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segunda-feira, 1 de junho de 2015

ACORDA BRASIL...PASSAR A LIMPO É AGORA !

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Enquanto Fifagate explode e Petrolão acalma, pressão social cobra CPIs do BNDES, Eletrobras e fundos


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O estouro do Fifagate foi providencial para desviar a atenção dos brasileiros - especialmente da malandra politicagem - sobre outros escândalos muito mais graves. Foi altíssima a velocidade com que se obtiveram assinaturas para uma CPI da CPI. Contrasta, totalmente, com a lentidão e vontade política para pedir a abertura daquela comissão que poderia ser a mãe de todas elas: a CPI do BNDES em conjunto com uma CPI dos Fundos de Pensão. Os dois sistemas financiam a corrupção estatal no Brasil. Todos os escândalos se interligam.

Qualquer bebê de colo sabe que o BNDES não resiste a uma investigação parlamentar. A Eletrobras também não aguenta o tranco. Nem a crédula velhinha de Taubaté acredita que roubos bilionários ocorreram apenas na Petrobras. Coincidentemente, as falcatruas sistêmicas foram cometidas por personagens envolvidos no Mensalão - aquele escândalo no qual só Marcos Valério Fernandes de Souza parece ser o maior punido com a longa temporada na cadeia. Fifagate e Petrolão produzirão punições de fora para dentro do Brasil, já que os EUA não aguentam mais fazer negócios em meio a tanta corrupção, principalmente com maus brasileiros atrapalhando...

Agora, nos bastidores políticos, surge uma versão de que Marcos Valério estaria arrependido de não ter aderido a uma "delação premiada". Isto não passa de jogo de cena no teatrinho de fantoches do João Minhoca. Valério não falou porque foi altamente pressionado a ficar calado. Ou, então, porque, secretamente, teve sua família protegida e beneficiada em troca do silêncio obsequioso. No último depoimento que deu ao Ministério Público Federal, logo após condenação na espetaculosa Ação Penal 470, Valério chegou a citar Lula como conhecedor profundo do esquema mensaleiro. As investigações se arrastam para chegar a lugar algum, terminando no Dia de São Nunca...

A opinião pública está de saco cheio de tanta safadeza. Os políticos conseguem a "prisão domiciliar" - um deboche com o cidadão honesto, prisioneiro de um Estado Capimunista que rouba a sociedade através de impostos, juros altos e muita burocracia cartorial. Mais cedo ou mais tarde, uma reação vai acontecer. Pode ser pacífica ou até violenta. Vai depender da quantidade de pólvora (insatisfação). Só falta acender o pavio.

Carestia, inflação, desemprego e desesperança levam as pessoas ao desespero em larga escala coletiva. São as crises econômicas que provocam ou ajudam a iniciar grandes transformações sociais. O resultado trágico do fenômeno a História está aí para mostrar pelo mundo afora, ao longo dos séculos...

Não há razões para temor nem pessimismo. A construção da efetiva democracia no Brasil passa por um momento único. A revolução dos smartphones interliga as pessoas e as torna mais acessíveis a informações sem o filtro tradicional de censura da mídia. As pessoas "logadas" e ligadas entre si produzem, trocam e debatem ideias. Daí surgem novidades. As pessoas ficam mais alertas e mais reativas a problemas e injustiças flagrantes. On line, cobram soluções, entre elas ou das autoridades incompetentes - cada vez mais pressionadas.

Enquanto as pessoas interligadas se comunicam e trambicam a vida fácil dos maus políticos, eles iniciam uma guerra autofágica entre eles. O conflito começa a assumir proporções de destruição nunca vistas antes. Até outro dia, percebia-se alguma unidade operacional entre eles, sobretudo na hora de dividir o robusto bolo da corrupção. Agora, que tudo de errado vem à tona, eles começam a se desentender como nunca. O desgoverno Dilma é um reflexo deste processo em que aliado desconhece companheiro, e um passa por cima do outro, em nome de uma sobrevivência cínico-pragmática na selva da politicagem.

O conflito entre as lideranças da politicagem no Brasil vai se acirrar. É um processo irreversível que, certamente, contribuirá para a construção de uma Democracia no Brasil. Por aqui, por falta de tais conflitos, sempre houve composição e conchavo fechado. O mundo em rede social muda tal configuração do modelo de fazer política. Os confrontos e conflitos se tornam abertos ao público que pressiona os políticos ao limite extremo. Tudo fica exposto, e a transparência, uma necessidade básica da gestão da coisa pública, se transforma em exigência. Isto acontece tanto no setor público quanto na vida privada...

O Brasil está mudando. Os políticos são pressionados a mudar. As pessoas começam a perceber a necessidade e a importância fundamental de fazer política por elas mesmas. A crise de representatividade fica evidente. Os políticos não querem mudar nada, de verdade. Seus eleitores querem. Os jovens, muitos sem foco correto ou com clareza das soluções necessárias, mobilizam as redes sociais e partem para a rua. Certamente, vão surgir, neste processo, lideranças políticas, desacopladas dos partidos contaminados pela corrupção sistêmica que arrasou com as instituições nos três poderes, executivo, legislativo e judiciário.

Os políticos tradicionais não querem, mas temos de pressionar pelo sistema de votação distrital/distrital misto, até mesmo com eleição modernosa em urnas eletrônicas, desde que haja a impressão do voto para uma recontagem, o que seria uma automática auditoria do sistema virtual de totalização (uma grande caixa preta, em cuja lisura somos absurdamente obrigados a acreditar dogmaticamente). A nova representatividade será a base para que seja reformulado e implantado, de fato, o modelo federativo no Brasil. Temos de sair do Império do Crime Organizado para uma República Transparente e honesta, com regras claras para punir quem cometer crimes. Chega de impunidade!

Por isso, o momento exige muita responsabilidade das pessoas com capacidade de pensar, propor e executar soluções práticas e objetivas, sem contaminações ideológicas, geralmente utópicas, fantasiosas ou estelionatárias. Tais cidadãos precisam cumprir sua missão histórica de "Elite Moral" que indica para onde deve caminhar, estrategicamente, um bairro, uma cidade, uma região, um estado e, principalmente, a Nação. Temos de (re)proclamar a República no Brasil.

A hora agora é de pressionar e propor soluções para problemas claramente conhecidos. Para isso, a elite moral precisa demonstrar capacidade de enfrentar a oligarquia que nunca quis mudança e sempre mamou na teta do Estado Capimunista Rentista. A elite moral tem o dever histórico de seguir o lema operacional: "Unir sempre, separar nunca".

A revolução tecnológica criou ferramentas para unir as pessoas. Basta que elas usem os instrumentos corretamente para, primeiro, melhorarem a si mesmas, e, ao mesmo tempo ou em seguida, cuidarem da melhora pública. O indivíduo, unido a outros, é quem tem poder efetivo de aprimorar o coletivo. E não a ação coletivista de um Estado Capimunista que impõe excessivo regramento, raramente cumprido, aos indivíduos.

Enfim, o Brasil só terá jeito se cada indivíduo compreender que tem um dever a cumprir para si mesmo e com a Pátria. Isto não é fácil de acontecer. Mas o processo começa a ganhar corpo real. Quem não perceber que a dinâmica histórica está mudando é melhor se mudar, com urgência, para alguma redoma de cristal em um lugar bem seguro no planeta Terra. Tal lugar deve ser a tal "Terra do Nunca".

A daqui, que já foi chamada de "Santa Cruz" quando foi achada 500 anos atrás vai passar por transformações nunca antes vistas... Quem sobreviver verá... 

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