De novo os institutos de pesquisa
Artigo no www.alertatotal.net
Por Paulo Roberto Gotaç
Não bastasse o melancólico desempenho dos institutos de pesquisa de intenção de votos, ao errar em suas previsões e tentar nitidamente direcionar o voto do eleitor ao longo do período que antecedeu a eleição presidencial em primeiro turno, fato que introduziu dúvidas sobre a lisura dos seus métodos e reforçou a desconfiança da população a respeito da promiscuidade que se suspeita existir entre eles e alguns grupos e partidos, é com surpresa que um deles acaba de divulgar um resultado que deixa a sociedade, no mínimo, em expectativa atenta.
Trata-se de uma desnecessária investigação que objetiva levantar a distribuição de preferência pelos candidatos, entre os mais ricos, naturalmente, com maioria de votos dirigidos a Aécio, e os mais pobres que favorecem, segundo tais conclusões, com maior intensidade, à candidata da situação.
Qualquer cidadão que seja capaz de um nível mínimo de reflexão percebe o propósito da instituição que montou a pesquisa: o de introduzir a divisão de classe no jogo eleitoral.
Ao que tudo indica, manifesta-se de novo uma sutil atitude de parcialidade que, aparentemente, neste caso, visa a restabelecer um equilíbrio no sentido de mudar a tendência de crescimento do candidato da oposição, verificada em outras pesquisas que abordaram tão somente a preferência dos eleitores, sem viés de natureza social.
Parece que o lastimável desempenho do primeiro turno, marcado por erros e desconfianças vai se repetir no presente período que antecede a renhida disputa do segundo turno.
É uma pena, porque chegará o tempo em que a população nada creditará a instituições que deveriam orientar o eleitor no sentido de levá-lo ao melhor escolha.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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