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domingo, 11 de dezembro de 2011

Show do Barça: nem após a festa, Geni-Press consegue entender o que rolou.




Artigo no Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Tom Capri 

De PVC a Daniel Piza, passando por Juca Kfouri e Antero Greco, a maior parte de nossa mídia esportiva, que eu chamo muito apropriadamente de Geni-Press (por merecer que se jogue muita bosta nela), continua não entendendo de futebol. Até agora, não sabe o que de fato aconteceu em Yokohama, nos acachapantes 4 a 0 do Barça sobre o Santos. É o que demonstram os jornais desta segunda-feira (19/12). Lamentável.


A respeito do show do Barça, encontrei as pérolas de sempre hoje na mídia. Não li os jornais do Rio ainda, mas tenho certeza de que não destoaram dos paulistas. Também não li nada de Daniel Piza nem de Luiz Zanin, por força da atual política do Estadão. O jornal continua não destacando seus principais comentaristas para os mais importantes eventos, e não me pergunte por que: não dá para entender isso. Só no decorrer da semana saberemos o que Piza e Zanin dirão a respeito, e não tenha dúvida de que serão as pérolas de sempre.



A seguir, o que de fato rolou em Yokohama e o que nossa Geni-Press ainda não sacou. Por força das circunstâncias, preciso ater-me apenas ao que escreveram Juca Kfouri, da Folha de S. Paulo, e Paulo Vinícius Coelho (PVC) e Antero Greco, do Estadão/ESPN. 



Juca Kfouri, Folha de S. Paulo de hoje (19/12), ao tentar explicar o fiasco do Santos – “E não me venham só com táticas e estratégias. O nome disso é ousadia. É arte. É arte pura.” 



Juca, a vitória do Barça é resultado de pura tática, pura estratégia, pura filosofia de jogo! É claro reflexo da forma de jogar do time catalão. O técnico Guardiola resgatou a filosofia de jogo (táticas, sistemas e estratégias) do carrossel da grande Laranja Mecânica de 74 (Holanda), de Cruyff, que na época virou craque também do Barça. Treina isso todo dia, à exaustão (inclusive, a escolinha de base) para fazer o time jogar daquele jeito, com essa tática, essa estratégia, essa filosofia. E é daí --- e só daí --- que floresce o futebol-arte de Messi, Xavi, Daniel Alves e outros endiabrados do Barça.



Juca está careca de saber de tudo isso. Há mais de dez anos, isso é do conhecimento dele. Mas Juca tem razões para não considerar esses conhecimentos que já possui, enfim, para não reconhecer que o Barça é só tática, sistema, estratégia, filosofia de jogo.



É fato, Juca vem sendo familiarizado, há mais de cinco anos --- inclusive, por mim ---, a respeito dos novos fundamentos e conceitos do futebol moderno (segundo os quais o futebol, hoje, é pura tática, pura estratégia, puro sistema e filosofia de jogo --- é ciência, e das mais exatas, há que se reconhecer!!!). Não sei por que Juca se recusa a assimilar e aceitar isso. Talvez por estar obsessivamente apegado aos clichês do futebol brasileiro e, por inércia, não conseguir se superar nunca. 



Mas o que Juca, na verdade, já sabe do futebol moderno, mas se recusa a assimilar e aceitar? Que, hoje, não se joga mais com jogador que guarda posição, joga fixo nela. O futebol moderno exige, ao contrário, jogadores versáteis e completos e ocupem todos os espaços e posições (e também façam tudo em campo: desarmem, armem e finalizem incansavelmente, como Messi e Daniel Alves contra o Santos --- Messi aprendeu a jogar assim já na escolinha do Barça).



Juca também sabe, mas ainda não assimilou nem aceitou, que foi abolido o futebol-escadinha, aquele já obsoleto, mas ainda muito praticado no Brasil, em que a formação do time se dá por degraus: a bola sai do goleiro e segue sua marcha passando por todos os degraus (que eu chamo também de grotões ou escalões), até chegar ao finalizador, que geralmente está plantado lá na frente (como Borges no jogo contra o Barça).



Mais do que ninguém, Juca Kfouri sabe, por exemplo (mas não assimila nem aceita), que Muricy é técnico ultrapassado, outro que ainda adota o futebol-escadinha, já abolido na Europa e no restante do Planeta. Sabe que Muricy teve todo o Brasileirão para ensinar o Santos a jogar respeitando os novos fundamentos do futebol, aqueles do futebol moderno, como faz muito bem o Barça. Não paira nenhuma dúvida, em Juca, que Muricy não tinha a menor noção disso, não sabia, ainda, que o futebol mudou e que o Santos de Muricy deveria ter acompanhado minimamente tais mudanças.



É igualmente do conhecimento de Juca, mas ele não aceita, que time que joga assim fica vulnerável (como o Santos contra o Barça) e é fácil de ser destruído. Basta formar uma parede à frente do primeiro e do segundo degraus e impedir que a bola avance e chegue aos finalizadores (não foi o que vimos com clareza no Santos goleado pelo Barça?).



Juca também está careca de saber, mas nunca aceita, que o futebol moderno exige, além de bons jogadores (e craques como Messi e Neymar), muita disciplina tática, para que prevaleçam e se imponham os sistemas, os esquemas, as estratégias, ou seja, a filosofia de jogo, pois só assim é possível ver o futebol-arte florescer plenamente.



Outra que Juca conhece como a palma de sua mão, mas se recusa a aceitar: que o preparo físico é fundamental, pois time que é moderno joga nos rápidos toques, preferencialmente de primeira e em velocidade (como o Barça), para manter a posse da bola o maior tempo possível. Isto porque, quanto menos o adversário fica com a bola, menor é sua chance de fazer gol. Além disso, o jogador precisa correr o tempo todo para marcar, armas e finalizar, não tem tempo para ficar à espera da bola.



Como se não bastasse, entreguei em 2006 a Juca um exemplar de meu livro “A Geleia Verde-Amarela”, em que explico tudo isso, com exemplos e em detalhes. Se não leu o livro, com certeza leu os mais de trinta comentários que escrevi, de lá para cá, abordando esse mesmo tema, nos quais cito Juca inúmeras vezes.



Além disso, há que considerar a vasta experiência de Juca no futebol, ele que fez parte do movimento “Democracia Corintiana” e é respeitado comentarista. Por fim, Juca já deve ter visto esse mesmo Barça bicampeão do mundo jogar pelo menos umas trinta vezes. E não está cego, que eu saiba.



Por que então não assimila nem aceita e adota essas novas verdades sobre o futebol moderno, se há muito tempo as conhece? Sinceramente, não sei. Perguntem a ele. Só sei que, quando essas verdades gritam na frente dele, como gritaram no show de bola do Barça, Juca se sai sempre com essa pérola de hoje (19/12), na “Folha”: “E não me venham só com táticas e estratégias. O nome disso é ousadia. É arte. É arte pura.” 



Paulo Vinícius Coelho (PVC), Estadão (19/12), ao abordar o duelo que não houve entre Messi e Neymar – “A má atuação de Neymar reforçará a ideia de que é preciso jogar na Europa não só para se aperfeiçoar, mas também para medir seu nível.”



Desta vez, vamos por partes. Considerar má a atuação de Neymar é desconhecer o que se passou no jogo e não entender de futebol. É basear-se apenas na aparência, no que “aparece” em campo, e desprezar a essência. Começa que não o deixaram jogar. E, no pouco que fez, vi a melhor atuação da vida de Neymar.



Nunca tinha visto o jovem craque tão disciplinado taticamente. E com tanta vontade de jogar e ganhar. E, mais, a cada investida do Barça, ia incorporando tudo aquilo ao seu aprendizado, como bom aluno. Até reconhecer, no final, que o Barça deu uma aula de futebol, querendo dizer com isso que, se o Santos tivesse jogado daquela mesma maneira, com ele no ataque, o resultado teria sido outro. E até prometeu voltar com um Santos jogando o mesmo futebol que o Barça lhe ensinou.



Com Borges marcando pouco e meio que paradão lá na frente e o Santos vulnerável daquele jeito, Neymar teve de pegar o boi na unha e dar conta do recado sozinho, fazendo de tudo em campo: correu feito louco, foi o que mais desarmou no Santos. Via o time sucumbir e jamais desistiu. Não fez gol porque, além de muito bem marcado por um Barça sensacional (no mínimo, por dois), tinha também de carregar o piano. Se matou em campo e cansou de tanto correr para tapar buracos. Isto é má atuação? Nos critérios atualizados e corretos do futebol moderno, não.



Se, em vez de Neymar, tivéssemos Messi no Santos, o baile teria sido ainda maior. Se tirarmos Messi do Barça e colocarmos Neymar no lugar, o Barça melhora. Se tirarmos Neymar e colocarmos Messi nesse Santos chinfrim de Muricy, o Santos piora. Se colocarmos Messi e Neymar jogando juntos no Barça, o time catalão cai de produção porque dois gênios num mesmo time dirigido por Guardiola não valem por um.



Quem entende de futebol sabe que Neymar é, indiscutivelmente, melhor e mais completo do que Messi. Messi só é o melhor do mundo, hoje, porque joga nesse timaço montado por Guardiola, feito para fazer florescer e se afirmar o futebol-arte do argentino. No Barça, todos são bons em tudo: no desarme, na armação e nos passes e também na finalização. E isto faz emergir a arte “Messiânica” de Messi.



Messi não é tudo isso. Não chega aos pés de Maradona nem de Pelé. E desaparece em campo se bem marcado, quando joga em outro time. Quando joga, por exemplo, na seleção da Argentina, Messi se torna apenas um bom jogador, por não dispor ao seu lado dessa máquina de futebol chamada Barça. A Argentina de Messi já perdeu até da Bolívia. Não é à toa que Messi é tão grato assim a Guardiola.



Arrisco a dizer que Neymar foi o melhor do jogo. Lutou muito, foi o mais disciplinado taticamente, quem mais fez pelo seu time. Messi, que sem dúvida é craque e voltou a brilhar, apenas finalizou as açucaradas que recebeu de um time que hoje brilha nas estrelas. Alguém ainda duvida que, com Neymar no lugar de Messi, esse time do Barça faria o mesmo contra esse Santos chinfrim? Não é Messi que carrega o Barça, é o Barça que carrega Messi, é o Barça que faz de Messi o melhor do mundo na atualidade.



Os argentinos não estão totalmente errados quando dizem que “gênio só existe um, Messi”. Esqueceram de completar que Messi só é gênio porque, além de craque, joga no Barça. E que Neymar só não é um gênio ainda na prática porque, para sê-lo, precisa atuar num time que joga como o Barça.



Por isso, PVC erra, e feio, quando diz que Neymar não atuou bem e acertou em não ir para a Europa. É mais do que óbvio que, na Europa, Neymar aperfeiçoaria seu futebol e mostraria seu nível e todas as qualidades, podendo vir até a superar Messi (se encontrar, evidentemente, um time à altura do Barça).



Aprenderia muito mais do que ficando no Brasil, até porque hoje é o jogador brasileiro que melhor pratica o futebol moderno, do faz-tudo (desarma, arma e finaliza bem), como o Barça e os europeus adoram. É mais do que óbvio também que o futebol brasileiro ganharia muito com isso, principalmente a Seleção da Copa de 2014. 



Em seu artigo de hoje, PVC diz, no título, que Messi é a resposta. É verdade, mas Neymar também é, se seu técnico for Guardiola e a Seleção o Barça de hoje.



Antero Greco, do Estadão (19/12), ao lembrar que o Barça de hoje joga como o futebol brasileiro de antigamente e que o Santos não foi vulgar nem Muricy Ramalho se revelou um energúmeno, o Barça é que foi irresistível: “A Holanda de 74, o primeiro Brasil de Telê Santana (de 1982) e a seleção tricampeã do mundo (de Pelé, em 70) inspiraram o Barça atual”, disse Antero em seu texto.



Tenho de concordar com Antero quanto à Holanda de 74 (a Laranja Mecânica, o Carrossel Holandês) e também quanto à seleção brasileira tricampeã mundial em 70. Mas não quanto àquela seleção de Telê, que não ganhou aquele mundial (82).



Há muito já se desfez o mito daquela seleção. O de que ela praticava o futebol-arte, como deveria ser sempre, e que só não ganhou o Mundial de 82 por um capricho do destino. O próprio Zico, titular daquela Seleção, já reconheceu que aquele time de Telê Santana era mal montado e armado, e bastante vulnerável, ainda que contasse com muitos craques como ele, Sócrates, Falcão e outros. E não é possível que, a essa altura do campeonato, Antero Greco desconheça isso, se é comentarista esportivo do mais importante jornal do País, o Estadão, e também de renomado canal pago, a ESPN.



Em 82, Telê contava com pelo menos três dos maiores jogadores do mundo --- Zico, Sócrates e Falcão ---, mas não soube montar um time minimamente razoável com eles. E não sou eu quem diz isso, é o próprio Zico. Apesar de jogarem bem, atacantes e meias como Sócrates, Zico, Éder e Serginho Chulapa não marcavam ninguém.



Sim, Falcão era completo (desarmava, armava e finalizava como poucos), mas os demais, à exceção de Paulo Isidoro, não compunham. Eram jogadores de grife, que apenas impunham sua marca em campo, jogando como bem entendiam, sem esquema, sistema, estratégia, nenhuma filosofia. “Solte-os em campo e deixe que joguem o que sabem”, esta era a filosofia. Além disso, eram jogadores de uma função só, jogando fixos num único espaço do campo, à exceção de Falcão, Paulo Isidoro e Toninho Cerezzo, que corriam sempre atrás da bola.



A Seleção de 82 tinha, também, ponta de ofício (Éder) e centroavante de ofício e paradão lá na frente (Serginho), os quais nada ajudavam na marcação. Como se não bastasse, os defensores também não eram exímios “roubadores” de bola, à exceção de Oscar. Os laterais subiam muito (como Júnior) e a Seleção não tinha volante de contenção (ou melhor, tinha, Batista, que só jogou para parar Maradona nos 3 a 1 em cima da Argentina). Serviu-se de Toninho Cerezzo, que era mais meia do que volante.



Contra a Itália, que nos eliminou com a mesma facilidade com que o Barça derrotou o Santos, Telê só escalou Toninho Cerezzo como volante, subestimando os italianos (que não tinham um Maradona, não era preciso parar individualmente nenhum deles). Uma seleção vulnerável assim só podia ter sido esmagada pela Itália/Paolo Rossi, autor dos três gols do 3 a 2 que despachou o Brasil.



Enfim, o Santos de hoje é que se inspirou naquele time de 82, ou melhor, é imitação barata dele, não o Barça. 



Posso aceitar que Antero Greco ainda desconheça tudo isso, mas não acreditar que Guardiola também não saiba. Não me passa pela cabeça que o técnico do time catalão tenha se inspirado num time tão frágil e vulnerável quanto aquela seleção de 82. Tal qual a do Santos pelo Barça, aquela derrota serviu de grande aprendizado a Telê, que depois, no São Paulo, armou time muito mais compacto e ganhou dois títulos mundiais interclubes. Se ainda tem alguma dúvida a respeito disto, Antero, entreviste o Zico. Ele vai repetir tudo isso a você. Abraço a todos.


Tom Capri é Jornalista. site www.virobscurus.com.br

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

OS ENGANADORES DA POLÍTICA MUDARAM O RUMO DO BRASIL

QUANDO O POVO ERA FELIZ E NÃO SABIA ? 

Grupo Guararapes
ÉLIO GASPARI E O GOVERNO MEDICI doc. nº 10-2011

Em "A ditadura derrotada", um libelo contra o regime militar, Élio Gaspari afirma o seguinte sobre o governo Medici:

A ditadura estava no seu oitavo ano, no terceiro general. Médici cavalgava popularidade, progresso e desempenho.

Uma pesquisa do IBOPE realizada em julho de 1971 atribuíra-lhe 82% de aprovação.

Em 1972 a economia cresceria 11,9%, a maior taxa de todos os tempos.

Era o quinto ano consecutivo de crescimento superior a 9%.

A renda per capita dos brasileiros aumentara 50%. Pela primeira vez na história as exportações de produtos industrializados ultrapassaram 1 bilhão de dólares.

Duplicara a produção de aço e o consumo de energia, triplicara a de veículos, quadruplicara a de navios.

A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro tivera em agosto uma rentabilidade de 9,4%.

Vivia-se um regime de pleno emprego.

No eixo Rio-São Paulo executivos ganhavam mais que seus similares americanos ou europeus.

Kombis das empresas de construção civil recrutavam mão de obra no ABC paulista com altos falantes oferecendo bons salários e conforto nos alojamentos.

Um metalúrgico parcimonioso ganhava o bastante para comprar um fusca novo.

Em apenas dois anos os brasileiros com automóvel passaram de 9% para 12% da população e as casas com televisão de 24% para 34%.

O Secretário do Tesouro americano, John Connally, dissera que "os EUA bem poderiam olhar para o exemplo brasileiro, de modo a pôr em ordem a sua economia".

Isto está lá, nas páginas 26 e 27 do livro de Elio Gaspari   "Ditadura Derrotada".

É isso aí!

Para completar, a Polícia era Polícia e o Bandido era Bandido e nós não morávamos atrás de grades...

E acrescento:

E os larápios e assaltantes do dinheiro público, falsos democratas encastelados no governo, só sabem falar daquilo,,,$$$.




Fonte: TERNUMA

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

QUE VENHA A PRIMAVERA DO BRASIL

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Liberdade para quê? Liberdade para quem? 

- Paulo Chagas
02/12/2011

Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar? Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas?

Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26!

Fala-se muito em liberdade!

Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê! Mas, afinal, o que se vê?

Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia.

Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “bullying”, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas.

Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada.

Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e seqüestros. Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros. Mas, afinal, onde é que nós vivemos?

Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói! Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem sentenças!

Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos. É aqui, na terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela polícia!

Vivemos no país da censura velada, do “micoondas”, dos toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor e com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado!

Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê?

Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?

Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?

E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?

Quanta falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a auto estima e a própria dignidade?

Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?

* Paulo Chagas é General da Reserva do Exército do Brasil.


Fonte: TERNUMA

AINDA ACREDITO NA DECÊNCIA

VAMOS VOTAR EM CARLOS LUPI. 

- Paulo Carvalho Espíndola.
Nada mais representativo do que Carlos Lupi para caracterizar as lideranças políticas do Brasil.

É justo, portanto, que Lupi se reerga da sua mediocridade para tornar-se candidato à presidência deste país, já que o roufenho Lula, ao que parece, teve os cabelos e barba roubados por um mal que ele não viu chegar e sobre o qual não ouviu nada e não sabe de nada.

Que lhe voltem os cabelos e a barba, para que o ex-presidente usufrua de toda a fortuna que lhe caiu no colo, sem que ele tenha sabido como e o porquê de tanta fortuna.

Brasil cômico. Muitas vozes se ergueram na internet para comentar que o roufenho soube de seu mal de saúde num sábado e, imediatamente, tenha sido acudido pelo maior hospital particular do país, a despeito da (in) competência do SUS (Sistema Único de Saúde) para os brasileiros bastardos que somos todos nós. A propósito, quem paga a conta desse hospital particular para os cuidados do roufenho? A dúvida sobrevive por assentar-se no modo em que Lula sustentou-se com recursos completamente alheios ao seu trabalho (?), advindos de favores e emoluendos não bem explicados. Ah! Lula é o ex-presidente e merece o melhor tratamento possível! O Zé Mané, entregue à patranha do SUS, entre o diagnóstico de doença igual ao do ungido ex e o tratamento efetivo, morre pela prescrição da sua vida, vítima do sistema que o ex deveria ter tornado ágil e eficiente, o SUS, que não lhe convém agora.

O Zé Mané que sobrevive, entretanto, assiste ao Circo Brasil. Vê coisas inacreditáveis. Vê um desfilar de podridão, que lhe arrepia. Vê as mais cínicas explicações para os maus feitos. Deixe o Zé Mané de pagar as suas contas. Aí, sim, a justiça e os credores sujar-lhe-ão o nome e o condenarão à execração.

Lupi é a exceção. Sujo, incriminado por inúmeras acusações é o herói do governo da República Federativa do Brasil. Herói sustentado por todos nós, mas herói, principalmente, da “presidenta”, cuja primeira medida ao tomar posse foi violentar o idioma ao “feminilizar” o nome do cargo. Ela, assim, passa a ser “assistenta” de toda a iniquidade que acontece, antes de ser a presidente do Brasil, cargo para o qual foi eleita.

Lupi continua na exceção. Maldito pelos que creem na Justiça e eximido de qualquer culpa pelo nosso voto.

Voltemos ao voto. Sejamos coerentes.

Se votamos nessa escumalha, por que não continuarmos a votar na escumalha?

O Lupi, neste raciocínio, é o melhor candidato à presidência do Brasil.

Não duvido de nada. Lupi, afinal, é o símbolo da excrescência do político brasileiro. Nada melhor que ele para nos representar, povinho que somos.


Fonte: TERNUMA