Os EUA eram um país cujo padrão de vida era incomparável. Os mais pobres entre nós, excluídos das suas terras natais, pobres como ratos de igreja, tinham chance nos EUA. Sim, havia preconceito e intolerância, e em algumas comunidades até mesmo um sistema de castas invisível, mas quem tivesse determinação podia se sair bem. Há uma longa história de empreendedorismo nos EUA que tornou ricos os mais pobres entre nós. Considere o seguinte:
- 43% das famílias pobres possuem casa própria. A residência média das pessoas classificadas como pobres pelo censo americano é de três quartos com um e meio banheiro, garagem e varanda ou quintal.
- 80% de todas as famílias pobres possuem ar condicionado. Em contrapartida, em 1970 apenas 36% de toda a população americana usufruíam de ar condicionado.
- Apenas 6% das casas de famílias pobres estão superlotadas. Mais de dois terços possuem mais de um quarto por pessoa.
O pobre médio nos EUA possui mais espaço de vida do que o indivíduo médio em Paris, Londres, Viena, Atenas e outras cidades da Europa (essas comparações são com os cidadãos médios nos países citados, e não com os classificados como pobres).
- Quase três quartos das famílias pobres possuem automóvel; 31% possuem dois ou mais.
- 97% das famílias pobres possuem televisão em cores; mais da metade possui duas ou mais.
- 78% possuem vídeo cassete ou DVD player; 62% possuem televisão via satélite ou a cabo.
- 89% possuem micro-ondas, mais da metade possui um aparelho de som, e mais de um terço possui lava louças. [1]
Essas estatísticas são de 2007. As condições econômicas mudaram, muitas delas devido a políticas estatais criadas para ajudar os pobres. Elas tiveram efeito contrário.
“Compare a visão do pobre como apresentada na Bíblia (homens sem teto, cobertos de ferimentos, famintos, possuindo apenas uma túnica) às condições de muitos pobres nos EUA, e as distorções sociais das definições de pobreza se tornam patentes. Ser pobre nos EUA costuma significar “ter menos do que o vizinho” em vez de “carecer de recursos essenciais à vida”. [2]
Meus pais são filhos de imigrantes italianos. Minha mãe tinha 11 irmãos e irmãs. Inicialmente eles viveram na área rural. Lembro-me da minha mãe contando à nossa vizinha a triste história de que ela nunca teve uma boneca quando era criança. A vizinha se emocionou.
Meu avô materno queria dar aos seus filhos melhores oportunidades, e por isso trocou a fazenda da família por uma casa de três quartos no bairro de Carrick, subúrbio de Pittsburgh, Pensilvânia. Os meninos ficavam em um quarto e as meninas em outro. Todos eles prosperaram em carreiras e negócios. Eram eles pobres? Comparando com as pessoas que viviam em bairros mais nobres, como Mt. Lebanon e Squirrel Hill, sim. Mas comparando com milhões, talvez bilhões, de pessoas ao redor do mundo, eles eram ricos. A vida não era fácil.
Havia poucos programas assistencialistas, e quando eles eram oferecidos, muitos recusavam a ajuda (assista ao filme A Luta pela Esperança).
Os distribuidores de renda estão facilitando o fracasso das pessoas. Não querem admitir que uma economia livre (livre das regulações opressoras, leis dirigidas e corrupção) faz subir todos os barcos. Os pobres são resgatados do seu apuro pelo empreendedor que cria riqueza e prosperidade onde nada havia há apenas 10 ou 20 anos.
Notas:
[1] Robert Rector e KirK Johnson, “How Poor Are America’s Poor? Examining the ‘Plague’ of Poverty in America”, Heritage Foundation Backgrounder, nro. 2064 (27 de agosto de 207).
[2] David W. Hall e Matthew D. Burton, Calvin and Commerce: The Transforming Power of Calvinism in Market Economies (Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 2009), 131.
Tradução: Luis Gustavo Gentil
Fonte: CoroneLeaks
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