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quarta-feira, 19 de junho de 2013

ELA NUNCA FEZ PASSEATAS, SÓ ATENTADOS!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dilma só se assusta com passeatas, enquanto Dólar sobe, e Lula já admite trocar Mantega por Meirelles

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
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Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net

Perguntinha que não quer calar: Por que a Presidenta Dilma Rousseff perdeu ontem, tanto tempo, em reuniões fechadas em um hotel paulista com o ex-Presidente Lula da Silva, seu marketeiro João Santana, e os ministros Gilberto Carvalho e Aloísio Mercadante, para tratar do tema “passeatas e protestos fora de controle e sem liderança política concreta”, em vez de concentrar atenção em assunto mais fundamental para o País, como a alta persistente do Dólar, que vai gerar inflação e ferrar todos os brasileiros?

A resposta é bem simples: os petistas só se importam com aquilo que pode representar um risco imediato de desgaste para uma futura perda de poder. Eles só esquecem que o pirão econômico desandando tem o mesmo efeito dos protestos sem fim e causa. A irresponsabilidade do governo com a questão econômica ficou ainda mais clara e evidente com a estranha sinceridade do presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, que admitiu no Senado que a cotação do Dólar em relação ao Real continuará subindo.

Tombini alertou para “momentos difíceis e trepidações” que o mercado de câmbio sofrerá. O BC do B já está pronto para fazer novas intervenções na vã tentativa de segurar o Dólar – mais tenso que a garotada das passeatas. Só ontem, foram duas intervenções. Assim, a economia brasileira permanecerá refém da alta da moeda fabricada e controlada pela Oligarquia Financeira Transnacional - dona do Banco Central privado dos EUA, o Federal Reserve. 

O Dólar não sai às ruas para protestar contra tudo de errado que acontece no Brasil, mas fará grandes estragos se continuar se valorizando. Tirando os exportadores (que ganham com as subidas), o resto todo mundo se dana. Desgraça maior para empresas com dívidas em moeda estrangeira.

Tragédia enorme para a Petrobrás – que aumenta seu rombo de caixa com a importação mais cara de combustíveis, sem que o acionista majoritário (governo) autorize um reajuste dos combustíveis (para segurar o aumento do custo de vida e da inflação). Indústrias que dependem de insumos importados também gastam mais, e tendem a repassar sua maior despesa para os preços.

Depois da declaração do presidente do BC do B na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ninguém duvida que o Dólar pode chegar, facilmente, aos R$ 2,20 – ou até acima disto. Diante das incertezas econômicas, o mercado volta a especular politicamente com um eventual retorno do ex-Presidente do BC do B, Henrique Meirelles, ao governo. Meirelles iria para o lugar do ministro Guido Mantega – que já cansou de pedir para sair da Fazenda. Dilma até gostaria de atender o desejo do apadrinhado de Lula, mas isto seria admitir que algo não vai bem na economia.   

A verdade é que a especulação na economia assusta mais a turma da Dilma Rousseff que a onda de passeatas ainda inorgânicas, sem um foco específico, apesar do aparelhamento político-ideológico inicial. O problema é que o governo, por motivos políticos, não pode passar um mínimo recibo de probleminhas ou fracassos. O que fica mais difícil a cada dia é a pirotecnia para esconder que a situação só vai bem na propaganda oficial.

Por enquanto, o ente mercado e sua bolsa de valores ainda não são diretamente afetados pela onda crescente de protestos nas ruas dos grandes centros urbanos (com episódios pontuais de radicalização e violência banal bem programada, como anteontem no Rio de Janeiro e ontem em São Paulo. Mas na hora em que o “Inverno Brasileiro” começar a mexer com os ânimos e expectativas mercadológicas – focando em problemas econômicos bem concretos, como a alta absurda do custo de vida e dos impostos que inviabilizam o Brasil, aí sim o bicho vai começar a pegar.


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