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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

NO ANO DA COPA...ENGANAÇÃO TOTAL...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PTitanic: Ex-Diretor do BC do B comprova como Dilma pratica gestão temerária da política econômica


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Um ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central do Brasil conseguiu desmoralizar, completamente, a política econômica da perdida Dilma Rousseff – uma Presidenta super avacalhada nas redes sociais pelo passeio caríssimo em Portugal, pela inauguração de um superfaturado porto cubano ajeitado com recursos do BNDES brasileiro e pelo encontro inútil com a turma da revolução bolivariana na Venezuela, tudo depois de um discurso meramente eleitoreiro no Fórum Econômico Mundial. O economista Alexandre Schwartsman botou o dedo no iceberg que congela a economia brasileira e vai afundar o PTitanic.

Doutor em Economia pela Universidade da Califórnia, Schwartsman jogou a culpa de todos os erros em Dilma Rousseff: "Vamos falar a verdade: a política econômica no Brasil emana diretamente da Presidência da República. É ali que a responsabilidade está". Classificando de “temerária” a gestão do Banco Central, o economista apontou o principal equívoco cometido por Dilma: “O governo erra ao insistir em soluções voltadas para o aumento da demanda, quando o problema está na limitação da oferta, prejudicada pela baixa produtividade”.

Curioso é que o ataque mais contundente ao governo saiu no Brasil Econômico – um jornal alinhado com o PT. A Presidenta Dilma Rousseff, seu ministro Guido Mantega (Fazenda) e Alexandre Tombini (Banco Central) certamente estão PTs da vida com Schwartsman: "A prioridade do BC não é a inflação. É o crescimento, o câmbio. Dessa forma, perdeu o controle das expectativas. É só olhar para a gestão do BC para saber que é temerária".

A crítica fica ainda mais dura quando o governo anuncia cortes demagógicos de R$ 30 bilhões no orçamento – o que aponta para menos investimentos ainda em áreas essenciais. Em 2013, a tesourada já foi de R$ 28 bilhões – o que reflete em tudo de previsto que deixa de acontecer, em termos de infraestrutura, para a Copa da Fifa... Ou seja, o governo gasta mal, errado, sem foco, de forma superfaturada, para manter a corrupção dos variados modelos de mensalões que ajudam a manter petralhas e aliados no poder.  

Schwartsman toca no drama existencial da economia brasileira e no dever de casa que o governo nunca quer fazer: “O empresário pode querer investir mais e não ter como. O consumo das famílias está em torno de 62% do PIB, o do governo fica na casa de 20%. Somados, chegam a quase 83%. O que sobra para investir, sem aumento de déficit externo, é cerca de 17%. Complicado. Para aumentar o investimento, é preciso pensar em um programa de ajuste fiscal de longo prazo”.

O economista ensina que a estratégia de crescimento do governo, de botar mais demanda na economia, com crédito e desonerações, vai muito bem quando há capacidade ociosa na economia. Não é o que se tem hoje: “O principal problema é a restrição no lado da oferta. Ela está com dificuldade de crescer. Ao contrário de anos anteriores, quando havia grandes contingentes de pessoas para trabalhar, hoje não há mais. A produtividade de trabalho no Brasil tem crescido em torno de 1,5% ao ano. Não escapa disso. Junte a isso a expansão da população economicamente ativa, e o limite para crescimento da economia é de 2% ou 2,5%”.

Schwartsman não vê o Brasil realmente investindo o necessário: “A infraestrutura é muito importante para a produtividade. Hoje, investimos 2% do PIB em infraestrutura. Quando aumentar essa participação, a produtividade subirá, mas não será da noite para o dia. Tem um conjunto de reformas, em particular nas áreas tributária e trabalhista, que poderiam destravar a produtividade, mas não vejo ninguém muito interessado em promover isso. Não estamos condenados, mas é preciso trabalhar. Demanda, é fácil crescer. O BC corta juros, o governo aumenta gasto. Um par de canetadas resolve. Mas quando a recessão está na oferta, é preciso trabalhar”.

O economista não vê perspectiva de redução da carga tributária, hoje em 36%, o que permite manter a gastança improdutiva do governo. Schwartsman cita números assustadores do custo Brasil: “O Banco Mundial estima que uma empresa média típica no Brasil gasta algo como 2.800 homens/hora/ano, é o mais alto custo do ranking, mais do que o dobro do segundo lugar. Nos países desenvolvidos, o índice fica entre 300 e 500. Cada empresa gasta em excesso mais de 2 mil homens/hora/ano para uma tarefa essencialmente improdutiva, que é preencher papel e pagar imposto. Imagina o potencial que a gente teria ao alocar essas pessoas em tarefas mais úteis. É um custo imposto pelo setor público brasileiro ao resto da economia que afeta a produtividade”.

Schwartsman identifica o problema e aponta um caminho que dificilmente será seguido pela equipe econômica de Dilma: “A demanda interna sobe mais rápido do que o PIB; a inflação de serviços é mais alta e puxa o índice geral; o setor industrial cresce pouco, mas a demanda maior, em última análise, vira aumento de importação. O desequilíbrio externo, portanto, também está ligado a isso. Se conseguirmos fazer a produtividade crescer bem mais rápida, essa restrição de oferta se afrouxa, mudando o ciclo”.

O economista chama atenção para a tendência de cenário inflacionário em 2014: “A verdade é a seguinte: a inflação ficou em 5,91% em 2013, mas à custa do controle extraordinário de preços - redução na tarifa de energia, defasagem nos preços dos combustíveis, tarifas de transportes urbanos congeladas. Controlar a inflação segurando preços públicos é facílimo. O problema é que não funciona em lugar nenhum por mais que uns poucos meses”.

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