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sábado, 9 de agosto de 2014

PODEM TUDO ? O SILÊNCIO DOS BONS É A CAUSA !

SÁBADO, 9 DE AGOSTO DE 2014

Jornalista desmascara governo Dilma: quer suprimir a liberdade de imprensa.


Trecho da coluna de Miriam Leitão, hoje, em O Globo, sobre o crime de calúnia e difamação cometido contra ele, a partir de computadores da Presidência da República: 

"O Planalto afirma que não tem como saber quem foi. É ingenuidade acreditar que uma pessoa isolada, enlouquecida, resolveu, do IP da sede do governo, achincalhar jornalistas. A tese do regime militar de que os excessos eram cometidos pelos “bolsões sinceros, porém radicais” nunca fez sentido. Alguém deu ordem para que isso fosse executado. É uma política. Não é um caso fortuito. E o alvo não sou eu ou o Sardenberg. Este governo desde o princípio não soube lidar com as críticas, não entende e não gosta da imprensa independente. Tentou-se no início do primeiro mandato Lula reprimir os jornalistas através de conselhos e controles. A ideia jamais foi abandonada. Agora querem o “controle social da mídia”, um eufemismo para suprimir a liberdade de imprensa.

Sim, eu faço críticas à política econômica do governo porque ela tem posto em risco avanços duramente conquistados, tem tirado transparência dos dados fiscais, tem um desempenho lamentável, tem criado passivos a serem pagos nos futuros governos e por toda a sociedade. Isso não me transforma em inimiga. E, ainda que eu fosse, constitucionalmente o governo não tem o direito de fazer o que fez. É ilegal e imoral."

Ontem, depois da denúncia, IP do Serpro foi usado para difamar jornalista. É a turma da Dilma zombando dos brasileiros.

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O verbete de Wikipédia da jornalista Míriam Leitão, colunista do GLOBO, sofreu nova alteração a partir de um computador do governo ontem. Desta vez, a sigla “LOL”, que na internet conota risos e zombarias — laugh out loud, em inglês —, foi inserida antes do título do livro “Convém sonhar” na lista de obras escritas pela jornalista. 

A mudança foi feita a partir de um computador da rede do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), conforme divulgou o perfil @brwikiedits no Twitter, que monitora alterações feitas na Wikipédia a partir de Senado, STF, Câmara, Serpro, Procuradoria Geral da República, Dataprev, Petrobras, Banco Central, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. De acordo com a Wikipédia, o IP — identidade digital que permite saber de onde saíram as publicações — que realizou a alteração foi o de número 189.9.20.51.

O Serpro informou que não divulga o órgão público que utiliza um de seus IPs. Segundo a assessoria, sua divulgação seria caracterizada como quebra de confidencialidade, uma vez que o artigo 8º da Lei 5.615/1970 obriga servidores da empresa a “guardar sigilo quanto aos elementos manipulados”.

Míriam, que já havia tido seu perfil modificado a partir de um computador do Palácio do Planalto, se disse indignada com a situação: — Fico muito indignada, como cidadã que lutou pela democracia, de ver o aparato público sendo usado para atacar quem quer que seja.

O @brwikiedits, que divulga no Twitter quando um verbete na Wikipédia é alterado por um computador do governo, não está sozinho na empreitada. O @parliamentedits, por exemplo, presta serviço semelhante, entregando as vezes em que um computador do Parlamento inglês faz alguma modificação. O mesmo faz o @congressedits, mas com o Congresso americano.

Foi este que serviu de inspiração para o desenvolvedor Pedro Felipe Melo Menezes, de 18 anos, que criou a versão brasileira do serviço no início de agosto. Morador de Natal, ele explica que buscou o registro dos provedores do governo e, a partir daí, encontrou os IPs. Sempre que há uma alteração, é seu robô que publica no Twitter.

— O programa em si já existia, e seu código de programação é livre. Só precisei adaptar com os IPs brasileiros. Sou da área de TI, mas gosto muito de acompanhar a política — conta o estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Segundo Menezes, todos os órgãos federais já são monitorados pela ferramenta. (O Globo)

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