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terça-feira, 26 de março de 2013

GM- DEMITE 598




Comunicado foi emitido pela montadora na tarde desta terça-feira (26).
Trabalhadores estavam com contratos suspensos desde agosto de 2012.



Prefeito Carlinhos Almeida diz que vai ajudar contra demissões na GM (Foto: Carlos Santos/G1)Durante sete meses, os trabalhadores fizeram protestos na cidade para buscar uma solução no impasse entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos. (Foto: Carlos Santos/G1)
A General Motors confirmou na tarde desta terça-feira (26) a demissão de 598 trabalhadores da fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo (veja o comunicado abaixo). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, os funcionários que estavam em layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho) começaram a receber as cartas comunicando o desligamento e 150 metalúrgicos que têm estabilidade devem retornar ao trabalho no dia 1º de abril.

Em julho do ano passado, a montadora anunciou a intenção de fechar o setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), dois anos depois de não chegar a um acordo com o sindicato para a atração de novos investimentos para a unidade de São José dos Campos. No ano passado deixaram de ser produzidos na planta três dos quatro modelos daquela linha: Meriva,Zafira e Corsa hatch, que foram 'aposentados'. Apenas o Classic continuou sendo fabricado.

Com a redução na produção, a montadora avaliou que a mão de obra do MVA, que empregava em agosto do ano passado 1.840 funcionários, era excedente. Além disso, a direção considerava a planta de São José pouco competitiva por conta do elevado custo da mão de obra em comparação com a concorrência. Após os acordos firmados entre a montadora e o sindicato, o setor MVA continua funcionando com metade da produção e deve ser desativado em dezembro. Há risco de que com o encerramento das atividades no setor, mais trabalhadores sejam demitidos.
Negociações
Desde 4 de agosto de 2012, a empresa e o sindicato fizeram reuniões pela manutenção dos empregos no MVA -- uma das oito fábricas do Complexo Industrial da GM em São José e que poderia ser fechado em 30 de novembro.
Após férias coletivas, no dia 27 de agosto, metade da produção, ou seja, 940 trabalhadores da General Motors de São José dos Campos entraram em layoff. A outra metade continuou trabalhando normalmente no MVA, na produção do Classic, que deve ser desativada em dezembro.

Desde o início do layoff, os funcionários afastados receberam os salários integralmente por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e fazendo cursos profissionalizantes no Senai. Um Programa de Demissões Voluntários (PDV) também foi estabelecido, o terceiro em um ano. Somados, os desligamentos em PDVs realizados em outubro de 2011 e junho e setembro de 2012 atingiram mais de 1.100 trabalhadores da montadora, segundo o sindicato.

No fim do mês de novembro, um novo acordo entre sindicato e montadora prorrogou para 26 de janeiro a suspensão dos contratos do trabalho dos metalúrgicos. Um novo encontro realizado entre as partes em janeiro estabeleceu novo prazo para o layoff, encerrado nesta terça-feira, 26 de março.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a planta possui 7.200 funcionários e produz os modelos Classic, S10 e Blazer, além de motores, transmissão e kits de exportação.

Comunicado
"Conforme o acordo assinado no último dia 26 de janeiro de 2013, com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), na presença de autoridades municipais, estadual e federal, a GM procedeu o desligamento de 598 empregados da fábrica de automóveis - uma das oito existentes no Complexo Industrial da empresa em São José dos Campos -, que estavam em layoff desde agosto de 2012"

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