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segunda-feira, 27 de julho de 2015

VAI FALTAR PANELA...

Marqueteiro do PT prepara programa de época. Vai voltar aos anos 90 para dizer que no meio a recessão,corrupção , inflação, o PT é melhor que o PSDB. Será saudado com o maior panelaço do mundo.


(Estadão)A presidente Dilma Rousseff gravou neste sábado, 25, cenas para o programa de TV do PT, que irá ao ar em 6 de agosto, dez dias antes das manifestações de rua previstas contra o governo. Dirigida pelo marqueteiro João Santana, a propaganda tentará mostrar que, apesar da crise, o Brasil de hoje é um país melhor do que há 13 anos, quando era governado pelo PSDB.

O contraponto com o PSDB, no entanto, será feito de forma sutil. Ao contrário do que ocorreu na campanha eleitoral, os petistas não pretendem mais investir na estratégia do "nós contra eles", mesmo porque, atualmente, ensaiam uma aproximação com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na tentativa de barrar articulações pelo impeachment de Dilma.

Dirigentes do PT dizem que o programa não vai ignorar a crise política e econômica, mas mostrará que no passado tudo era pior. Em sua mensagem, Dilma afirmará que o País está pronto para voltar a crescer e superar as dificuldades. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gravou seu depoimento na segunda-feira, também vai defender o partido e o governo. A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desvendou um esquema de corrupção na Petrobrás, não terá destaque no programa, que será apresentado pelo ator José de Abreu.

O desenvolvimento social da era Dilma e Lula é um dos motes do roteiro de João Santana, que tentará apresentar uma mensagem de esperança. "Não tenho medo de ser otimista", disse Lula, nesta sexta-feira, ao participar da cerimônia de posse da diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC, dando o tom do que será sua mensagem em rede nacional de rádio e TV.

O programa do PT terá dez minutos de duração e exibirá, ainda, cenas de Dilma em viagem pelo País, nos próximos dias. Antes reclusa no Palácio do Planalto, a presidente seguirá agora o conselho de Lula para "conversar com a população". O ex-presidente pediu para Dilma sair do gabinete e pôr o pé na estrada, começando pelo Nordeste, onde há uma debandada de antigos eleitores do PT, que não atribuem a melhoria das condições de vida ao governo.

O Planalto e a cúpula do PT sabem que poderão enfrentar novos panelaços durante a exibição da propaganda petista. A avaliação, porém, é que Dilma não pode mais parecer acuada e precisa sair da defensiva.

ESTÃO NA HISTÓRIA ....

DOMINGO, 26 DE JULHO DE 2015

Sonhavam com um habeas corpus. Acordaram na penitenciária.


Os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, aguardavam um habeas corpus. Deu tudo errado! O juiz Sérgio Moro, com novas provas documentais chegadas da Suiça, decretou um novo pedido de prisão, anulando o primeiro. Com isso, os dois chefões e outros seis executivos dessas empreiteiras foram transferidos da carceragem da Polícia Federal para o Complexo Médico Penal do Paraná, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba na manhã deste sábado. 

Odebrecht e Azevedo, presos na carceragem desde o dia 19 de junho, carregaram as próprias malas. O presidente da Andrade Gutierrez chegou a tropeçar no caminho até a van que transportou os presos para o presídio. Dois curiosos acompanharam o momento da transferência e provocaram os executivos. Nenhum esboçou reação. 

A transferência foi pedida pelo delegado da PF Igor Romário de Paula e autorizada pelo juiz Sergio Moro na sexta-feira. Os presos da Lava-Jato deverão ficar separados dos presos comuns que cumprem pena no Complexo Médico Penal, administrado pela Segurança Pública do Paraná, por “motivos de segurança”, de acordo com o juiz Moro. No despacho, o juiz escreveu que, apesar das “relativas boas condições” da carceragem da PF, a unidade “não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos.”

Além de Marcelo e Otávio, deixaram a carceragem da PF: Elton Negrão, Alexandrino Alencar, César Ramos, João Antônio Bernardi Filho Filho, Márcio Faria e Rogério Araújo. Eles foram indiciados pela PF pelos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, crime contra a ordem econômica e organização criminosa.

Receber presente de mais de R$ 100 é crime de improbidade administrativa. Foster e Gabrielli receberam obras de arte de milhares de dólares da Odebrecht.



A força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que a Odebrecht, supostamente envolvida com o esquema de corrupção e propinas que se instalou na Petrobrás entre 2004 e 2014, presenteou com quadros e pinturas ‘de alto valor’ ex-dirigentes da estatal petrolífera, entre eles os ex-presidentes José Sérgio Gabrielli (2005/2012) e Graça Foster (2012/2015).


Na denúncia que apresentou à Justiça Federal sexta-feira, 24, contra o presidente da maior empreiteira do País, Marcelo Bahia Odebrecht e executivos do grupo – formalmente acusados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa -, o Ministério Público Federal destaca, às páginas 41 e 42, a apreensão de documento na sede da construtora, intitulado “Relação de Brindes Especiais-2010″.

O documento traz “listagem de diversos funcionários da Petrobrás, o cargo por eles ocupado e a diretoria a que são vinculados e o respectivo ‘brinde’ recebido”. Os procuradores que subscrevem a denúncia, em 205 páginas, atribuem à Odebrecht pagamento de R$ 389 milhões em propinas para ex-diretores da Petrobrás que ocuparam cargos estratégicos na estatal, como Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços).

Os procuradores afirmam que Rogério Araújo, alto executivo da empreiteira – afastado do cargo depois que foi preso, em 19 de junho, junto com o líder da companhia – exercia o papel de ‘remetente da totalidade dos presentes’. “Pelas anotações, pode-se concluir que os ‘brindes’ são, de fato, pinturas de diversos artistas renomados, como Alfredo Volpi, Gildo Meirelles,Romanelli e, até mesmo, Oscar Niemeyer”, destacam os procuradores. 

“A listagem é formada tão somente por funcionários do alto escalão da Petrobrás. como seu presidente à época, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, os diretores Maria das Graças Foster (na época diretora de Óleo e Gás), Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços), Jorge Luiz Zelada (Internacional) e Nestor Cerveró (Internacional), além do então gerente executivo de Engenharia Pedro Barusco”, assinala a Procuradoria da República.

A força-tarefa da Lava Jato destaca que anotações manuais, também apreendidas, “trazem o alto valor dos quadros encomendados, demonstrando que não se tratavam de meros ’brindes’”.Reforça a suspeita do vínculo de Rogério Araújo com ex-dirigentes da estatal petrolífera o “elevado número de vezes” em que ele se encontrou com Renato Duque na sede da Petrobrás, no Rio – 256 visitas, entre 2004 e 2012. Nesse período, ele também visitou 167 vezes o então diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e 39 vezes o então gerente de Engenharia, Pedro Barusco.

“As provas obtidas demonstram claramente a boa relação mantida por Rogério Araújo com funcionários da Petrobrás”, afirmam os procuradores. “Nesse sentido, ressaltam-se e-mails trocados entre o empresário e Pedro Barusco, os quais demonstram serem recorrentes os encontros entre eles, notadamente em ambiente externo à Petrobrás, como em jantares, cafés da manhã e viagens.”

Os procuradores observam que Rogério Araújo possuía uma relação ‘muito próxima a outro membro da organização criminosa, a saber, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró’.A investigação revela que em 13 de outubro de 2011, o executivo da Odebrecht enviou a Cerveró um e-mail no qual solicita apoio para a contratação de sua sobrinha Júlia, pela BR Distribuidora, subsidiária integral da Petrobrás. Cerveró ‘mostrou-se bastante solícito’. Em outra oportunidade, ainda, Rogério Araújo enviou nova mensagem ao então diretor da Área Internacional, ‘a respeito da aquisição de um camarote no Estádio Maracanã’.

O ex-presidente da Petrobrás José Gabrielli não respondeu. Em outra ocasião, ele negou envolvimento com irregularidades na Petrobrás. Procurada no sábado e no domingo por telefone,  a ex-presidente da estatal Graça Foster não retornou os contatos.

Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

É ESPERAR PARA ACREDITAR !

25/07/2015
 às 16:13 \ BrasilCultura

Descoberta de conta de Lula no exterior confirma relato de Marcos Valério. Quando o Brahma será preso?

Procurador-já-analisa-denúncia-de-Marcos-Valério-contra-LulaA Polícia Federal descobriu uma conta associada a Lula no exterior.
Segundo a Época, ela é identificada pelo número 01-00685-000, no banco francês Crédit Lyonnais, atual Crédit Agricole.
Essa conta foi especificamente citada em setembro de 2012 por Marcos Valério, quando ele falou ao Ministério Público Federal sobre contas no exterior destinadas a saldar dívidas da campanha eleitoral de Lula naquele ano.
Segundo o publicitário mineiro condenado a 37 anos de cadeia pelo mensalão, a conta do Crédit “movimentou 7 milhões de reais e envolvia o próprio Lula, Antonio Palocci e Miguel Horta e Costa, da Portugal Telecom”.
A partir da denúncia, a PF instaurou o inquérito sigiloso 0431/2013 e, em investigação conjunta com autoridades internacionais, descobriu que a conta efetivamente existe.
Naquele depoimento, Marcos Valério também disse que o PT desviou 6 milhões de reais da Petrobras para calar a boca de um empresário que ameaçava contar a participação de Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.
A CPI da Petrobras, segundo a VEJA, quer convocar Marcos Valério para depor (e, quem sabe, esclarecer o quanto apanhou na prisão). Eu já separei a pipoca.
Quando o Brahma será preso?
Felipe Moura Brasil 

A LEI DO SILÊNCIO ....

5/07/2015
 às 17:20 \ BrasilCultura

Léo Pinheiro é ameaçado; advogada de delatores sai “fugida” do país: fantasma de Celso Daniel assusta!

O fantasma de Celso Daniel ronda a Lava 
Jato.
Trechos de duas reportagens de VEJA desta semana contêm relatos de ameaças a duas figuras fundamentais das investigações: o presidente da OAS, Léo Pinheiro, e a advogada que negociou a delação premiada de nove dos dezoito réus confessos da operação, Beatriz Catta Preta.
alx_jose-aldemario-pinheiro-net-leo-oas-89-jpg_original1) Em abril, VEJA revelou que Léo Pinheiro, quando estava preso, anotava em pedaço de papel histórias que poderiam ser contadas sobre suas relações com Lula e o poder.
Dias depois, revela a revista agora, “Pinheiro foi procurado por um carcereiro em sua cela no Complexo Médico-Penal do Paraná. Enquanto recebia a bandeja com a comida, Léo Pinheiro entendeu que o agente disse que seria melhor ele passar a dormir de olhos abertos. Conselho ou ameaça, o que se sabe é que a frase do carcereiro assustou bastante o preso.
Libertado da prisão preventiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Léo Pinheiro contou esse episódio a familiares durante uma discussão sobre a conveniência de fechar o acordo de delação premiada. A família o estimulou a fazê-lo. Os fatos também. Defendido por três renomadas bancas de advogados em Brasília, São Paulo e Curitiba, Pinheiro viu naufragar todas as estratégias jurídicas empregadas por seus defensores”.
Beatriz2) Há duas semanas, Beatriz Catta Preta “dispensou recepcionistas e secretária e parou de atender o celular. Na segunda-feira 20, enviou um e-mail a todos os seus clientes anunciando que não mais faria a defesa deles. Ato contínuo, deixou o Brasil”.
“Algo de muito grave fez com que Catta Preta decidisse sair de cena – e há indícios de que ela estava apavorada quando o fez. Em maio, por razões desconhecidas, deixou de mandar o filho à escola e pediu à direção o trancamento da matrícula. Em junho, foi a vez de tirar também a menina mais nova da escolinha que frequentava. Um advogado próximo de Catta Preta afirmou a VEJA que ouviu de um amigo em comum aos dois que ela vinha recebendo ameaças e que, por isso, teria saído ‘fugida’ do país.”
A chapa está quente na República petista. Coincidentemente, quanto mais perto se chega de Lula, mais o fantasma de Celso Daniel grita “Buuuuuuu!”.
Felipe Moura Brasil ⎯

sexta-feira, 24 de julho de 2015

NÃO SOBRARÁ UM GOVERNANTE LIMPO

Saiba porque Marcelo Odebrecht não vai 
fazer delação premiada
Por Claudio Tognolli | Claudio Tognolli – 17 minutos atrás

Quero reproduzir o que ouvi de um dos maiores advogados deste país: “Marcelo Odebrecht não vai fazer delação premiada, na instrução da Operação Lava Jato, porque vai confiar na capacidade da empreiteira de alimentar os tentáculos de que dispõe no Executivo, Legislativo e Judiciário. Ele não vai delatar ninguém para preservar a confiança na empreiteira de que é dono. Quem vai continuar fazendo delações são os executivos do chamado “médio clero”. Na Odebrecht, todos confiam no que aconteceu na Operação Castelo de Areia: por isso Marcelo não vai delatar”.
Na maior crise de sua história, a Camargo Corrêa, um grupo de R$ 16 bilhões, foi acusada, na Operação Castelo de Areia, de pagar propinas de R$ 30 milhões. Óbvio que a Castelo de Areia virou um pleonasmo: desde que entrou no caso, para defender a empreiteira, o finado e refinado ex-ministro da Justiça de Lul,a Márcio Thomaz Bastos, contratado para blindar a Camargo Corrêa.
Vou relatar passo a passo a Castelo de Areia para você entender no que se fia Marcelo Odebrecht para suster o seu silêncio.
Vejam a mídia noticiando o início da Castelo de Areia, de 25 de março de 2009:
A Polícia Federal realizou na manhã desta quarta-feira (25) uma operação de combate a crimes financeiros, entre eles evasão de divisas, lavagem de dinheiro e fraude em licitações em São Paulo e no Rio de Janeiro. A operação recebeu o nome de Castelo de Areia.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e dez de prisão nos dois estados – entre eles, contra quatro diretores e duas secretárias de alto escalão da construtora Camargo Corrêa. Nesta manhã, a PF estava no prédio da construtora, na Zona Sul da capital paulista”.
Vejam um trecho que retirei da mídia, de dezembro de 2009:
Cena 1. Terça-feira, 15 de dezembro. Depois de se reunir com analistas de mercado no Hotel Renaissance, em São Paulo, o executivo Francisco Sciarotta, superintendente da CCDI, braço da Camargo Corrêa na área imobiliária, sai às pressas para não ser abordado por repórteres. Ao ser questionado sobre a Operação Castelo de Areia, que em março deste ano prendeu quatro executivos da Camargo Corrêa, ele responde de forma lacônica: “Desculpe, tenho ordens expressas para não falar sobre isso.” Cena 2. Quarta-feira, 16 de dezembro. Contratado por R$ 15 milhões para defender a empresa, o advogado Marcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça do governo Lula, avisa, via assessor: “Entrevistas sobre esse caso, só por e-mail.” Horas depois, ele retorna, de forma protocolar, dizendo que tudo sobre o caso “já foi respondido”. Vistas em conjunto, as duas cenas revelam que a Camargo, na maior crise de sua história, decidiu erguer um dique”
Bem: o Castelo de Areia começou a desmoronar…
Voltemos à crônica. Em janeiro de 2010, o então presidente do STJ, ministro Cezar Asfor Rocha, (nomeado por Collor) determinou a suspensão dos processos criminais e investigações, até que fosse resolvida a questão sobre a origem das provas.
A cinco de abril de 2011, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou ilegais as provas produzidas a partir de interceptações telefônicas na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro de 2009. Cabia recurso à decisão. A investigação apurou o envolvimento da construtora Camargo Corrêa em desvios de dinheiro de obras públicas. O dinheiro teria sido usado para abastecer contas ilegais no exterior e fazer doações a partidos políticos.
Por 3 votos a 1, os ministros concederam pedido da defesa da construtora para que fossem consideradas inválidos os gampos. Os advogados da Camargo e Corrêa alegaram que a as escutas são irregulares por terem começado a partir de denúncia anônima.
“Investigações são nulas desde o início por terem sido iniciadas por denúncia anônima. Falta efetiva fundamentação na decisão que determinou o acesso ao sigilo telefônico pelos policiais”, afirmou a defesa da construtora no processo.
Bem: no ultimo dia 19 de fevereiro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou recurso da Procuradoria Geral da República que tenta validar as provas da Operação Castelo de Areia, deflagrada em 2009 e que apurou o envolvimento de doleiros e da construtora Camargo Corrêa em desvio de dinheiro de obras públicas. A Procuradoria ainda poderá recorrer para tentar decisão colegiada nas turmas ou no plenário.
Entenderam o porquê de Marcelo Odebrecht não querer fazer delação premiada ? Como me disseram alguns advogados, corremos o risco, mais uma vez e como na Castelo de Areia, de o STJ ou STF “matarem no peito” o caso da Odebrecht na Lava Jato.
Difícil digerir isso, não? Como ninguém é de ferro ou aço, vamos então curtir Jimi Hendrix cantando o seu Castelo de Areia:

sábado, 18 de julho de 2015

O FIM ESTÁ PRÓXIMO ?

18/07/2015
 às 6:23

É claro que Dilma se fortalece por enquanto. Ou: Camargo foi ameaçado, como acusou Cunha. Ou ainda: Torça pelos fatos. Mais uma: E Dilma, Janot?De: Ucho Haddad – Para: Dilma Rousseff – Assunto: “Começão ...

Há muitas formas de torcer voluntária ou involuntariamente pelo fortalecimento, ainda que dentro do possível, de Dilma Rousseff. Uma delas é aplaudir a eventual derrocada de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, e o notável trabalho de proteção à presidente executado até agora por este incrível Rodrigo Janot, procurador-geral da República. Ah, sim: seria dispensável dizer para bons entendedores, mas também os há maus, a serviço sabe-se lá do quê: se Cunha cometeu crime, tem de pagar. Mas onde estão os responsáveis ligados ao Poder Executivo no petrolão? Faço essa pergunta há mais de um ano. Janot não me dá uma resposta. Sergio Moro também não.
Folha traz neste sábado um texto muito esclarecedor de Graciliano Rocha e Bela Megale. Explica por que o delator Julio Camargo mudou de ideia. No âmbito da delação premiada, havia negado o pagamento de propina a Eduardo Cunha. Depois, disse o contrário. No depoimento prestado ao juiz Sergio Moro, ele afirmou que negara porque tinha medo do poder do deputado. A reportagem esclarece:
“Sua [de Camargo] guinada começou a ser produzida na última semana de junho, quando foi chamado pelos procuradores da Lava Jato para uma reunião em Curitiba. Os investigadores mostraram a Camargo que tinham evidências de que ele vinha escondendo informações comprometedoras sobre políticos, e lembraram ao lobista que isso poderia levar ao rompimento do acordo de delação, que garante redução de pena e outros benefícios.”
Ah, bom! Na nota divulgada ontem, em que nega ter recebido propina, Cunha havia acusado o seguinte: “Após ameaças publicadas em órgãos da imprensa, atribuídas ao Procurador-Geral da República, de anular a sua delação caso não mudasse a versão sobre mim, meus advogados protocolaram petição no STF alertando sobre isso”.
Nem vou entrar no mérito se Camargo mentiu antes ou agora, o que fica evidente é que o conteúdo da nota de Cunha e o da reportagem coincidem, com uma ligeira diferença: o presidente da Câmara atribui a ação a Janot. Então ameaça houve, certo?
Resta, ademais, uma questão de natureza técnica, a ser decidida nestas e em delações premiadas em casos futuros: valerá sempre a última versão contada pelo delator, ainda que ela desminta a anterior? Outra questão para os tribunais: se não houver a prova material do pagamento de propina Cunha — há? —, a qual versão se deve dar o status de verdade? Os que querem Cunha fora do caminho certamente escolherão a segunda; os que preferem Dilma fora do caminho optarão pela primeira. Com qual devem ficar os que preferem os fatos? Respondo: com as provas.
Impeachment
Há certa excitação no ar, indevida a meu ver — mas nada como o tempo, não é? —, com o fato de que o deputado mandou fazer uma espécie de revisão dos pedidos de impeachment que foram protocolados na Câmara. Tenho dificuldade para pensar fora de parâmetros lógicos. Se essa era uma hipótese distante antes, mais distante está agora. Não há mágica nessas coisas. Já escrevi aqui e reitero: num cenário em que a Operação Lava Jato encosta na parede os presidentes da Câmara e do Senado, quem sai fortalecida, ainda que abaixo da linha da mediocridade, é Dilma. Para aceitar uma denúncia, são necessários 342 deputados. Não há milagres nessas coisas.
Armação ilimitada
Alguns tontos inferem que defendo que Cunha devesse ser intocável só porque perturba o PT. É uma boçalidade. Não é isso, não. Mas não reconheço como coisa regular que, no âmbito da delação, Julio Camargo negue o pagamento de propina ao deputado e, depois de pressionado pelos procuradores, admita o pagamento, mas aí num depoimento que está fora da delação — tanto é que esta terá, agora, de ser corrigida. Isso pode ser tudo, meus caros, menos… regular! É claro que tem cheiro de cama de gato e jeito de cama de gato. E é cama de gato. Nota à margem: Camargo mudou de advogado e agora está com o mesmo que defende Alberto Youssef, que o lobista antes contestava com veemência.
Presidência da Câmara
Fragilizado, Cunha passou agora a ser alvo de certa campanha terrorista. Nesta sexta, vazavam da Procuradoria-Geral da República boatos de que Janot — aquele que não toca em Dilma — pretende entrar com uma ação cautelar para afastá-lo da presidência da Câmara. Usaria para tanto testemunhos de pessoas que se dizem ameaçadas pelo deputado.
Caso Janot opte mesmo por isso — duvido um pouco porque me parece que escancararia a natureza do jogo: tirar Cunha do caminho —, o pedido tem de ser apresentado ao Supremo. O ministro Teori Zavascki, relator, poderia decidir sozinho, mas o mais provável é que recorresse ao pleno do tribunal. Se a tanto se atrever Janot, acho que o STF recusaria uma interferência desse teor com o que se tem até agora.
Então ficamos assim: que Julio Camargo foi ameaçado, como afirmou Cunha, foi. Se a ameaça se deu mediante supostas provas que os procuradores teriam de que pagou propina ao deputado, então elas certamente virão à luz. Mas e se não vierem?
Ah, sim, não posso encerrar este post sem perguntar: e Dilma, Janot? 
Por Reinaldo Azevedo

Fonte:http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo

DOAÇÕES SUSPEITAS !!!

18/07/15 - Comprovado: Campanha de Dilma fazia lavagem das propinas
Eu pensei que você sabia fazer "malfeitos",
bem feitos!...
Claudio Dantas Sequeira - Isto ÉNa semana passada, IstoÉ revelou que por determinação do ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do
Eu não sabia que os "malfeitos" eram
tão mal feitos!...
Tribunal Superior Eleitoral, a Polícia Federal deverá fazer uma apuração sobre alguns gastos realizados pela campanha de Dilma Rousseff em 2014. Há a suspeita de diversos pagamentos feitos a empresas que seriam apenas de fechada. Ou seja, haveria no esquema oficial de doação de recursos para a campanha uma espécie de lavanderia de dinheiro proveniente de propinas do petrolão.

A reportagem também mostrou que as propinas da UTC entregues à campanha de forma oficial, como delatado pelo empresário Ricardo Pessoa, abasteceram boa parte dessas empresas de fachada. Agora, um novo levantamento feito pela revista indica que essas mesmas empresas podem ter sido aquinhoadas com propinas depositadas na campanha de Dilma pela Camargo Corrêa e pela Engevix, cujos executivos já admitiram a participação no petrolão em acordos de delação premiada.

CAIXA 1 NA LAVAGEM
Todas as empresas arroladas pelo ministro Gilmar Mendes serviram de destino para parte do dinheiro proveniente do petrolão. A análise nos documentos de receitas e despesas apresentados pelo PT evidencia, ainda, fortes indícios da emissão de notas fiscais subfaturadas para evitar a violação do limite de gastos da campanha. São elementos que reforçam a tese da Operação Lava-Jato de que o PT usou o caixa 1 para lavagem de dinheiro.
Gerson Almada, ex-vice-presidente da Engevix, confirmou ao juiz Sérgio Moro que pagou propina ao PT por meio de doações de campanha, solicitadas pelo ex-tesoureiro da legenda João Vaccari Neto e pelo lobista Milton Pascowitch, operador do ex-ministro José Dirceu – todos são réus na Justiça Federal de Curitiba. Pressionada pelos protagonistas do escândalo, a Engevix doou R$ 1,5 milhão para a campanha de Dilma em 2014. O recibo do depósito data de 2 de outubro e foi assinado pelo então tesoureiro da campanha, Edinho Silva, hoje ministro de Comunicação Social.
No mesmo dia 2, a campanha repassou R$ 156 mil para a UMTI, empresa de suporte de informática investigada pelo TSE por suspeita de não ter prestado qualquer serviço à campanha. Outros R$ 64,7 mil foram depositados na conta da Dialógica Comunicação, empresa de Keffin Gracher, recém-nomeado assessor especial pelo ministro de Comunicação Social.
EMPRESAS DE FACHADA
Há ainda vários pagamentos a empresas sem atividade aparente, segundo as suspeitas do TSE. Chama atenção o pagamento de R$ 1,66 milhão à Ageis Gráfica e Editora, que funciona no mesmo endereço de uma empresa de comércio de equipamentos, no município catarinense de São José. Mais R$ 280 mil foram para a Promo Gráfica, sediada num imóvel comercial de muros altos no bairro do Lixeira, em Cuiabá (MT). Os telefones de ambas empresas estão desativados. A Dialógica foi fechada há alguns meses. A UMTI diz que prestou os serviços
Dias antes da doação da Engevix, a campanha de Dilma recebeu um aporte de R$ 2 milhões da Camargo Corrêa. Vice-presidente da empreiteira, Eduardo Leite, confirmou para o Ministério Público o uso do caixa oficial da campanha para o pagamento de propina e alegou que a doação foi feita para garantir seus contratos com a Petrobras. À Justiça Federal, Leite relatou que Vaccari lhe sugeriu que quitasse “compromissos atrasados”, por meio de doações eleitorais.
PAGAMENTOS VOLUMOSOS
Na campanha da reeleição de Dilma, o dinheiro da Camargo serviu a uma série de pagamentos volumosos. No dia 1º de outubro, a campanha repassou R$ 800 mil à gráfica VTPB e outros R$ 405 mil à Focal Comunicação. As duas empresas estão na mira das apurações feitas pelo TSE e agora pela Polícia Federal. Elas foram os maiores destinatários de recursos da campanha, amealhando juntas quase R$ 50 milhões, atrás apenas da Polis Propaganda, do publicitário João Santana, que recebeu R$ 70 milhões.
No dia do pagamento à VTPB e à Focal, o PT também depositou R$ 225 mil à gráfica “Souza & Souza”, uma empresa individual aberta em março de 2014, quatro meses antes do início oficial da campanha.
Os casos da Engevix e da Camargo Corrêa se somam ao da UTC. O dono da empreiteira Ricardo Pessoa, que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público, garantiu que os R$ 7,5 milhões doados à campanha de Dilma tiveram origem no petrolão.
Pessoa realizou três repasses de R$ 2,5 milhões: o primeiro, no dia 5 de agosto, serviu para bancar parte dos honorários de João Santana; o segundo, no dia 27, cobriu notas fiscais emitidas pela VTPB e Focal. Também foram destinos dos recursos da UTC a gráfica virtual Souza & Souza, que recebeu R$ 670 mil, e a Prospere Industria e Comércio (R$ 330 mil), outra empresa sem atividade aparente, segundo informações iniciais da PF. A gráfica Red Seg, também uma “empresa individual”, foi destino de R$ 1,8 milhão.
MAIS LAVAGEM
Há outros indícios de que possa ter ocorrido lavagem de recursos por meio de serviços gráficos. No dia 29 de agosto, a campanha de Dilma recebeu 1,2 milhão de santinhos da Bangraf. No recibo de doação consta como origem do material a campanha para deputado federal de Luiz Cláudio Marcolino, ex-dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, ligado a Vaccari. A Bangraf não existe legalmente, usa o mesmo CNPJ do Sindicato dos Bancários, que, por sua vez, aparece como sócio – ao lado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da gráfica Atitude, citada na Operação Lava Jato como destino de propina do petrolão para o próprio Vaccari.
Marcolino, em sua campanha, recebeu R$ 360 mil doados pela UTC. No TSE a suspeita é que a UTC pagou os santinhos doados para a campanha de Dilma, numa espécie de financiamento indireto ou ainda de uma simulação de prestação de serviços.
CENTENAS DE RECIBOS
Na prestação de contas, há centenas de recibos eleitorais de doações de materiais e serviços. Parte deles está em nome dos mesmos financiadores diretos da campanha. Ou seja, o “produto” doado é produzido pelas mesmas empresas suspeitas, mas leva o carimbo de outra campanha, como no caso do deputado Vicentinho, que encomendou à Focal Comunicação a produção de centenas de faixas para a campanha da presidente. É curioso que o petista, que arrecadou pouco mais de R$ 1,4 milhão, tenha ainda contribuído materialmente para a reeleição de Dilma com R$ 350 milhões. Mas a campanha dilmista também fez centenas de doações de “bens e serviços” a candidatos aliados. Há ainda um terceiro caso mais complicado, quando o doador do material de campanha é o próprio Comitê Financeiro. No recibo da doação, consta o prestador do serviço, a quantia do material de propaganda produzido e o valor. Mas nada a respeito da origem do recurso usado. Dessa forma, burla-se os controles de fiscalização.
NOTAS SUBFATURADAS
Chama a atenção dos técnicos que já tiveram acesso aos documentos da campanha o fato de valores declarados nos recibos de doação de materiais serem muitas vezes bem abaixo do valor praticado no mercado. Essa seria, segundo esses técnicos, uma forma de burlar o TSE subfaturando notas para evitar a extrapolação do teto de gastos da campanha.
Para os integrantes da força-tarefa da Lava Jato, não há dúvidas de que Vaccari, preso desde abril, tinha conhecimento total do esquema. Os procuradores e delegados que investigam o petrolão tentam agora saber até que ponto Dilma e Lula sabiam sobre a origem dos recursos da campanha petista.


Tribuna da Internet

GASTOS DOS CARTÕES DE ROSE...

17/07/15 - GASTOS DO CARTÃO CORPORATIVO DE ROSE ENFIM SERÃO REVELADOS

Por Carlos Newton - Tribuna da Internet – 14/07/2015

Está chegando ao final um dos maiores mistérios da República. Os autos do Mandado de Segurança 20895, impetrado pelo repórter Thiago Herdy e por O Globo já estão conclusos desde 27 de março, na mesa do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, para que mande cumprir o acórdão da 1ª Seção da corte, que autorizou o acesso aos dados do cartão corporativo do governo federal usado pela ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha.O tribunal acolheu pedido feito pela rede de jornais Infoglobo e pelo jornalista Thiago Herdy Lana para terem acesso aos gastos, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão social.

Como se sabe, desde a década de 1990, quando se conheceram no Sindicato dos Bancários de São Paulo, numa reunião conduzida pelo dirigente sindical João Vaccari Neto, Rosemary era concubina do então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2003, ao assumir o poder, Lula trouxe a companheira para perto de si, nomeando-a para o importante cargo de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. E o romance prosseguiu, com o presidente usufruindo da companhia de Rose em 32 viagens internacionais que tiveram a ausência da primeira-dama.
Tudo continua bem, até que novembro de 2012, já no governo Dilma Rousseff, Rose acabou envolvida na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investigou venda de pareceres técnicos para liberação de obras favorecendo empresas privadas, foi imediatamente demitida e está respondendo a processo.
Desde 2013, já rolava na Justiça o mandado de segurança apresentado pelo repórter Thiago Herdy e pelo O Globo para quebrar o sigilo dos gastos do cartão de Rose, sob argumento de que o acesso a documentos administrativos tem status de direito fundamental, consagrado na Constituição Federal e em legislação infraconstitucional.
Em 2014, quando cresceu no PT o movimento “Volta, Lula”, para que o ex-presidente Lula fosse candidato, Dilma Rousseff resistiu e não quis abrir mão da candidatura. Lula insistiu e ela então lançou sobre a mesa a cartada decisiva, ameaçando divulgar os absurdos gastos de Rose no cartão corporativo da Presidência, que se tornariam um escândalo capaz de destruir a campanha eleitoral do PT, Lula foi obrigado a recuar.
Para o relator do caso no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a recusa de fornecer os documentos e as informações a respeito dos gastos efetuados com o cartão corporativo, com o detalhamento solicitado, constitui violação ilegal do direito líquido e certo da empresa e do jornalista de terem acesso à informação de interesse coletivo, assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação).
“Inexiste justificativa para manter em sigilo as informações solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões atente contra a segurança do presidente e vice-presidente da República ou de suas famílias, e nem isso ficou evidenciado nas informações da Secretaria de Comunicação”, afirmou em seu parecer.
“A divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar episódios lesivos e prejudicantes; também nessa matéria tem aplicação a parêmia consagrada pela secular sabedoria do povo, segundo a qual é melhor prevenir do que remediar”, concluiu o ministro, que vai mandar cumprir a sentença do STJ.
Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, nos governos petistas de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, os gastos com cartões corporativos já somaram R$ 615 milhões, o que significa mais de R$ 51 milhões por ano, enquanto em 2002, último ano do governo FHC, a conta dos cartões foi de R$ 3 milhões.
Cerca de 95% dessas despesas são “secretas”, por decisão do então presidente Lula, que alegou “segurança do Estado”, após o escândalo de ministros usando essa forma de pagamento em gastos extravagantes, como pagar tapiocas, resorts de luxo, jantares, cabelereira, aluguel de carro, etc.
Humberto diz que a anarquia chegou ao ponto de um alto funcionário do Ministério das Comunicações quitar duas mesas de sinuca usando o cartão, enquanto em São Bernardo, seguranças da família do então presidente Lula pagavam equipamentos de musculação com cartão corporativo e compraram R$ 55 mil em material de construção para a filha dele, Lurian.
Quando o sigilo for quebrado, esta nação vai estremecer. Será divertido, podem esperar.

SÓ OS TOLOS ACREDITAM !

18/07/2015
 às 13:18 \ ComunismoEducação

Doutrinação ideológica: o segredo do Diabo é fingir que não existe

Escola sem partido
O tema de debate na página de opinião da Folha hoje foi a doutrinação ideológica em nossas escolas. Do lado que defende a existência da doutrinação e a necessidade, portanto, de proteger os alunos com base nas leis, escreveu o advogado Miguel Nagib, da ONG Escola Sem Partido. Do outro lado, o professor de história contemporânea da USP Lincoln Secco, alegando que é censura limitar o que os professores podem dizer em sala de aula e chamando de “conspiração” a ideia de que há doutrinação ideológica em curso.
Nem preciso dizer quem está com a razão, do meu ponto de vista. Nagib apresenta claros argumentos, embasando sua defesa do projeto de lei que leva o nome da ONG que criou, enquanto Secco apela para ironias de quinta categoria, tentando ridicularizar quem constata o óbvio: que, no Brasil, vários “professores” mais parecem militantes partidários e ideológicos, abusando da “liberdade de cátedra” para fazer lavagem cerebral nos alunos muitas vezes ainda indefesos. Diz o professor:
É a escola! Basta ler a justificativa de um dos projetos e encontraremos a razão recôndita: prepara-se no Brasil uma doutrinação ideológica baseada no filósofo italiano Antonio Gramsci e nas teses do 5º Congresso do PT (sic)!
Como o processo educativo ainda é um encontro de pessoas, é claro que os professores não podem se despir de suas crenças quando ensinam, tampouco as crianças, que trazem para a sala de aula os preconceitos que absorvem em suas famílias ou meios de comunicação.
[...]
Contra quais desses parâmetros os projetos de lei se insurgem? Seriam contra a história da África, só porque foi inserida no currículo pelo governo Lula? Contra o direito a brincar que é um dos princípios definidos pelo Ministério da Educação para a escola infantil?
Afinal, talvez haja um conteúdo chinês no jogo da amarelinha ou a preparação para a clandestinidade no esconde-esconde!
Que o leitor entenda aqui a ironia como o último recurso diante da língua simplificada dos neofascistas. Apresentam-se como defensores da liberdade, assim como o golpe de Estado é sempre pela democracia.
E, quando você discorda, lê nos seus esconderijos virtuais termos como “idiotice”, “masturbação sociológica” e a suprema ofensa: “petista” (outrora seria “comunista”). Curiosamente, eles são os frutos da mesma escola que nos doutrina como esquerdistas incorrigíveis.
A afetação é digna de um embusteiro pego em flagrante. É o nervosismo de quem viu a máscara cair. Então o professor nega que muitos dos seus pares são, sim, filhotes de Gramsci, transformando as escolas em antros de doutrinação ideológica para sua revolução e para “reformar a sociedade” com cores vermelhas? Então ele nega que o ideal de buscar a neutralidade deva ser seguido, ainda que sua plenitude seja impossível? Então ele acha que o problema é a história da África, e não a intensa propaganda comunista nas aulas, transformando o assassino Che Guevara num herói e culpando o capitalismo por todos os males do mundo?
Note que o professor ridiculariza até o ataque de “petista” a essa turma engajada, como outrora foi o termo comunista usado para condenar… comunistas! Então ele acha que comunistas não existiram e não representavam ameaça real às democracias? Então ele ignora a Guerra Fria e que ela tinha claramente um lado errado, e era o lado comunista?
Por fim, ele tenta usar um recurso pérfido: diz que esses anticomunistas são frutos da mesma escola que doutrina os alunos como esquerdistas incorrigíveis, como se a existência dessa gente fosse prova de que não há doutrinação alguma. Ora, só mesmo um típico aluno doutrinado por um professor desses cai nessa ladainha. Claro que nem todos saem como analfabetos funcionais, como papagaios que só repetem slogans marxistas.
Alguns tiveram o antivírus inoculado em casa, outros desenvolveram por conta própria a capacidade de pensar de forma crítica e evitar a lavagem cerebral. Isso não nega, de forma alguma, a existência da grande máquina de moer cérebros montada pelos partidos e sindicatos de esquerda em nossas escolas. O resultado, aliás, é visível: o PT está no poder há 13 anos destruindo o Brasil, Paulo Freire, que adorava ditadores assassinos, é enaltecido como um guru e “patrono da educação brasileira” pelos idiotas úteis, o regime opressor cubano ainda é idolatrado por vários imbecis, etc. O resultado dessa doutrinação está aí, para quem tiver olhos para enxergar!
Mas o Diabo adora fingir que não existe. É sua principal tática na conquista de almas penadas. Comunismo? Isso é paranoia de reacionário. Esqueça o Foro de São Paulo, o Mercosul bolivariano, a Venezuela chavista, o MST: nada disso existe! É coisa da mídia golpista. Gramsci? Quem é mesmo? Doutrinação ideológica nas escolas? Que isso?! São apenas militantes comunistas que não conseguem deixar seu viés de fora da sala, como, aliás, todos! Livros de história que enaltecem as “maravilhas” do socialismo, sistema que trouxe sempre, em todo canto, apenas escravidão e miséria? Qual o problema? Sabemos que o capitalismo é o grande inimigo mesmo…
É muita desonestidade intelectual, muita safadeza, muita cara de pau! Mas Miguel Nagib, ao contrário do irônico professor esquerdista, coloca os pingos nos is e disseca o que está por trás dessa “liberdade” pregada pelos militantes:
Censura é cerceamento à liberdade de expressão. Ocorre que não existe liberdade de expressão no exercício estrito da atividade docente. Se existisse, o professor não seria obrigado a transmitir aos alunos o conteúdo de sua disciplina: poderia usar suas aulas falando sobre futebol e novela.
Também não existe liberdade de expressão quando a pessoa se dirige a indivíduos que são obrigados a escutá-la, como os alunos numa sala de aula. Do contrário, a liberdade de consciência desses indivíduos –garantida pela Constituição– seria letra morta. O que a Carta Magna assegura ao professor é a liberdade de ensinar.
Essa liberdade, porém, não confere ao professor o direito de abusar do seu cargo e da audiência cativa dos alunos para promover suas convicções políticas e ideológicas.
Além de violar a liberdade de consciência dos alunos, essa prática ofende o princípio constitucional da neutralidade política e ideológica do Estado –que impede o uso da máquina pública em benefício desse ou daquele partido ou ideologia– e afronta a democracia, já que visa a desequilibrar o jogo político em favor de um dos competidores.
[...]
As obrigações são estas: não abusar da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para essa ou aquela corrente ideológica, política ou partidária. Não favorecer nem prejudicar os alunos em razão das suas convicções políticas, ideológicas, religiosas ou morais. Não fazer propaganda político-partidária em sala de aula. Ao tratar de questões controvertidas, apresentar aos alunos, de forma justa, as principais teorias, versões e perspectivas concorrentes. Respeitar o direito dos pais dos alunos sobre a educação moral dos seus filhos.
Claro que os comunistas, que fingem não existir, não toleram isso. Eles querem controlar as mentes, inculcar sua ideologia em crianças indefesas, formar uma legião de soldados revolucionários para “reformar a sociedade”, trocando o sistema capitalista pelo comunista. Isso é um crime! Isso é indecente, imoral e inconstitucional. Esses “professores” não têm o direito de abusar de sua posição para fazer lavagem cerebral. Já fizeram isso por tempo demais impunes. Agora chega. Agora os pais estão acordando para seus direitos, e vão lutar para proteger seus filhos!
Rodrigo Constantino