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domingo, 4 de maio de 2014

CULTURA DE PILHAR O QUE É DOS OUTROS...

O roubo “revolucionário”: quando os fins justificam quaisquer meios

Qual partido brasileiro gosta desse gesto mesmo?
Uma ala revolucionária da esquerda sempre defendeu que seus “nobres” fins justificavam quaisquer meios. É com base nessa premissa que aplaude até terroristas como Carlos Marighella e Cesare Battisti, ou assassinos frios como Che Guevara. Mas não é preciso chegar aos casos mais extremos: tal mentalidade ajuda a criar um clima permissivo no tocante aos crimes do cotidiano também.
Basta pensar nos discursos do ex-presidente Lula afirmando que fez o que todos fazem, relativizando a ética o tempo todo, dando o pior exemplo possível para o povo brasileiro. Ou mesmo a presidente Dilma, tratando casos chocantes de corrupção como simples “malfeitos”.
Tudo isso ajuda a criar um ambiente de “vale tudo”. O sujeito comum olha para cima e vê apenas licenciosidade com todo tipo de crime, e se sente no direito de ignorar as leis também. Para piorar, encontra no próprio discurso predominante da esquerda uma justificativa perfeita para seu desejo de roubar: ele é uma “vítima da sociedade”, e as injustiças e desigualdades sociais são as responsáveis por seus atos, não ele mesmo.
Para saber onde isso nos leva, basta observar a Venezuela de hoje. Em excelente artigopublicado no GLOBO, Eduardo Mayobre explica como o simples roubo se tornou um instrumento “revolucionário” no país bolivariano. Roubar a bateria de um carro estacionado virou um “ato revolucionário” para combater as injustiças do sistema, do capitalismo.
Se há escassez – escassez esta produzida pela estupidez do modelo socialista – então tudo é permitido! O diálogo parece um tanto surreal, mas sabemos que é exatamente esta a mentalidade de boa parte da esquerda latino-americana:
— Ser vítima é o que lhe permite entrar no processo e justifica que você também acaricie a possibilidade de roubar do vizinho que tenha uma bateria ou de quem tenha vários pacotes de farinha em seu carrinho de supermercado.
— Mas não quero roubar nem quero que me roubem.
— Porque está do lado errado da história.
— E isto é a revolução?
— É o que terminou sendo. Sobretudo na etapa madura de sua história.
A etapa madura, sob o comando de Maduro, é a completa anomia, um clima iminente de guerra civil. As sementes foram plantadas desde o começo da gestão de Hugo Chávez, com sua retórica socialista, a segregação do povo entre amigos e inimigos, o abuso de poder, a impunidade, o roubo institucionalizado pelo próprio governo, a inflação, etc.
A desgraça não vem por acaso, do nada; é obra de anos e anos de práticas estúpidas e discursos “revolucionários”, que indicam ao cidadão comum que seus fins permitem quaisquer meios. Tipo os invasores do MST aqui no Brasil, sendo recebidos pelo governo, que distribui verbas para os criminosos em nome da “justiça social”.
Se o socialismo é a idealização da inveja, a revolução socialista é a pilhagem oficializada. Apenas isso.
Rodrigo Constantino





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