias cidades, em eventos promovidos por simpatizantes e marcados por ataques à mídia, ao Ministério Público e ao Judiciário. Não há, porém, apoio institucional do PT.

- O motivo do encontro era homenagear a militância na minha pessoa, mas também outros companheiros que estavam lá. São líderes naturais do nosso partido, dirigentes que foram muito importantes para o nosso projeto - disse Zarattini, um dos quinze presos políticos trocados em 1969 pelo embaixador norte-americano Charles Elbrick.

Para o petista, o evento mostrou que não é preciso "alugar ônibus" para levar pessoas a atos em homenagem aos condenados no julgamento que, em sua opinião, deveria ter passado pelas instâncias inferiores para a maioria dos réus, que não tinha foro privilegiado.

- Se houve um erro (do partido) foi ter feito este financiamento (com Marcos Valério), que não era para comprar votos - afirmou.

No convite, os quatro petistas condenados foram citados como "dirigentes e líderes de sempre". Condenado por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato, João Paulo Cunha fez o discurso mais agressivo: chamou o mensalão de "mentirão", e afirmou que foi condenado sem provas, numa "disputa política" para atingir o legado do ex-presidente Lula. Para ele, "a campanha" da imprensa lembra o discurso de defensores da ditadura militar e os ataques a Getúlio Vargas nos meses que antecederam seu suicídio, em 1954.

Delúbio disse à plateia que não se esquecesse da "perspectiva da luta de classes". Dirceu e Genoino evitaram citar o julgamento e recordaram a trajetória de Zarattini. Genoino disse sentir a "obrigação do dever cumprido". (Com G1)

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

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