14 nov 2014
Por ANTONIO CARLOS LACERDA
O juiz federal Sergio Moro, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal no Paraná, unidos, lavaram a honra e exultaram a alma do povo brasileiro, principalmente dos humildes, dos pobres, dos pés descalços, dos descamisados, dos escurraçados, dos sempre vencidos, dos enxotados e dos que não têm voz.
Até hoje, no Brasil, nenhuma pessoa de bom senso, com mente sã, imaginaria que presidentes de gigantes da construção civil, as chamadas cabeças coroadas e intocáveis de empreiteiras da República, fossem presos. Mas foram, alguns, pelo menos, embora faltem tantos outros ou mais.
Por ordem do juiz Sergio Moro a Polícia Federal prendeu o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho; o presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Collares Filho; e o presidente da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa.
O vice-presidente da Mendes Junior, Sergio Cunha Mendes, que teve seu nome na relação das pessoas com prisão decretada pelo juiz Sergio Moro, até o fechamento desta reportagem ainda não tinha sido preso e estaria negociando com autoridades para se entregar à policia.
Com a prisão de algumas (faltam muitas) intocáveis cabeças coroadas das gigantes da construção civil brasileira, o juiz Sergio Moro, o ministerio Publico Federal e a Polícia Federal lavaram a honra e exultaram a alma do povo brasileiro, falando aos corações dos que têm fome e sede de justiça, dos fracos, dos tímidos, dos que não ousam, dos que não existem, dos que não se agarram à veemência para não se entregar ao desânimo, dos que não forçam a violência do verbo nem a perseverança na ação porque receiam ser inútil todo o esforço, e afinal se entreguem, se abandonem e se deixem dominar.
Em meu nome, e como jornalista permito-me falar em nome do povo brasileiro, digo a esses singularmente idômitos e verdadeiros agentes públicos brasileiros que a Nação Brasileira saberá distingui-los sempre pela valente e ousada conduta cívica e cidadã que estão demonstrando nessa odisséia policial denominada Operação Lavo Jato.
Como cidadão brasileiro, eu gostaria muito de saber até que ponto esta Nação vai aturar que dela escarneçam, trocando o nome das coisas, dos sentimentos e das instituições; mascarando a verdade, promovendo escaladas como esta do assalto à Petrobrás, falsificando os programas e a invertendo as doutrinas; praticando a demagogia com linguagem bíblica e entoando canções fáticas em tom de cantochão.
ANTONIO CARLOS LACERDA é jornalista, diretor-editor do THE BRAZILIAN POST e correspondente internacional no Brasil do PRAVDA, de moscou, na Rússia, o maior e mais lido jornal do muindo, editado em russo, inglês, italiano e português.
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