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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PARCIALIDADE, IGNORANTE E PREPOTENTE


Nunca a ignorância foi tão atrevida e prepotente!



  Psicanalista Maria Rita Kehl - a terceira à direita
 Observação do site  www.averdadesufocada.com :
 CV , terceiriza convocação do cel Ustra para ser
ouvido em São Paulo, sem se preocupar com  as
regras anunciadas- isenção dos membros  que
ouviriam os convocados. Na dita comissão pedida
por um vereador do PT - leia aqui -um dos mem_
bros se diz torturado pelo coronel.
A arena está montada. É preciso levar o coronel,
que, ao que se sabe, foi o único a ter sua convoca-
ção anunciada previamente ,à execração pública.
Dará tempo para a arena ser montada e ele joga
do à execreção pública! Se a notícia publicada for
verdadeira, está declarada a caça, sem chance de
 defesa ou de verdade!
Como estamos afirmando há tempos, não é a ver-
dade que eles buscam, mas sim o revanchismo
e o desvio de foco de fatos graves que estão
sendo julgados!
 Tira o foco do MENSALÂO! Olha as ELEIÇÔES, o PT
não pode perder S Paulo! ARMA O CIRCO!
Chama o USTRA!

As bobagens formidáveis de Maria Rita Kehl, que, ora vejam!, integra a “Comissão da Verdade”. Ou: Nunca a ignorância foi tão atrevida e prepotente!
 Por Reinaldo Azevedo
 http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo
A psicanalista Maria Rita Kehl já apareceu algumas vezes neste blog. Acho que nunca a elogiei, mas a culpa não é minha. A capacidade que esta senhora tem de falar bobagens em penca é assustadora. No dia em que a tolice merecer prêmio de produtividade, não tem pra ninguém. Na noite de ontem, informa aFolha, ela fez na Academia Brasileira de Letras, no Rio, a sua apresentação no ciclo de palestras “O futuro não é mais o que era”… Huuummm. Parece uma sacada espertinha, mas Camões já fez gracejo semelhante e mais sofisticado no século 16…

Quanto Maria Rita pensa, o mundo se queda em silêncio reverencial. Atenção para isto:

“Toda geração presente, como a nossa, ocupa o lugar daquilo que um dia foi sonhado pelos seus antepassados. Como o futuro é uma projeção, uma antecipação, cada geração presente pode dizer de si mesma: ‘Nós somos o sonho deles’.”


Caramba! Maria Rita está dizendo que primeiro vem o avô, depois o pai, depois o filho… Eu sei que pode parecer uma besteira. E é mesmo uma besteira.

Era fatal que tratasse da Comissão da Verdade. Vamos lá:
“Ao ser chamada para participar da Comissão da Verdade, que pretende investigar, na medida do possível, os crimes cometidos pela ditadura contra os militantes que tentavam construir um futuro melhor, e ao voltar àquelas histórias de pessoas torturadas, mortas, desaparecidas, mudou um pouco o rumo das minhas considerações sobre o tempo”.
Viram? A verdade, para Maria Rita, é assim: havia os que queriam um mundo melhor e os que queriam um mundo pior, entenderam? O PC do B, a VAR Palmares, a ALN, o MR-8, a VPR queriam, naturalmente, um mundo melhor. Ela é ou não habilitada a fazer parte daquele grupo? Vai ajudar a contar a história. Com essa isenção!

Ela não estava a fim de baratear a sua fala, não. E mandou brasa. Leiam isto:
“Jamais poderia ser saudade daquele tempo em que se praticou terrorismo de Estado. Mas dizer isso pode nos fazer sentir uma saudade do sonho que nós representamos, e que não é apenas o sonho dessa geração tão próxima de nós, mas o da modernidade, do momento em que se pensou numa nova ordem regida por liberdade, igualdade e fraternidade. É um sonho de emancipação do homem.”
Entendi.
Maria Rita achava que os terroristas que tentaram emplacar a luta armada no Brasil encarnavam o sonho da modernidade, mais ou menos como os revolucionários franceses de 1789 significavam o fim do “velho regime”. Marighella era o nosso Robespierre. Larmarca era o nosso Marat. A gente não chegou a ter um Voltaire porque todos estavam ocupados em cortar cabeças, deixando o pensamento para mais tarde… Pegaram o chiste?
Quando os terroristas esmagaram o crânio de um policial, queriam apenas emancipar o homem. Quando arrancaram a perna de Orlando Lovecchio, foi em nome da fraternidade. Quando fizeram em pedaços Mário Kozel Filho, que tinha 18 anos, lutavam por liberdade. Mais de 100 vítimas inocentes padeceram para que aquela gente generosa pudesse implementar um regime de igualdade ainda hoje vigente em Cuba…

A psicanalista não esqueceu quem lhe deu palco para levar suas tolices às alturas:
“No Brasil, este foi o sonho de uma geração da qual alguns expoentes são objeto da investigação e de reparação social pelo trabalho da Comissão da Verdade. Outros, como a presidente do Brasil, torturada, presa etc., estão no poder realizando algo do sonho da sua juventude, que ela não traiu — tanto que, quando chegou ao poder, fez questão de instalar essa comissão. Estamos muito comprometidos em resgatar o que ainda tem por se realizar do sonho dessa geração que nos sonhou.”
Tenho aqui de me conter para não recorrer à metáfora merecida para este pensamento saído do estômago. Não, senhora! Somos livres hoje e falamos o que bem entendemos porque Dilma e seus amigos foram derrotados, dona Maria Rita! Se a senhora é da Comissão da Verdade, tenha o bom caráter de não mentir! Aquela gente nunca quis liberdade de pensamento, de opinião e de expressão. Ainda há países que experimentam o modelo que eles defenderam. E vivem sob ditadura. A divergência é punida com a cadeia.
A “geração que nos sonhou” é a dos liberais, bem poucos, que restaram no Brasil. A geração que nos sonhou é a dos democratas. Aliás, os remanescentes da esquerda continuam a querer censura. Não trapaceie com a história!

Ela ainda teve tempo de soltar esta pérola:
“Como estou convencida de que quem civilizou minimamente as relações no campo no Brasil foi o MST, que organizou os camponeses para que eles pudessem se defender minimamente, eu me atrevo a terminar essa ideia de um futuro que talvez possa ser desejável com a singela palavra de ordem dos militantes do MST, que é ‘reforma agrária, com justiça social e soberania popular’. Bastante simples, bastante desejável.”
A senhora me desculpe, viu, dona Maria Rita, mas esse é um pensamento energúmeno. Vá perguntar à presidente Dilma, cujo saco Vossa Senhoria acabou de puxar, se o MST tem hoje uma pauta minimamente viável também no que concerne à reforma agrária.
Quem civilizou o campo, doutora Ignorante Enfatuada, foi carteira assinada! Foi a chegada do capitalismo ao setor. Foi — arrepie-se no seu não saber! — o agronegócio! Hoje, minha senhora, milhões de trabalhadores rumam para as lavouras como os trabalhadores urbanos vão para os estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, trabalham o tempo regulamentar e voltam para suas casas nas cidades, onde dispõem de toda a rede de serviços — escolas, hospitais,  esgoto, água encanada, energia elétrica, banda larga… No IBGE, aparecem como moradores das cidades. Na carteira, trabalham no campo.
O SEU PROBLEMA, DONA MARIA RITA, É A SUA BRUTAL, ENORME, INSUPERÁVEL IGNORÂNCIA! É com esse rigor intelectual e com esse amor aos fatos que a senhora vai ajudar a recontar a história. Vá estudar, Dona Maria Rita!

Origem:http://www.averdadesufocada.com

ESTE JULGAMENTO ESTÁ FALTANDO UM


 Peluso abre caminho para mais condenações





Por Jailton de Carvalho - O Globo -  30/08/2012

Na sua despedida, ministro classifica como crime saques dissimulados de dinheiro repassado por Valério
BRASÍLIA No voto de condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que foi também seu último no Supremo Tribunal Federal, o ministro Cezar Peluso afirmou ontem que parte dos R$ 10 milhões do contrato entre a Câmara dos Deputados e a agência SMP&B, de Marcos Valério, pode ter sido usada para pagar parlamentares da base governista, o chamado mensalão. A SMP&B foi contratada na gestão de João Paulo, entre 2003 e 2004.

O ministro classificou como crime os saques dissimulados de dinheiro repassado pelas empresas de Valério. Endossou uma parte central da denúncia da Procuradoria Geral da República e pode abrir caminho para a punição de todos os parlamentares e ex-parlamentares que receberam dinheiro de Valério por ordem de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
O ministro fez a referência à suposta transferência de dinheiro da Câmara para o "valerioduto", ao apontar o exagero que teria sido a contratação da agência de Valério. Para Peluso, tudo indica que não havia necessidade dos serviços da SMP&B. O trabalho já era executado por outra agência, contratada antes. Parte da tarefa poderia ter sido executada por servidores da própria instituição - o que teria ocorrido logo após a saída da agência de Valério da Câmara.
- Findo o contrato, na gestão subsequente, os gastos sob os mesmos títulos caíram para R$ 65 mil. De R$ 10 milhões para R$ 65 mil. Alguma coisa muita estranha estava nessa diferença de curvas. Essa hipertrofia de serviços que, no fundo, no fundo era justificação para a percepção de comissões para alimentar os cofres da SMP&B, até para efeito da distribuição de dinheiro que, depois, acabou se revelando, como aliás está no capítulo subsequente que vamos analisar um pouco mais adiante - disse Peluso.
PELUSO INDICA QUE VISANET NÃO ERA ÚNICA FONTE
Peluso não voltará a tratar do caso. Terá que se aposentar até segunda-feira, quando completará 70 anos. Ainda assim, deixa a indicação de que o fundo Visanet não teria sido a única fonte de recursos públicos do mensalão. Esclareceu que considera crime os saques dentro da estrutura montada por Valério e Delúbio. Em geral, os saques eram feitos por auxiliares de parlamentares em operações de pagamentos e recebimentos controlados pela SMP&B. A empresa aparecia nas duas pontas, como autora do pagamento e destinatária dos saques. Os nomes dos verdadeiros destinatários eram omitidos nos registros enviados às autoridades financeiras.
- Se alguém, que não aparece em documentos oficiais como credor de certa importância, aparece nos fundos de uma agência bancária, recebe dinheiro provindo de outra agência em que o sacador e o tomador é a mesma pessoa, que justifica perante os registros contábeis como forma de pagamento de fornecedores e recebe o dinheiro de um modo clandestino, porque à revelia dos registros oficiais desse recebimentos, evidentemente nós temos um fato provado que nos leva, pela observação, à regra que esse comportamento é um comportamento ilícito - afirmou Peluso.
O ministro foi mais específico ao citar como João Paulo recebeu R$ 50 mil de Valério. O dinheiro foi sacado numa agência do Banco Rural em Brasília pela mulher do deputado, Silvana Márcia Regina. Para Peluso, o deputado mandou a mulher ao banco porque queria manter em segredo a operação sabidamente ilegal.
- O denunciado mandou a mulher porque não queria que nenhum dos seus assessores soubesse do recebimento. E, segundo, porque queria a garantia da entrega do dinheiro. Já por aqui constitui um ato ilícito. Um ato que não poderia ser revelado - apontou Peluso.
O mesmo raciocínio poderia ser aplicado aos parlamentares e ex-parlamentares que enviaram assessores às agências do Rural para receber dinheiro de Valério sem aparecer como os verdadeiros beneficiários dos recursos.
Peluso votou pela condenação e prisão de João Paulo, Valério, seus sócios, e do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. Disse, porém,, que juízes não condenam por motivação pessoal.
- Nenhum juiz condena ninguém por ódio. Nada mais constrange um juiz que condenar um réu. As condenações são uma imposição da consciência do magistrado. Condena por imposição da Justiça e porque reverencia à lei. E por amor e respeito aos réus. Uma condenação é um chamado, uma vez cumprida a pena, se reconciliem com a sociedade - disse Peluso.
O ministro foi homenageado pelos colegas e advogados dos réus. Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, foi à tribuna e destacou o brilhantismo que marcou a carreira de Peluso.


ORIGEM:http://www.averdadesufocada.com

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A IMAGEM DO BRASIL PRECISA SER LIMPA


Cartas na mesa


Editorial  Folha de São Paulo





Primeiras condenações no caso do mensalão surgem por votos de ministros indicados pelo PT -clara manifestação de independência do STF
A 15ª sessão do julgamento do mensalão, anteontem, mostrou como são simplistas as tentativas de estabelecer elos de causalidade entre o voto de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e os interesses do presidente da República que o indicou para a corte.

Se dependesse da vontade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que levou ao STF seis de seus 11 membros, ninguém seria condenado. Afinal, o líder petista patrocina a tese cínica de que o mensalão não passou de uma farsa.
Entretanto, a maioria do Supremo já decidiu pela condenação de quatro dos 37 réus. Ao fim da 15ª sessão, haviam votado seis ministros escolhidos por Lula (quatro) e Dilma Rousseff (dois).
Todos concordaram que, em dois itens da denúncia, o empresário Marcos Valério e seus ex-sócios cometeram os crimes de peculato (uso de cargo público para desvio de recursos) e corrupção ativa, e que o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato praticou peculato e corrupção passiva.
O andar do julgamento indica que a sessão de hoje deverá ensejar outro revés para o PT. Já se dá como provável a condenação do ex-deputado João Paulo Cunha, candidato a prefeito de Osasco (SP), pelo crime de corrupção passiva.
E não é só ao concordarem que os ministros demonstram independência, mas também quando divergem. Tomem-se os votos de Rosa Weber e Luiz Fux, nomeados por Dilma. Ao analisarem a acusação de propina a Cunha, quando presidia a Câmara dos Deputados, eles chegaram a conclusões diversas.
Algo similar se observa nos votos de José Antonio Dias Toffoli e Cármen Lúcia, alçados ao STF por Lula. Sobre o mesmo quesito, na verdade, votaram de maneira oposta.
Como esperado, Toffoli acompanhou o revisor Ricardo Lewandowski e decidiu pela absolvição do ex-deputado -o que reforçou a noção de que ambos se inclinam por condenar os operadores do mensalão e inocentar seus parceiros do PT. Para Toffoli, não há provas suficientes para condenar Cunha.
Toffoli construiu boa parte de sua carreira à sombra do partido e, por isso, deveria declarar-se suspeito, como esta Folha já defendeu. Decidiu não fazê-lo, no que evidencia mais lealdade com seu passado do que com a investidura presente na mais alta corte do país.
Apesar do inconveniente, o colegiado contraditório do Supremo tem demonstrado virtudes. A jurisprudência resultante do julgamento do mensalão -como a possível pulverização das teses da defesa sobre a insignificância do caixa dois eleitoral, a comprovação de atos de ofício para caracterizar corrupção ou a desqualificação de provas colhidas em CPI- será forjada em discussões candentes, pois cada ministro terá de fazer distinções delicadas, em meio às práticas obscuras dos abusos de poder.
A julgar pelo que já se viu e ouviu do processo, será preciso alguma hipocrisia e muita má vontade para insatisfeitos com seu resultado dizerem, no futuro, que o debate não foi profundo o suficiente.
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Mensalão teve recursos públicos
Seis dos 11 ministros já se convenceram de que dinheiro do esquema não era privado
André de Souza - O Globo - 29/09/2012
BRASÍLIA Antes mesmo do fim da primeira parte do julgamento, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já formou convicção de que o esquema do mensalão desviou dinheiro público. Desde que o escândalo veio a público em 2005, líderes petistas e advogados dos acusados sempre insistiram na tese de que Marcos Valério apenas tinha se valido de empréstimos bancários para ajudar o PT a pagar despesas de campanha. Mas a origem pública dos recursos do valerioduto era um dos principais argumentos do Ministério Público Federal.
Ao analisar o capítulo 3 da denúncia, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm concordado que a agência de publicidade DNA, de Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, apropriou-se de dinheiro do Fundo Visanet, do qual o Banco do Brasil é acionista. O relator Joaquim Barbosa deixou isso claro em seu voto. O revisor Ricardo Lewandowski foi na mesma linha. A ministra Rosa Weber seguiu integralmente os argumentos de Barbosa. Ao apresentar seu voto, o ministro Luiz Fux não falou diretamente sobre o tema. Mas a conclusão da origem pública dos recursos desviados está na parte escrita que Fux juntou ao processo e foi divulgada ontem pelo STF.
Apesar da relutância de políticos envolvidos no escândalo de aceitar a tese, essa interpretação tem repercussão mais política do que jurídica. Isso porque os ministros que já votaram deixaram claro que a questão da origem dos recursos perdeu peso, porque, para haver o crime de peculato, basta que tenha sido cometido por um funcionário público no execício do cargo, independentemente de os recursos desviados serem públicos ou não.
- Há dinheiro público. Não há divergência quanto ao dinheiro do Banco do Brasil. Muito embora o crime de peculato também diga respeito a dinheiro de particular do qual tenha posse o servidor - disse ontem o ministro Marco Aurélio Mello, que ainda não votou, fazendo apenas uma ressalva quando indagado se a questão da natureza dos recursos perdeu força.
Outro ministro que ainda não votou disse ontem ao GLOBO que a tendência do plenário será mesmo reconhecer uso de dinheiro público. O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi acusado de antecipar R$ 73,85 milhões do Fundo Visanet para a agência de publicidade DNA, de Marcos Valério, em troca de propina de R$ 326 mil. Mas a agência deixou de prestar os serviços, apresentando notas fiscais frias. Por isso, já condenaram Pizzolato pelo crime de peculato o relator do mensalão, Joaquim Barbosa; o revisor, Ricardo Lewandowski; e os ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. O dinheiro proveniente do Fundo Visanet, segundo o Ministério Público, serviria para comprar apoio político entre os parlamentares.
Na íntegra do voto que trata dos desvios no Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados, o ministro Fux endossou a versão de que o dinheiro é público. "Não merece prosperar o argumento do réu, no sentido de que os recursos do Fundo Visanet não possuíam caráter público e, por tal razão, não haveria que se falar em peculato. Conforme explicitado pelo Laudo Pericial nº 2828/2006-INC, o Fundo de Incentivo Visanet é composto de recursos distribuídos de acordo com cotas proporcionais à participação acionária de cada sócio, sendo que os valores repassados à DNA Propaganda Ltda. foram retirados do montante que cabia ao Banco do Brasil S.A.", disse Fux em seu voto. Em outro trecho, ele acrescentou: "O montante recebido é oriundo da prática de crimes contra a administração pública, o sistema financeiro nacional e praticados por organização criminosa".
Em 9 de agosto último, na sustentação no STF, o advogado de Pizzolato, Marthius Lobato, negara que ele tivesse poderes para ordenar a antecipação dos recursos, e até mesmo que o dinheiro fosse público. Segundo Lobato, o dinheiro repassado pelo Visanet era privado:
- Cada banco tem sua bandeira Visa. Então quando Vossa Excelência usa seu cartão Visa, faz uma compra, um percentual dessa compra é destinado a esse fundo, que vai compor esse fundo para essa propaganda. Por isso que é eminentemente privado. Porque esse dinheiro é composto por dinheiro privado. Ele não tem aportes financeiros de nenhum dos acionistas.

Origem:http://www.averdadesufocada.com

ESSE LAMAÇAL É UMA CLOACA


 - Pagot usou Dnit para ajudar o PT





Pagot assumiu publicamente de que ele pediu dinheiro
para dar para a Presidente Dilma, e que as empresas
que ele acionou mandaram os boletos para ele
Fonte: http://blogdoonyx.wordpress.com/

Dnit negociava obras e doações
Gabriel Mascarenhas - Correio Braziliense - 29/08/2012
Ao depor na comissão que investiga Cachoeira, o ex-diretor do Dnit disse que procurou construtoras e arrecadou dinheiro para a campanha de Dilma, a pedido de tesoureiro petista. “Não é ético”, admitiu. O PT nega.
Pagot revela que pediu dinheiro a empreiteiras para campanha de Dilma, mas negou ajuda a Ideli e Demóstenes

Em oito horas de depoimento à CPI do Cachoeira, o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot afirmou que o órgão foi usado como atalho para arrecadar recursos à campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República, em 2010.
Ele admitiu ter atendido ao pedido do deputado federal e ex-tesoureiro da chapa petista, José Di Filippi (PT-SP), para procurar empreiteiras que mantinham contratos com o Dnit em busca de apoio financeiro.
Embora sustente que não cometeu qualquer ilegalidade, por não ter vinculado as doações a atos administrativos do Dnit, ele se declarou arrependido."Apresentei a ele (Di Filippi) a lista das empresas com quem tínhamos contratos. Ele mandou eu não me preocupar com as maiores e escolher umas 30 ou 40 para pedir apoio. Fiz isso, sim. Algumas enviaram boletos comprovando que doaram para a campanha. Outras eu constatei depois que também contribuíram", contou Pagot, antes de admitir que cometeu um erro: "Depois desse ato, fiquei aborrecido comigo mesmo. Percebi o tamanho da bobagem que fiz. Não é ético"
De acordo com o ex-dirigente do Dnit, outros figurões da base aliada do governo o procuraram para pedir que intermediasse contatos com empresários. Pagot acusou a então senadora por Santa Catarina e atual ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), de ter aproveitado uma audiência no órgão, que deveria tratar apenas do andamento de três obras no estado dela, para propor que Pagot elencasse algumas empresas que poderiam contribuir com a campanha para o governo do estado. "Eu disse a Ideli que não iria fazer o que estava pedindo. Tenho certeza de que ela ficou bem contrariada", revelou.
Ainda durante o depoimento, a secretaria de Relações Institucionais emitiu uma nota oficial negando a acusação. Confrontado com a informação, Pagot se disse disposto a participar de uma acareação com Ideli Salvatti. Ele afirmou ainda ter sido ameaçado pelo ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB-MG), ao negar-lhe ajuda semelhante. "Fiquei ameaçado e constrangido. Ele me deu o dedo e disse que, assim que fosse eleito, a primeira coisa que faria seria me tirar do Dnit".
Pagot comandou o departamento entre 2007 e o meio do ano passado, quando foi "defenestrado", como ele mesmo definiu, por suspeitas de ter participado de um suposto esquema de pagamento de propina a integrantes do PR, partido ao qual era filiado na ocasião. Ele informou que participou de reuniões com o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, que, segundo a Polícia Federal, é sócio oculto do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e com o ex-superintendente da empreiteira no Centro-Oeste, Claudio Abreu. Abreu e Cachoeira foram presos pela PF em fevereiro.
O depoente negou ter beneficiado a Delta nos contratos com o Denit, mas assegurou que o ex-senador Demóstenes Torres foi outro a tentar usar o órgão para "pagar uma dívida" que tinha com a empresa. "O senador me chamou para um jantar na casa dele, onde estavam dirigentes da Delta, como Cavendish e Claudio Abreu. Ele me puxou para uma sala reservada e disse que precisava de uma obra (que a Delta fosse contratada) com o carimbo dele, pois a empresa havia ajudado muito na campanha", narrou Pagot. Ele garantiu à CPI que não atendeu ao pedido de Demóstenes.
"Papo de bêbado"
O ex-diretor do Dnit deu outra versão para uma declaração publicada por uma revista a respeito de um termo aditivo de um contrato, que teria como objetivo arrecadar recursos de caixa dois para as campanhas de Geraldo Alkmin (ao governo de São Paulo) e de José Serra (à Presidência). "Nessa entrevista, eu disse que tinha ouvido isso de um amigo, mas que era papo de bêbado, algo que não poderia provar".
Líder do PT na Câmara, o deputado Jilmar Tatto negou que seu correligionário Di Filippi procurou Pagot para pedir que ajudasse a arrecadar dinheiro para a campanha de Dilma. O ex-ministro Hélio Costa não foi encontrado.
"Algumas empresas enviaram boletos comprovando que doaram para a campanha. Outras eu constatei depois que também contribuíram. Depois desse ato, fiquei aborrecido comigo mesmo. Percebi o tamanho da bobagem que fiz, não é ético"
Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit

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Ex-diretor do Dnit obteve doação para eleição de Dilma
Ex-diretor do Dnit afirma que obteve doações para Dilma
Eugênia Lopes - O Estado de S. Paulo - 29/08/2012
Luiz Pagot disse na CPI que arrecadou, com empresas que tinham contrato com órgão, até R$ 6,5 mi para a campanha presidencial do PT
Em depoimento de cerca de oito horas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot revelou que arrecadou entre R$ 5,5 milhões e R$ 6,5 milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Os recursos foram doações de cerca de 30 a 40 empresas que, na época, tinham contrato com o Dnit.
À CPI, Pagot contou que procurou as empresas para doar para a campanha de Dilma a pedido do hoje deputado José de Filippi Júnior, então tesoureiro da campanha presidencial petista. Ele disse que se reuniu com o tesoureiro por duas vezes: antes do primeiro turno das eleições presidenciais, quando mostrou uma lista com os nomes das 369 empresas que tinham contrato com o Dnit, e depois do segundo turno, quando Dilma Rousseff já havia sido eleita. No primeiro encontro, Filippi solicitou para que ele procurasse as empresas de menor porte para pedir doação para a campanha de Dilma.
"Reconheço que não foi ético da minha parte. Percebi o tamanho da bobagem que estive fazendo", lamentou Pagot.
O depoimento de Pagot, no entanto, frustrou os integrantes da CPI que esperavam revelações bombásticas do ex-diretor do Dnit. Pagot deixou a autarquia durante a "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff, em julho de 2011.
Ideli. Além do comitê de campanha de Dilma, Pagot afirmou ainda que a então senadora Ideli Salvatti (PT-SC), hoje ministra das Relações Institucionais, e o ex-senador Hélio Costa (PMDB-MG) também pediram que ele intermediasse doações para suas campanhas em 2010 - os dois concorreram ao governo de seus respectivos Estados: Santa Catarina e Minas.
Em nota, Ideli disse que "jamais recorreu" ao então diretor do Dnit para "solicitar recursos para campanhas ou mesmo indicações de empresas para esse fim". "Reafirmo tudo o que disse. Não estou faltando com a verdade", rebateu Pagot, que se colocou à disposição para fazer uma acareação com a ministra.
"Conversa de bêbado". Pagot alegou que foi mal interpretado em entrevista à revista IstoÉ e qualificou como "conversa de bêbado, de botequim", a notícia de que um aditivo à obra do Rodoanel, em São Paulo, seria usado para desviar recursos para campanhas tucanas de José Serra e Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).
O contrato no valor de R$ 3,6 bilhões para o Rodoanel foi feito em parceria entre o Dnit e o Departamento de Obras Rodoviárias de São Paulo (Dersa), comandada na época por Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Segundo Pagot, o ex-diretor da Dersa pressionou por um aditamento de R$ 260 milhões, que foi negado pelo Dnit. "Um conhecido meu me alertou para ter cuidado com esse aditivo porque, na realidade, ele era para contribuir para as campanhas do Serra, do Alckmin e do Kassab. Mas isso é uma conversa de bêbado, de botequim, uma conversa que não se pode provar." Segundo Pagot, havia na época um "nervosismo por parte das empreiteiras" para que o aditivo fosse assinado

Origem:http://www.averdadesufocada.com

A CULPA É DO SENADO QUE APROVOU.VERGONHA...


Rábula fantasiado de ministro





O aluno reprovado Toffoli tentou dar aula ao professor emérito Luiz Fux
Carlos Newton - Tribuna da Imprensa

Foi uma aula de direito às avessas. Todo enrolado, sem saber o que dizer, fazendo pausas intermináveis, o ministro Dias Toffoli deu um voto destinado a ficar na História, mas às avessas, para que os alunos de Direito assistam diversas vezes e aprendam como não se deve proceder ao ocupar uma caderia na mais alta corte de Justiça.

 Toffoli, a ignorância envaidecida
Ficou mal para ele e pior ainda para quem o conduziu até essa investidura. Sua nomeação para o Supremo mostra que, em seu permanente delírio de grandeza, Lula acabou perdendo a noção das coisas. Fez um bom governo, foi o primeiro operário a chegar à presidência da República de um país realmente importante, pelo voto poder, tornou-se uma importante personalidade mundial, mas o sucesso lhe subiu à cabeça, começou a fazer bobagens, uma após a outra.

Lula poderia ficar na História como um dos mais destacados líderes da Humanidade, mas não tem a humildade de um Nelson Mandela nem o brilho de um  Martim Luther King. Suas tiradas acabam soando em falso e os erros cometidos vão se avolumando.
Dias Toffoli foi um dos maiores equívocos cometidos pelo então presidente, que sempre se orgulhou de jamais ter lido um só livro. Desprezando o sábio preceito constitucional que exige notório saber jurídico, Lula nomeou para o Supremo um advogado de poucos livros, que por duas vezes já tinha sido reprovado em concursos para juiz.
O resultado se viu no julgamento de segunda-feira. Todo atrapalhado, Toffoli não sabia quando estava lendo alguma citação ou falando por si próprio.  O mal estar no plenário foi num crescendo. Os outros ministros já não aguentavam mais tamanha incompetência. Toffoli não se comportava como um magistrado, que necessariamente tem de examinar os argumentos de ambas as partes. Limitava-se a citar as razões dos advogados de defesa dos réus, sem abordar nenhuma das justificativas da Procuradoria Geral da República ou do relator.
Ainda não satisfeito com essas demonstrações de inaptidão  e de parcialidade, Dias Toffoli resolveu inovar. De repente, para justificar seu papel grotesco, proclamou que a defesa não precisa provar nada, quem tem de apresentar provas é a acusação. Fez essa afirmação absurda e olhou em volta, para os demais ministros, cheio de orgulho, como se tivesse descoberto a pólvora em versão jurídica.
Os demais ministros se entreolharam, estupefactos,  e Luiz Fux não se conteve. Pediu a palavra e interpelou Toffoli, que repetiu a burrice, dizendo que não cabe à defesa apresentar provas, isso é problema da acusação.
Infelizmente, a TV não mostrou a risada de Fux, considerado um dos maiores especialistas em  Processo Civil, um professor emérito e realmente de notório saber.
Até os contínuos do Supremo sabem que as provas devem ser apresentadas tanto pela defesa quanto pela acusação, mas na faculdade Toffoli não conseguiu aprender nem mesmo esta simples lição. É um rábula fantasiado de ministro, uma figura patética.

Origem:http://www.averdadesufocada.com

SE APLICADA A LEI...DIA HISTÓRICO NO STF


É hoje que o primeiro mensaleiro vai pegar cana. STF completa voto que condenará João Paulo Cunha.



Se for condenado por todos os crimes descritos na denúncia do mensalão, conforme indica a maioria de quatro votos a dois formada até agora no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) pode pegar pena de prisão. Ele é acusado de corrupção passiva, dois crimes de peculato e lavagem de dinheiro, condutas que, somadas, geram uma pena mínima de 9 anos de prisão e máxima de 46. O STF caminha esta tarde, ao que tudo sugere, para a condenação do parlamentar - único réu a disputar as eleições de outubro, como candidato a prefeito em Osasco. Mas uma eventual pena só será conhecida ao fim do julgamento.
A situação de outros réus políticos do mensalão também não está confortável, inclusive a de José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil. Ao votar na segunda-feira, os ministros Rosa Weber e Luiz Fux apresentaram premissas que abrem brecha para condená-lo com base em testemunhos e no contexto da acusação. O principal argumento da defesa de Dirceu é que não há nada no processo contra o ex-ministro além de provas testemunhais.
Mas Rosa começou seu voto defendendo a importância das testemunhas nos "delitos de poder", nos quais se justificaria uma "elasticidade das provas da acusação". Ela fez um paralelo com o crime de estupro, "cuja consumação sempre se dá longe dos olhos do sistema de vigilância". Nesses casos, disse a ministra, algumas garantias são quebradas para punir com base no depoimento da vítima. "Com delitos de poder, não pode ser diferente. Quanto maior o poder ostentado, maior a facilidade de esconder o ilícito", declarou.
Fux seguiu linha semelhante, dizendo que os fatos devem ser analisados segundo o "contexto" e que cabe à defesa "a produção da prova do álibi". Após a sessão de segunda, advogados deixaram o Supremo bastante pessimistas. "Os votos surpreenderam nos precedentes divergentes da orientação consagrada na doutrina do direito penal e da jurisprudência do Supremo", disse o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo.
Algumas das premissas de Rosa e Fux poderão, no entanto, ser contestadas esta tarde, com os votos de quatro ministros considerados "garantistas", ou seja, protetores das garantias da defesa: Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. Um dos pontos que pode ser contestado é o fato de o réu ter que apresentar provas de que não é culpado. Em direito penal, isso significaria uma inversão do ônus da prova, que sempre é feita pela acusação. O fato de esses ministros seguirem uma linha garantista não significa, porém, que votarão pela absolvição. O último a votar será o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto.
O veredito mais aguardado para hoje é o de João Paulo. Além do placar atual com quatro votos contrários, comentários feitos por Britto e Mendes durante o julgamento contribuem para a expectativa de condenação. Se a tendência se confirmar, estará formada a maioria de seis votos necessária para condenar. O primeiro comentário foi feito por Britto durante o voto de Ricardo Lewandowski, revisor do mensalão. Lewandowski defendia a absolvição de João Paulo lembrando que em 2007, ao analisar a denúncia, três ministros rejeitaram a acusação de lavagem de dinheiro contra o deputado: Mendes, o próprio Britto e Eros Grau, já aposentado.
No que Britto tomou a palavra: "O juízo do recebimento da denúncia é diferente do atual. São sedes de análise diferentes", ressalvou. De forma semelhante, Gilmar Mendes comentou que, à época do recebimento da denúncia, parecia que João Paulo mandava um parente próximo (sua mulher) para receber uma ordem de pagamento (os R$ 50 mil de Marcos Valério). "Mas, hoje, viu-se que foi uma forma de esconder", antecipou. João Paulo é acusado de receber R$ 50 mil de Marcos Valério para favorecer sua agência em contratos com a Câmara.
Na primeira etapa de julgamento do mensalão, que analisa o desvio de recursos públicos na Câmara e no Banco do Brasil, já se formou maioria pela condenação do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e dos publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. No cenário atual, todos devem pegar pena de prisão.Pela lei brasileira, penas de mais de oito anos de prisão são cumpridas obrigatoriamente em regime fechado. Penas menores podem ser prestadas em regime semiaberto ou substituídas por serviços comunitários. Antes de estabelecer uma pena, porém, os ministros terão que discutir se aplicarão o mínimo previsto em lei ou algum tipo de agravante. Isso só será feito ao fim do julgamento.
Também será preciso considerar a possibilidade de prescrição. Para os crimes de quadrilha, corrupção, peculato e evasão de divisas, a pena mínima já prescreveu. A repercussão do caso e a repetição dos crimes por vários réus, no entanto, podem pesar como agravantes, levando os ministros a aumentar o mínimo da pena. (Valor Econômico)

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

VERGONHA BRASIL!! PUNIDA POR SER HONESTA


Pensem nesta vergonha, senhoras ministras e senhores ministros do Supremo: até agora, esta inocente é a única punida do mensalão!

Danevita: ela fez a coisa certa e, por isso, perdeu o emprego e recebeu três ameaças de morte



Vocês têm de espalhar na rede a história desta mulher porque ela é a evidência viva do modo como “eles” operam. Ela se negou a endossar a roubalheira dos mensaleiros no Banco do Brasil. Sabem o que aconteceu? Perdeu o emprego, não consegue mais trabalho e já foi ameaçada de morte três vezes. Leiam a reportagem de Gustavo Ribeiro e Hugo Marques na VEJA desta semana.


Danevita: ela fez a coisa certa e, por isso, perdeu o emprego e recebeu três ameaças de morte
A publicitária Danevita Magalhães não ajudou a desviar recursos públicos, como fez o PT e seus dirigentes, não fraudou empréstimos bancários, como o empresário Marcos Valério, nem sacou dinheiro sujo na boca do caixa de um banco, como fizeram os políticos. Sua situação, porém, é bem pior que a de muitos deles. Ex-gerente do Núcleo de Mídia do Banco do Brasil, Danevita foi demitida por se recusar a assinar documentos que dariam ares de autenticidade a uma fraude milionária.

Depois de prestar um dos mais contundentes depoimentos do processo — desconstruindo a principal tese da defesa, de que não houve dinheiro público no esquema —, Danevita passou a sofrer ameaças de morte e não conseguiu mais arrumar emprego. A mulher que enfrentou os mensaleiros cumpre uma pena pesada desde que contou o que sabia, há sete anos. Rejeitada pelos antigos companheiros petistas, vive da caridade de amigos e familiares, sofre de depressão e pensa em deixar o Brasil. Só não fez isso ainda por falta de dinheiro.

O testemunho da publicitária foi invocado várias vezes no corpo da sentença dos dois ministros que votaram na semana passada. Entre 1997 e 2004, Danevita comandou o setor do Banco do Brasil responsável pelo pagamento das agências de publicidade que fazem a propaganda da instituição. Sua carreira foi destruída quando ela se negou a autorizar uma ordem de pagamento de 60 milhões de reais à DNA Propaganda, do empresário Marcos Valério. O motivo era elementar: o serviço não foi e nem seria realizado. Mais que isso: o dinheiro, antes de ser oficialmente liberado, já estava nas contas da DNA, o que contrariava frontalmente o procedimento do banco. Ela, portanto, negou-se a ser cúmplice da falcatrua. Em depoimento à Justiça, Danevita contou ainda que ouviu de um dos diretores da DNA que a cam­panha contratada jamais seria realiza­da. “Como não assinei, fui demitida”, lembra.

Depois disso, ela não conse­guiu mais arrumar emprego e perdeu tudo o que tinha. Saiu de um padrão confortável de vida — incluindo um salário de 15000 reais, carro do ano e viagens frequentes — para depender da boa vontade de amigos e morar na casa da filha, que a sustenta. “Estou sofrendo as consequências desse esquema até hoje. O pior é que eu não participei de nada. Você deveria falar com Dirceu, Lula…”, disse.

Danevita hoje vive reclusa na casa da filha e evita conversar sobre o mensalão. Ela conta que sofreu três ameaças de morte. Sempre telefonemas anônimos, pressionando-a para mudar suas alegações às autoridades. Seu desespero é tamanho que, em entrevista a VEJA, ela pediu para não ser mais procurada: “Peço que me deixem em paz. Eu não tenho mais nada a perder”, disse. Danevita credita aos envolvidos no esquema — e prejudicados pelo teor do seu testemunho — as dificuldades que tem encontrado no mercado de trabalho. Apesar de um currículo que inclui altos cargos em empresas multinacionais, ela conseguiu apenas pequenos serviços. A publicitária não tem dúvida de que os mensaleiros a prejudicam, mas não cita nomes. “Fico muito magoada com isso. Já perdi meu dinheiro e minha dignidade”, desabafa. Ela não acredita que o Supremo Tribunal Federal vá punir os mensaleiros.

Situação parecida vive o advogado Joel Santos Filho. Ele foi o autor da gravação do vídeo no qual o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo propina e contando como funcionava o esquema de arrecadação do PTB. A reportagem, publicada por VEJA em maio de 2005, está na gênese do escândalo. Foi a partir dela que o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson, revelou a existência do mensalão. Joel conta que foi chamado por um amigo empresário, que tinha os interesses comerciais prejudicados nos Correios, para colher provas de que lá funcionava um esquema de extorsão. Pelo trabalho de filmagem, não ganhou nada e ainda perdeu o que tinha. Durante as investigações do mensalão, Joel teve documentos e computadores apreendidos — e nunca devolvidos. Apesar de não ter sido acusado de nada, foi preso por cinco dias e ameaçado na cadeia: “Fui abordado por outro preso, que disse saber onde minha família morava e minhas filhas estudavam. Ele me alertou: ‘Pense no que vai falar, você pode ter problemas lá fora”. Joel sustenta sua família hoje por meio de bicos. “Fiquei marcado de uma forma muito negativa”, lamenta.

Por Reinaldo Azevedo http://veja.abril.com.br

NO BRASIL, COMPENSA PARA OS RICOS...


- Quando o crime compensa

Editorial
O Estado de S.Paulo -27/08/2012

O ex-senador Luiz Estevão, cujo mandato foi cassado em 2000 por seu envolvimento no escândalo do desvio de recursos das obras do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) e que pelo mesmo crime já foi condenado em várias instâncias da Justiça, está comemorando o acordo feito esta semana com a Advocacia-Geral da União (AGU) para devolver aos cofres públicos - com módica entrada de R$ 80 milhões e 96 suaves prestações mensais de R$ 4 milhões, com correção pela taxa Selic

- uma parte do dinheiro no qual meteu a mão com a ajuda de alguns cúmplices, inclusive o famoso juiz Lalau - o único que está preso. No total, o Grupo OK, de Estevão, desembolsará R$ 468 milhões que, anunciados com estardalhaço pela AGU como o ressarcimento de "maior valor em casos de corrupção do Brasil e talvez do mundo", representam na verdade uma pechincha para o abonado investidor imobiliário do Distrito Federal, porque o desvio de R$ 169 milhões, consumado há cerca de 20 anos e investigado desde 1997, equivaleria hoje, monetariamente corrigido, a aproximadamente R$ 1 bilhão, o dobro do que Estevão, docemente constrangido, concordou em devolver ao Tesouro, em troca de ter seus bens desbloqueados pela Justiça.
A AGU, por meio de seu site oficial, informou que, "no acordo, a União não abrirá mão de nenhum valor sobre o qual entende ter direito, mantendo garantias suficientes para o pagamento de toda a dívida". Para tanto manterá penhorados 1.255 imóveis de propriedade do ex-senador.
Esse escândalo, que há pelo menos 15 anos alimenta o noticiário político-policial do País, é uma lamentável sucessão de episódios que escancaram, mais do que a frouxidão dos valores éticos na vida pública, a absoluta falta de pudor e a acintosa sem-cerimônia com que criminosos de colarinho-branco, mesmo quando apanhados com a boca na botija, ousam se comportar em público. São inesquecíveis as cenas patéticas do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, desempenhando o papel de velhinho doente para finalmente obter a regalia do cumprimento em reclusão domiciliar da pena de 26 anos de prisão a que foi condenado.
Luiz Estevão já fora condenado, em 2006, pelo Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3), a 36 anos e meio de prisão pelos crimes de peculato, corrupção ativa, estelionato majorado, uso de documento falso e formação de quadrilha - tudo relacionado ao superfaturamento e desvio de verbas das obras do TRT paulista. Recorreu da decisão e o processo subiu para o Superior Tribunal de Justiça, cuja Sexta Turma confirmou por unanimidade, em junho último, a sentença da instância inferior, mantendo a condenação à prisão de Luiz Estevão e dos empresários José Eduardo Correa Teixeira de Ferraz e Fábio Monteiro de Barros Filho, ex-sócios da Construtora Incal, responsável pelas obras superfaturadas.
Logo após o anúncio do acordo, o advogado de Luiz Estevão, Marcelo Bessa, exibiu-se diante das câmeras de televisão com assombroso despudor. Primeiro, gabou-se de que o acordo era muito bom para seu cliente, porque a quantia a ser desembolsada representava apenas uma parcela "ínfima" do patrimônio do senador cassado. Depois, classificou de "pragmático" o entendimento havido, porque permitirá ao Grupo OK "retomar suas atividades normais". Para quem sabe das "atividades normais" de Luis Estevão, soou como ameaça.
E o magnata do mercado imobiliário da capital da República não perdeu a pose. Localizado na Inglaterra, permitiu-se fazer graça: "Por incrível que pareça, embora eu negue (o crime), é melhor pagar e tirar esse aprisionamento". E acrescentou: "Tem o "devo, não nego e pago quando puder". Eu sou o contrário: não devo, nego e pago sob coação". Segundo cálculo feito pela Folha de S.Paulo, a "coação" a que Estevão se diz submetido é altamente lucrativa. Aplicados em algum fundo de renda fixa, desde agosto de 1998, quando os bens do empresário foram bloqueados, os R$ 169 milhões roubados do TRT pela quadrilha valeriam hoje R$ 1,3 bilhão.
Ou seja: mesmo com a devolução aos cofres públicos de R$ 468 milhões, ainda sobrariam R$ 866 milhões para regalo dos meliantes. É a comprovação insofismável de que, às vezes, o crime compensa

Acompanhar o placar do M ENSALÃO



ESSA CORRENTE DO BRASIL DO BEM NÃO PODE PARAR! VAMOS ATUALIZAR CADA VOTAÇÃO!
AMIGOS! COPIEM O POST PARA SEUS GRUPOS, MAS PRESERVEM OS CRÉDITOS! ISSO SE CHAMA GENTILEZA!

Foto: VAMOS INFORMAR A NAÇÃO! COMPARTILHEM!
O BRASIL ESTARIA SALVO, SE SEUS HOMENS E MULHERES DE BEM TIVESSEM A MESMA OUSADIA DOS CANALHAS!

É PIZZA_OLATO! O PT TÁ TE QUEIMANDO! PARABÉNS! QUEM MANDA SER BAIXO CLERO!




Fonte:Éticamicina5mg - Tôvendotudo

domingo, 26 de agosto de 2012

POR ISSO E OUTRAS ...SERÁ PIZZA DO MENSALÃO


 O culpado foi o mordomo







     
Carlos Chagas - Tribuna da Imprensa -
O namoro e o noivado foram explosivos mas o casamento ia bem. O diabo é que ainda na lua de mel o casal entrou em crise. Separou-se. As previsões são de um divórcio litigioso.
Falamos de Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, que ontem voltaram a divergir, no julgamento do mensalão. Depois de baterem de frente, como relator e revisor, coube a Lewandowski surpreender o Supremo Tribunal Federal e votar com Barbosa na condenação de um ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizollato, de Marcos Valério e de mais dois penduricalhos. .

Nessa primeira etapa, faltava completar as acusações contra o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, que o relator condenara por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro
Eles estão se posicionando…
Pois não é que nos três casos o revisor saiu em defesa do deputado? Sustentou que receber 50 mil reais de uma agencia do Banco Rural foi operação normal, porque havia pedido ao PT esse dinheiro para pagar pesquisa feita em Osasco. Esqueceu-se de explicar porque o dinheiro, em vez de vir do PT, veio de Marcos Valério, e numa agência do banco implicado com a lambança. Afinal, Valério não era tesoureiro do partido. Mas tem mais. A acusação de favorecimento a uma agencia de publicidade pertencente a Marcos Valério, que recebeu antecipadamente milhões da Câmara, mas não cumpriu o contrato, foi transferida por Lewandowski do então presidente da casa para o diretor-geral, como se este não fosse nomeado e nem cumprisse ordens daquele. Só faltou argumentar que o culpado era o mordomo…
Novo refrigério do ministro-revisor referiu-se à ausência de atos de ofício, quer dizer, faltaram papéis assinados por João Paulo autorizando falcatruas. Guardadas as proporções, é como se Al Capone tivesse assinado ordem autorizando seus capangas a promoverem o massacre do Dia de São Valentim…
O resultado do divórcio entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski pode redundar numa inversão de tendências na mais alta corte nacional de justiça, caso outros nomes emblemáticos do PT venham a ser defendidos com tanta ênfase pelo relator, ainda que tudo vá depender do voto dos outros ministros. Se João Paulo acabar absolvido, por que não José Genoíno, Delúbio Soares e José Dirceu, para não falar em deputados de outros partidos que se lambuzaram no mensalão?
Vai ficando claro que as primeiras impressões são supérfluas, que Lewandowski não é aliado, mas mesmo o contra-ponto de Barbosa, quer dizer, assume a defesa dos réus. Tudo pode mudar amanhã, mas se o Supremo decidir que não houve mensalão, só desvio de dinheiro público e privado para pagar contas de antigas campanhas eleitorais, o remédio será chamar Pedro Álvares Cabral para começar tudo de novo. E nem se lembre que mesmo no caso de punição para alguns mensaleiros, nenhum deles acabará na cadeia, como prenunciou o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.


Fonte:http://www.averdadesufocada.com

 DIA DO SOLDADO



 Ouçam AQUI a Canção do Exército, homenagem
do site www.averdadesufocada.com  a todos
os soldados que, se preciso for, sacrificarão
a própria vida em defesa da Pátria.
Gen Marco Antonio Felicio da Silva
Como não reverenciar e falar de todos aqueles que por amor à Pátria brasileira, ao seu torrão natal, lutaram, desde o Brasil colônia, sacrificando conscientemente a própria vida, ao forjar a nacionalidade brasileira, combatendo e expulsando o invasor estrangeiro, conquistando a independência, mantendo uno e livre o território, pacificando a Nação e, mais recentemente, ainda de armas na mão, impedindo que ideologias externas impusessem a tirania ao Povo brasileiro.
Texto completo

No dia de hoje, 25 de Agosto, estamos reverenciando e falando do soldado brasileiro de qualquer tempo, de qualquer posto ou graduação.
Reverenciamos e falamos do Duque de Caxias, encarnação maior das virtudes e dos valores militares. Um brasileiro, cidadão-soldado, que dentro da servidão e grandeza dos militares, não serviu a governos, mas acima destes, dedicou sua vida e seus talentos à Pátria e à Nação.
A liderança inata e a nobreza de caráter de Caxias, evidenciadas principalmente quando das vitórias que o consagraram, jamais permitiram que o inimigo fosse vilipendiado. Por outro lado, nas horas amargas, seus subordinados sabiam que não seriam abandonados a própria sorte. A dignidade militar estava acima de qualquer outra consideração, fosse ela qual fosse, material ou não.
Torna-se mister enfatizar, embora o Exército de hoje, apto aos diferentes tipos de combate e pleno do uso de tecnologias as mais avançadas, que a maior arma para um Chefe continua a ser o espírito do soldado que ele comanda. A liderança efetiva impõe a conquista da confiança e do respeito dos subordinados.
Hoje, neste dia, lembro que esquecer o combate vitorioso à subversão comunista e à tentativa armada de implantação de uma ditadura do proletariado no País, ainda, historicamente, recente, não honra qualquer perícia, que parece não existir na condução dos fatos atuais, bem como a firmeza que se esboroa numa tentativa de reconciliação unilateral.
Assim, são abandonados, pelo caminho, antigos camaradas combatentes, vítimas da sanha revanchista, o que vai contra a preservação das nossas mais caras tradições e enfraquece valores – alma de qualquer Exército.
Neste dia, dia do soldado, dia de Caxias, rendo minhas homenagens ao soldado brasileiro de qualquer tempo e, principalmente, a todos que combateram a violência marxista, reverenciando um cidadão-soldado, o Cel Ustra, combatente valoroso, exemplo de dignidade pessoal, engrandecido pela sua postura diante da adversidade e do abandono a que foi relegado por quem não tinha o direito de fazê-lo.

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

PELO CONTEÚDO DO STF VAI SER PIZZA


 Teúda e manteúda


Percival Puggina 

Tenho acompanhado, no limite das minhas possibilidades de tempo, o julgamento do Mensalão (ooops!) Ação Penal 470. Aliás, não gosto do apelido. Ele desvia a atenção dos cidadãos e esconde problema ainda maior. Refiro-me à prática também delinquente, recorrente e transparente na política nacional: governos compram base parlamentar. O Mensalão foi apenas uma modalidade. Restam muitas outras. Negá-lo seria cinismo em estado puro.

A que mais servem as emendas parlamentares no mecanismo vigente? O que é o disputadíssimo rateio de postos da administração pública direta e indireta entre os partidos políticos? O que estava por trás de todos os escândalos que derrubaram meia dúzia ou mais de ministros no início do governo Dilma? Seja como for, alguns ratos acabaram apanhados na desregulada e displicente ratoeira do sistema. E temos aí o julgamento de seus réus.
Levei um susto quando, no primeiro ato, Márcio Thomaz Bastos, de improviso, suscitou o desmembramento do processo e o ministro Lewandowski sacou da pasta, também de improviso, alentada adesão à tese, enchendo de jurisdiquês 63 páginas da minha paciência. O ministro pretendia espargir por comarcas dispersas do país 35 réus com crimes interconectados. Delírio, puro delírio. Mas era uma tese, que, acolhida, acabaria com o processo ali mesmo, e José Dirceu seria julgado sabe lá Deus onde. Aleluia, fomos em frente!
Ouvi Joaquim Barbosa e as discussões preliminares em torno do modo como ele havia organizado sua exposição. Em quase todas as falas dos ministros, aliás, fico com a impressão de haver script demais para pouco argumento. Muito falatório para pouco drama, por exemplo, no caso do fatiamento proposto pelo relator. Uma coisa assim tipo novela da Globo, que enche o roteiro de lero-lero. Aquele ritmo de trabalho, numa empresa privada, punha todo mundo na rua no segundo dia. Mas vá que seja. A boa justiça não tem pressa. A má justiça tampouco.
Quando Ricardo Lewandowski começou a falar, me veio à mente seu currículo de ovo jurídico chocado no ninho petista de São Bernardo, em cujas administrações foi Secretário de Governo e Secretário de Assuntos Jurídicos. De São Bernardo, em lista tríplice da OAB local, chegou a Juiz de Alçada do TJ de São Paulo, de onde saltou, por indicação de Mario Covas (ora vejam só!), para o TJ/SP. No pulo seguinte, foi nomeado por Lula para o STF. Lembrei-me disso e esperei o julgamento do primeiro petista. Bingo! Lewandowski descantou o verso. Enquanto escrevo este artigo, especula-se sobre os dois próximos votantes - Ministra Rosa Weber e Ministro Luiz Fux. Nomeados por Dilma. Terá Dilma decidido assuntos tão importantes para Lula sem ouvi-lo? Terão aberto voto antes da nomeação? Conjeturas, conjeturas... Cabíveis, no Brasil. Vem-me à mente o fato de a ministra ser oriunda da Justiça do Trabalho. Sua relação com o mundo do Direito Penal deve ser ainda menos amistosa do que com o mundo do Direito Constitucional. Que dirá ela? E que importância terá o que diga, tirante seu direito a voto e o apoio que possa estar recebendo de assessores? Próximo! Boto o olho em Dias Toffoli, ex-funcionário do PT na Câmara dos Deputados, ex-advogado do PT em campanhas presidenciais, reprovado em dois concursos para magistratura paulista, ex-Advogado Geral da União, alçado por Lula ao Supremo em setembro de 2009, quando a Ação Penal 470 já rolava por lá havia bom tempo. Com dois dedos de consciência teria feito com eles um X sobre os lábios e ido para seu gabinete, tão longe quanto possível da encrenca.
Em relação ao que vai acontecer, extraio uma única certeza. Continuará livre, leve e solto, com habeas corpus permanente, esse miserável modelo político que primeiro elege o governante e depois o conduz a adotar uma base parlamentar teúda e manteúda (*).
* Expressão do português antigo. Eram o particípio presente dos verbos ter e manter. Ficou preservada na forma feminina, através dos tempos, para representar, unicamente, a figura da concubina, tida e mantida, por seu amante.
______________
* Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões

Fonte:http://www.averdadesufocada.com

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O PODER EMPOBRECE A ÉTICA


Brasília e a Suprema Corte do B.



"Precisa de proteção?", perguntou o advogado Cláudio Fruet ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Não foi necessário. A apenas 5,4 km do STF (Supremo Tribunal Federal), Gurgel, o ministro Marco Aurélio Mello e advogados dos réus do mensalão confraternizaram numa festa que invadiu a madrugada de ontem. Algoz dos réus, Gurgel celebrou com os advogados o 80º aniversário de José Gerardo Grossi no salão de um hotel, em Brasília. "Elegantíssimos, gentilíssimos", repetiu Gurgel ao cumprimentar Arnaldo Malheiros e Alberto Toron, defensores de Delúbio Soares e João Paulo Cunha, respectivamente. No jantar, a aposta generalizada era pela absolvição de João Paulo, o que ocorreu.

Um dos primeiros a chegar, Gurgel recebeu, ao lado da mulher, a subprocuradora, Cláudia Sampaio, o advogado Márcio Thomaz Bastos com caloroso abraço. "O embate acontece lá. Aqui, é confraternização", justificou Gurgel. Apesar do afago, assentiu quando desejavam força para "limpar o Brasil". E concordou com uma senhora que chamou os réus de "ladrões". "Ladrões", endossou. Ao lado de Gurgel, o antecessor Antonio Fernando Souza não exibia tanta desenvoltura. Autor da denúncia e alvo dos advogados, atacou: "Eles também diziam que não havia dinheiro público. E já há dois votos a favor".

Cercado de advogados, Marco Aurélio brincou com Toron, ausente de Brasília quando o Joaquim Barbosa pediu a condenação de seu cliente: "Vou cortar seu ponto", disse. Ao ex-ministro Sepúlveda Pertence falou do gênio de Barbosa. Descreveu-lhe a sessão em ele acusou Ricardo Lewandowski de deslealdade.Lembrando que foi repreendido por Sepúlveda após um arroubo, opinou: "Aquilo ali é meio de vida. Não de morte".

Evanise Santos representou o namorado, o ex-ministro José Dirceu -que, de Vinhedo (SP), telefonou para parabenizar o aniversariante. O jantar terminou com um show de gaita. No repertório, o tema de "O Poderoso Chefão".(Folha de São Paulo)


Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com.br/

CONVENIÊNCIAS E SUBMISSÃO AO LULA


Lewandowski age como advogado de defesa e inocenta petista mensaleiro.



O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), inocentou ontem o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), divergindo completamente da opinião do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa. João Paulo, que presidia a Câmara dos Deputados quando o mensalão foi descoberto, é acusado de ter recebido propina para contratar uma agência de propaganda que teria desviado dinheiro público para os políticos beneficiados pelo mensalão.

Na semana passada, Barbosa votou pela condenação de João Paulo pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ontem, Lewandowski rejeitou todas as acusações. Candidato a prefeito de Osasco nas eleições deste ano, João Paulo mandou a mulher buscar R$ 50 mil numa agência bancária em 2003, quando o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza distribuiu milhões de reais a políticos do PT e outros partidos que apoiavam o governo Lula no Congresso. Pouco depois do saque, a Câmara dos Deputados assinou com uma das agências de propaganda de Valério um contrato de R$ 10 milhões.

Lewandowski acolheu os principais argumentos da defesa de João Paulo e concluiu que o deputado não teve influência na escolha da empresa de Valério, feita por uma comissão de licitação. Além disso, o ministro disse que o destino dos R$ 50 mil "foi comprovado". João Paulo diz que usou o dinheiro para pagar pesquisas eleitorais contratadas pelo PT e Lewandowski aceitou a explicação. O revisor criticou o Ministério Público Federal, responsável pela acusação, dizendo que ele lançou uma "tese abstrata" e baseada em "falsas premissas" contra o petista.

O ministro também votou pela absolvição de Valério e de dois ex-sócios acusados de participar dos mesmos crimes atribuídos a João Paulo. O julgamento será retomado na segunda-feira, quando Barbosa pretende responder aos argumentos usados por Lewandowski. Depois será a vez dos outros nove ministros do Supremo votarem. Advogados que atuam no processo e outros ministros consideram Lewandowski inclinado a inocentar boa parte dos réus do mensalão.

Mas na quarta-feira ele deu força a uma das principais teses da acusação ao votar pela condenação de um ex-diretor do Banco do Brasil acusado de desviar dinheiro do banco para o esquema e culpar Valério e seus ex-sócios pelo mesmo crime. Ao final da sessão, houve um atrito entre Lewandowski e o presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto. Barbosa disse que na próxima sessão vai rebater "as dúvidas e a divergência" de Lewandowski. O revisor pediu então a garantia de uma tréplica e ameaçou deixar o plenário se não puder falar. Depois que a sessão foi encerrada, Ayres Britto prometeu a Lewandowski que lhe concederá a palavra novamente na segunda-feira.(Folha de São Paulo)


Fonte:.(Folha de São Paulo)

TODO POLÍTICO ENGANADOR É FALSO...


Cuidado com esta manobra eleitoral: Senador quer que “temas polêmicos” do Novo Código Penal só sejam discutidos após eleições




24, agosto, 2012
Eles prometem mas não se comprometem.


Senadores Pedro Taques (PDT/MT ) e Eunício Oliveira (PMDB/CE)
Por que os políticos não gostam de ser claros em suas opiniões na hora de pedir o seu voto?

E preferem pautar seus discursos naqueles temas de sempre, que eles já sabem que não farão absolutamente nada?

Transporte, segurança, educação, habitação… e aquela ladainha que você está cansado de ouvir.

Por que eles dizem uma coisa diante das câmeras e depois fazem outra quando são eleitos? Numa traição clara ao seu voto?

Veja esta agora.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) e da Comissão Especial da Reforma do Código Penal, Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), decidiu que alguns temas polêmicos que estão no Anteprojeto do Novo Código Penal só sejam discutidos após as eleições. (Jornal o Povo)

Ou seja, durante o período de campanha, o melhor é não emitir opiniões sobre as matérias gravíssimas que estarão em questão nos próximos meses e sobre as quais cada brasileiro precisa conhecer a opinião clara daqueles em quem vão votar.

E quais temas seriam esses? Citemos alguns:

- legalização do aborto; o que pensam os candidatos a prefeito de cada município? Você já pesquisou o seu? Agora é fácil, entre no Google e saiba tudo sobre aquele que quer o seu voto. Não tem mais desculpa votar no escuro.
Experimente também entrar no site do candidato e perguntar o que ele pensa sobre o ABORTO. E não espere resposta… E se algum responder, informe este Instituto. Vamos cobrá-lo depois.
- redução de pena para quem pratica infanticídio (matar o próprio filho após o parto); isso envolve também os vereadores em quem você vai votar. Eles farão leis municipais que podem melhorar nossa segurança.
Entre no site deles e pergunte claramente o que eles pensam. A maior parte não vai te responder. Eles não gostam de se comprometer por escrito.
- penalização da chamada homofobia; essa é uma manobra que esconde por trás uma real perseguição religiosa no país, onde todos aqueles que consideram errado o comportamento homossexual podem ser considerados homofóbicos e, enquanto tais, criminosos.
Ademais, no bojo dessa perseguição, procura-se aprovar o chamado “casamento homossexual” e a adoção de crianças por esses “casais”.
Pergunte ao seu político se ele conhece as recentes pesquisas feitas por cientistas americanos sobre o sofrimento e o trauma de crianças que foram adotadas dessa forma. Provavelmente ele não conhece, não quer conhecer, e… não vai te responder.
- liberação do plantio de maconha para uso próprio; uma grande abertura para o tráfico, ao contrário do que se diz. Será que o prefeito que você eleger vai se esforçar para acabar com as “cracolândias” que proliferam em todas as cidades ou, vai dar emprego para eles como plantadores de maconha?
Com essa manobra de sair fora dos temas polêmicos, o Senador Oliveira alega querer evitar que em ano eleitoral “temas que sejam bandeiras” possam prejudicar o andamento dos trabalhos. Ou seja, ele quer uma eleição burra! Com eleitores burros e desinformados. Que elejam políticos que não oferecerão resistência aos temas acima.
Essa é uma manobra de desinformação. Ele não quer o efeito ABORTO, que quase acabou com a eleição da presidente Dilma. E que obrigou os canditados a se posicionarem sobre o tema.
E é justamente o que não pode acontecer, pois nós, eleitores, precisamos saber o que pensam e como irão agir os candidatos em que votaremos.
Os temas são tão polêmicos quanto essenciais à nossa sociedade. O que os senadores irão decidir sobre o anteprojeto de Novo Código Penal irá pautar nossas vidas daqui para frente.
Saber o que os nossos futuros representantes pensam e como se posicionarão diante de questões tão delicadas é o mínimo que pedimos.
Não colocar temas como o aborto, drogas e homofobia em debate é praticamente fazer com que o eleitor vote de olhos fechados, sem saber em quais princípios morais estão alicerçadas as convicções dos candidatos.
Você teria coragem de passar um cheque em branco para quem não conhece?
É exatamente isso que estão nos incitando a fazer com nosso voto. Querem que votemos às cegas num candidato que depois defenderá as ideias que bem entender quando for eleito.
Os “temas polêmicos” que estão no projeto de Novo Código Penal, são os mais importantes a serem discutidos neste momento em que o Brasil está em campanha eleitoral.
Se você concorda com o que foi exposto acima, convido você a entrar no site do Senado e emitir sua opinião sobre o assunto.
Ou telefonar para o gabinete do Senador Oliveira pedindo a ele que se retrate dessa declaração absurda. Que procure a Imprensa para isso.
Clique aqui e preencha o formulário no Site do Senado, ou…

Ligue para             (61) 3303-1211       e diga para o Senador que você rejeita a postura dele e que ele tem obrigação de se manifestar em sentido contrário.


Fonte:http://www.ipco.org.br