Para Dilma, é 'apressada' a tese de que
emergentes perderão dinamismo
Presidente discursou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Ela ainda afirmou que o governo brasileiro não 'transige' com a inflação.
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (24), durante discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que é "apressada" a tese de que as economias dos países emergentes vão perder dinamismo com o fim da crise financeira mundial. Segundo a presidente, apesar de as economias desenvolvidas darem claros sinais de recuperação, as emergentes vão continuar desempenhando um "papel estratégico". O discurso de Dilma durou aproximadamente 30 minutos.
"Ainda que as economias desenvolvidas mostrem claros sinais de recuperação, as emergentes continuarão a desempenhar papel estratégico. Estamos falando de países com grandes capacidade de investimento e de ampliação do consumo, com demanda por infraestrutura social, urbana, energia, petróleo, investimentos industriais e agrícolas [...] É apressada a tese de que após a crise as economias emergentes serão menos dinâmicas. Lá estão grandes oportunidades", afirmou a presidente.
Ainda segundo Dilma, os países emergentes são "sociedades em processo de forte mobilidade social, nas quais se constituem mercados internos dinâmicos, integrados por milhões, às vezes bilhões de consumidores".
Ainda segundo Dilma, os países emergentes são "sociedades em processo de forte mobilidade social, nas quais se constituem mercados internos dinâmicos, integrados por milhões, às vezes bilhões de consumidores".
Para a presidente, a saída definitiva da crise financeira mundial não pode prever apenas as ações a curto prazo. "É imprescindível resgatar o horizonte de médio e longo prazos para dar suporte aos diagnósticos e ações necessários para o crescimento das diferentes economias", afirmou. "Como as economias desenvolvidas foram as mais afetadas pela crise, ao dela saírem, criarão um ambiente econômico global mais favorável para todo o mundo", concluiu Dilma.
A presidente argumentou ainda que, à medida que a crise for "se dissipando", um olhar "mais atento" sobre os países emergentes "ganhará fôlego", dentro de um novo ciclo de crescimento econômico mundial.
A presidente argumentou ainda que, à medida que a crise for "se dissipando", um olhar "mais atento" sobre os países emergentes "ganhará fôlego", dentro de um novo ciclo de crescimento econômico mundial.
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Dilma sustentou também que o sucesso do Brasil nos próximos anos estará associado a uma parceria com investidores de todo o mundo e destacou a abertura do país para o investimento estrangeiro.
"Sempre recebemos bem o investimento externo. Meu governo adotou medidas para facilitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade. Como eu disse até aqui, o Brasil mais que precisa e mais que quer a parceria com investimento privado nacional e externo."
Inflação
Outro tema citado pela presidente foram os esforços do governo brasileiro para controlar a inflação. Segundo ela, o país está sendo "construído sem abdicar do nosso compromisso com a solidez dos fundamentos macroeconômicos", entre eles, o controle da inflação.
Outro tema citado pela presidente foram os esforços do governo brasileiro para controlar a inflação. Segundo ela, o país está sendo "construído sem abdicar do nosso compromisso com a solidez dos fundamentos macroeconômicos", entre eles, o controle da inflação.
"A inflação no Brasil permanece sob controle e, desde 1999, o Brasil segue o regime de metas. Nos últimos anos, perseguimos o centro da meta e a cada ano trabalhamos para lograr esse objetivo. Os resultados até aqui estão dentro das metas. Buscamos a convergência para o centro da meta. A experiência que tivemos das elevadíssimas taxas de inflação dos anos 1980 e 1990 nos ensinou o poder destrutivo do descontrole de preços sobre as rendas, salários e lucros das empresas", disse Dilma.
"A estabilidade da moeda é hoje um valor central do nosso país. Quero enfatizar que nós não transigimos com a inflação", concluiu a presidente.
Oportunidades no Brasil
No discurso em Davos, Dilma também citou a redução da desigualdade social e a diminuição da pobreza extrema no Brasil. A presidente ressaltou que, com as mudanças sociais, há oportunidades de negócios ainda não exploradas no país, citando que apenas 47% dos domicílios têm computador e apenas 8% tem TV com tela plana.
No discurso em Davos, Dilma também citou a redução da desigualdade social e a diminuição da pobreza extrema no Brasil. A presidente ressaltou que, com as mudanças sociais, há oportunidades de negócios ainda não exploradas no país, citando que apenas 47% dos domicílios têm computador e apenas 8% tem TV com tela plana.
Para Dilma, os avanços criaram um contingente de cidadãos com mais qualidade de vida e informação, mas também com novos desejos e demandas. Parte dessas demandas, segundo a presidente, esteve presente nas manifestações de junho de 2013.
"Para nós, todos os avanços que conquistamos e os já conquistados são sempre, sempre só um começo. É necessário transformar essa extraordinária energia do povo brasileiro manifesta nas ruas em realizações para todos", defendeu.
Copa do Mundo
A presidente finalizou o discurso no Fórum Econômico Mundial convidando as pessoas presentes a participar da Copa de 2014, que será realizada em 12 cidades-sede do país, e das Olimpíadas de 2016, no Rio.
A presidente finalizou o discurso no Fórum Econômico Mundial convidando as pessoas presentes a participar da Copa de 2014, que será realizada em 12 cidades-sede do país, e das Olimpíadas de 2016, no Rio.
"Quero dizer aos senhores que estamos preparados para a Copa. Os investimentos que eu relatei aqui são também investimentos para esta Copa e para este evento. Mas são sobretudo investimentos originados da necessidade do país", justificou Dilma, acrescentando que "estamos de braços abertos" para receber todos os visitantes.
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