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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

FERRADO ESTÁ O POVO !

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Uma metáfora futebolística para Lewandowski


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Magistrados interpretam que o presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (seja ele quem for) não tem o direito de fazer críticas, de forma abstrata, ao comportamento de juízes, sem citar nomes ou descer a detalhes específicos - como fez o ministro Ricardo Lewandowski, em artigo à Folha de São Paulo: "Judicatura e Poder de Recato" - que ficou parecendo mais uma ilegítima "Judicadura e Poder do Recado".

Na qualidade de guardião mor da Lei Maior não é preciso dizer que o Presidente da  Suprema Corte não pode passar pito em público. Também não pode mandar recado para imprensa, nem em nome do necessário recato. Muito menos pode lançar veladas ameaças ou criticas veladas à magistratura nacional, cuja figura de Sergio Moro tem sido um bálsamo para a cidadania e o reerguimento da sociedade civil, mostrando que o judiciário pode funcionar melhor.

Caso se apele para a metáfora futebolística (tão empregada pelo corintiano e vascaíno amigo de Lewandowski, o ex-Presidente Lula da Silva), é correto avaliar que o Presidente do STF e do CNJ cometeu um gol contra - e de "letras". Na mesma linha de raciocínio, dá até para comparar dois Lewandowskis: o ministro que não pode ser artilheiro, mas defensor da Democracia (a Segurança do Direito) - ou um craque de nível de seleção Alemã (aquela que nos aplicou o 7 a 1 na Copa de 2014, no Mineirão). O Lewandowski bom de bola joga no escrete polonês e no Bayern de Munique...

Um é jogador de futebol. Outro Ministro do STF. O primeiro ataca. É artilheiro. O segundo defende. E precisa tomar cuidado com as jogadas de defesa. Ambos têm sobrenome de origem Polonesa: tanto o da bola na Alemanha quanto o da toga no Judiciário de Bruzundanga. O atleta profissional tem o dever de encher as redes do adversário. Mas um ministro do STF não pode marcar gol contra.

A democracia da bola encanta ao público. A democracia da toga faz grande uma Nação. Dois sobrenomes idênticos, porém distantes... Um na civilizada Alemanha, onde o judiciário funciona de forma rápida, prussiana, com a lei valendo para todos. Outro no País da esperança, mas que opera na base da injustiça e da impunidade ampla, geral e irrestrita, com jogadas criminosas de rigor seletivo (punindo uns inimigos do Estado, e salvando a pele dos que são parceiros do crime organizado e institucionalizado.

Nosso sonho é que o Ministro do STF se consagre como um craque da Justiça. Metaforicamente, a torcida democrática deseja que ele jogue no estilo do time do judiciário da Alemanha para que o Brasil não seja novamente goleado em outros campos - que não o da bola.

O Brasil caminha, inexoravelmente, para uma profunda mudança. A Intervenção Constitucional, pelo poder instituinte originário, com a legitimidade da vontade do povo brasileiro, promoverá as grandes transformações necessárias para que uma Nação deixe de ser presa fácil do governo do crime organizado. Com Segurança do Direito, base para a Ordem Pública, o País terá condições de implantar um sistema transparente e efetivamente representativo nos três poderes.

Quando o cidadão for o verdadeiro craque da Seleção Brasileira (não o time profissional da CBF, mas a equipe que joga patrioticamente unida), vamos começar a trilhar o caminho da civilização. Por enquanto, temos de aturar e lutar muito para romper com a barbárie institucionalizada, marcada pela difusão dos péssimos (des)exemplos que atentam contra o verdadeiro regime democrático.

Tolerância equilibrada com a dura realidade - e não conivência por oportunismo pessoal - é a chave para a transformação verdadeira do Brasil. Como diria o amigo e articulista Carlos Maurício Mantiqueira, que também estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, mas não tem descendência polaca e não joga futebol, o Brasil precisa de excelência e não de pixulência...

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