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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

MAIS PODRIDÃO NA PETROBRAS

03/11/2014 18h25 - Atualizado em 03/11/2014 21h53

Presidente da Transpetro pede licença temporária do cargo

Sérgio Machado foi citado por Paulo Roberto Costa em delação à Justiça.
Ele disse que se afasta por 31 dias para que sejam feitos 'esclarecimentos'.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
arte petrobras (Foto: Editoria de Arte/G1)
Em meio a denúncias de que teria participação no suposto esquema de pagamento de propina na Petrobras, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, pediu licença temporária do cargo nesta segunda-feira (3), segundo informou nota divulgada pela companhia (leia a íntegra da nota no final). A Transpetro é uma subsidiária da Petrobras, responsável pelo transporte de combustíveis e por processamento de gás natural.

"Decido de forma espontânea requerer licença sem vencimento pelos próximos 31 dias. Tomo a iniciativa de afastar-me temporariamente para que sejam feitos, de forma indiscutível, todos os esclarecimentos necessários.Trata-se de um gesto de quem não teme investigações", diz Machado na nota.
Em depoimento à Justiça do Paraná, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou Machado como responsável pelo pagamento de R$ 500 milem propina oriunda de contratos da estatal supostamente superfaturados, entre 2009 e 2010. Machado nega.
Na nota divulgada à imprensa, Sergio Machado afirma que, com a licença, pretende evitar atrasos na divulgação do balanço da Petrobrasreferente ao terceiro trimestre.
Ele também disse ter orgulho da gestão à frente da subsidiária e que é vítima de “imputações caluniosas” feitas por Paulo Roberto Costa. Segundo Machado, os relatos do ex-diretor à Justiça em delação premiada são “levianos e absurdos”.
“Estou certo do pleno rigor e lisura de minha gestão na Transpetro, e tranquilo quanto ao curso das investigações. Tenho todo o interesse de que tudo seja averiguado rapidamente”, disse.

Machado ressaltou, ainda, que no período à frente da Transpetro a companhia teve as contas auditadas e aprovadas sem irregularidades pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na nota divulgada à imprensa, o presidente licenciado da subsidiária da Petrobras destacou não responder a processo no tribunal ou ser réu em ação penal.
Em 10 de outubro, em meio a especulações no meio político de que Sérgio Machado, indicado pelo PMDB, seria demitido do cargo, a presidente Dilma Rousseff, em entrevista no Palácio da Alvorada, afirmou a jornalistas que Machado havia sido chamado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a prestar esclarecimentos sobre as denúncias.
"Quem está conversando com o servidor da Petrobras [Machado] é o ministro Lobão, no sentido de esclarecer, de fato, o que há e o que não há". Na ocasião, Dilma chegou a afirmar que não basta alguém fazer uma denúncia sem apresentar provas para que uma pessoa seja condenaada.
Deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano, a Operação Lava Jato investigou esquema de desvio de recursos públicos na Petrobras. Em razão das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina, diversos órgãos públicos decidiram investigar a estatal – entre os quais o Ministério Público, a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Congresso Nacional.

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